Pesquisando sobre teatro negro pela net me deparei com algo no minimio inusitado. Uma versão teatral da obra "impar" Casa Grande & Senzala do antropólogo Gilberto Freyre. Quando eu penso que já vi de tudo neste mundo aparece algo sempre mais surpreendente, pitoresco, enfim louco de pedra... O livro virou espetáculo teatral em duas versões, uma em 1964 encenado em Recife e a outra em 1980, montagem realizaada pelo Teatro da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
Todo mundo sabe que foi com Gilberto que começou a se espalhar pelo Brasil o tal mito da mistura de raças que ocorreu de forma pacífica (????!!!) entre negros, brancos e indigenas. Dessa vitamina de banana nasce o "Brasileiro" que reune as caracteristicas desses três povos fundadores do país. Com seu jeito especial (!!!) de escrever Gilberto faz do período colonial uma passagem tranquila na história brasileira. Acredita neste conto de fadas quem dele tirar algum proveito... E um sujeito chamado José Carlos Cavalcanti Borges resolveu transformar esta "obra prima" em espetáculo teatral... Pense na visão do inferno! Eu fico tentando imaginar como tudo ficou nos palcos e só vem pesadelos na minha mente. O resultado não deve ter ficado muito bom, já que a montagem não teve mais nenhum destaque pelos anos seguintes (ainda bem!). Ninguém quis mais montar a versão teatral do conto do vigário de Freyre. Me supreende realmente o por que não virou um clássico da dramaturgia brasilera. Muita gente adora Freyre. Idolatra ele até. A Rede Globo é um dos polos em que sua teoria vez por outra ganha espaço. O resultado deve ter ficado muito ruim!!! A ponto dos dramaturgos renaegarem Casa Grande e Senzala - A Peça - ao limbo. Não tenho notícia de montagem atual do livro. E que ela permaneça lá por muito tempo...
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