quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

domingo, 27 de dezembro de 2009

UM BAÚ DE DESCOBERTAS...

Fim de ano. Arrumação de gavetas, um monte entulho que você não precisa mais colocado pra fora de casa... Um ano novo começa e não queremos deixar nada desarrumado para quando 2010 chegar... Estou tentando fazer isso também no computador. Arrumação geral. E na minha pasta de música, que tem dentro dela trocentas mais outras pastas com muitos CDs, percebi que por conta de nossa Senhora da Web consegui este ano descobrir muita coisa boa. E que se não fosse por ela estaria ouvindo os badauês da vida, clichês da música ou algo pré fabricado pela malfadada industria do entretenimento. A primeira grande descoberta foi o afro caribenho Medhy Custos que durante todo o ano esteve presente no meu som. Tornou-se trilha sonora obrigatória de todos os dias. Um zouk gostoso de ouvir, com influências do hip hop. Ainda no zouk, descobri no mesmo caminho do Medhy Custos um trio de meninas lindas as Lês Desses, espécie de “Destiny Child afro caribenho francês do zouk” (rsrs). O cd com o nome do grupo contagia e também embalou bastante meus dias em 2009.

Saindo um pouco do caminho dos grupos novos, também velhos interpretes voltaram a tona de forma glamurosa. Donna Summer com seu Crayons e Lionel Ritchie com o álbum Just Go voltaram com muito gás e muito botox também para abater a velhice... Mas no quesito música os CDs estão muitos bons, mas quem ganha na corrida final é Ritchie com romantismo na medida certa. Seguindo a moda, a mistura com hip hop está presente, mas não agride as melodias, nem enjoa quem ouve.

Já essa é para você que tem mais de 25 anos e na adolescência ouviu ininterruptamente rádios como Jovem Pan, Transamérica afins e dançou até não querer mais o fenômeno que durou quase toda década de 90, o “glorioso” Eurodance. Se você acha que perdeu todos os seus exemplares de “As 7 Melhores” em fitas cassetes mofadas que não tem mais lugar neste mundo virtual, está enganado. A Eurodance, com seus exemplares Haddaway, Corona, In Vogue e La Bouche, está mais viva do que nunca na internet. Consegui resgatar tudo o que fez parte da minha adolescência e estou agradecendo desde já que a internet mantém vivo o que a anos atrás poderia estar condenado ao limbo.

Indo um pouco para o caminho do rock, tem o trio inglês Noisettes que fiz postagem toda especial para ele logo mais abaixo. As musicas grudam que nem chiclete pode acreditar.

Deixando o caminho internacional um pouco de lado e vindo parar aqui no Brasil, descobri umas raridades ótimas através da net fruto do nosso país. Primeiro: toda a discografia da cantora Margareth Menezes está disponível para qualquer um baixar a hora que quiser. Desde seu primeiro disco em 1988 até o último gravado na Concha Acústica. A obra de Maga é irregular em alguns momentos, mas a cantora baiana símbolo mestre do samba reggae tem coragem em mesclar MPB e o ritmo afro que a gente só vê aqui. Outra cantora que “descobri” pela net este ano foi Jovelina Pérola Negra. Meu Deus simplesmente maravilhosa!!!!! Suas músicas são de uma simplicidade e um lirismo que assusta. Retrata a vida dos negros brasileiros com uma visão toda particular e faz isso um divertimento inexplicável.

Para finalizar, estou descobrindo neste finalzinho de ano Aretha Franklin... Ah! Antes tarde do que nunca. E estou adorando! Minhas preferidas são Shoop Shoop Song, Rescue Me, Respect, além de Thing que acho já nasceu clássico. Ela tem uma baita voz que me deixa feliz quando ouço. E acho que musica é para isso. Para te fazer sorrir, colocar para cima e Aretha faz isso, lamenta as vezes, mas até nos lamentos é forte como uma tempestade.

Que venha 2010 com mais descobertas negras no mundo da música.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

SOLIDÃO.

Ligo para um amigo, já na rua, ele atende... Onde você está? Aqui no Porto da Barra rapaz, um restaurante aqui em frente à praia... Ele me diz o nome e logo depois pergunto. Onde você está? Não se preocupe, não vai ter trabalho de me achar, sou o único negro do restaurante. Estranho a resposta do meu amigo, desligo o telefone e sigo em frente. Quando chego ao tal restaurante, vejo que clientes e garçons são brancos. Me sinto estranho, não sei por que, mas continuo. Almoço com meu amigo e combinamos de ir ao cinema. O ônibus demora e daqui a alguns minutos a sessão do filme vai começar. Passa então o que aqui em Salvador chamamos de frescão – microônibus com ar condicionado que geralmente custa o dobro da passagem normal – entramos no veiculo e em um ônibus quase lotado somos os únicos negros, a maioria eram turistas...

Saímos do ônibus, em frente ao cinema, um artiplex charmoso no centro da cidade, na verdade um antigo cinema de 700 lugares com parte superior e inferior que foi totalmente transformado em 4 salas, uma livraria, cafeteria e restaurantes, pegamos a sessão a tempo. Quando entramos no cinema, ainda com suas luzes acesas somos eu, meu amigo e mais duas moças no centro da sala de negros. Cerro os olhos, estranho novamente, mas desvio minha atenção para o filme que começa. Saímos do cinema uma hora e meia depois. Ele diz que tem que passar em um shopping, mesmo longe resolvo acompanhá-lo... Depois das compras, na praça de alimentação, sentamos e vejo entre uma batata frita e outra que existe uma parte da praça em que o ar condicionado é bem mais forte que o resto do shopping e que a maioria das pessoas são... hum... digamos, não negras...

Fico pensado onde está a Salvador da mistura de raças, ou melhor, a Salvador que o IBGE me afirma ter 83% da população negra... Onde está?... Acredito que a população negra não somente trabalha, ela também se diverte, seja onde for. Tem direito de ir ao cinema (localizado no centro da cidade), ao shopping e comer, ao restaurante... Em nenhum lugar vi escrito “proibido a entrada de negros”... A cabeça martelava, mas sei que até em certos ensaios que antecipam o carnaval a presença de brancos é bem maior que a de negros...

Não é a primeira vez que noto isso. Varias vezes já constatei ser um único ou o participante de um conjunto de dez negros dentro de um estabelecimento de diversão qualquer aqui em Salvador. E nem todas as vezes fui fazer o programazinho de “linha burguesa”, mas também fui experimentar produtos da cultura negra e me senti de uma certa forma sozinho. Como da vez que fui ver o maravilhoso espetáculo AFRICAS do Bando de Teatro Olodum, ou mais recentemente quando fui ver a primeira princesa negra da Disney, Tiana... O publico ali era majoritariamente branco. A partir desta postagem deixo aqui muitas perguntas, são obvias então nem perder tempo expondo-as por aqui. Se acompanha este blog, sabe muito bem minha opinião sobre o que escrevi acima. Eu tenho minhas conclusões. Tire as suas...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A Princesa Sapo: O sapo que vira Princesa ou a Princesa que vira sapo?

Fui ver a primeira princesa negra e a volta dos desenhos em 2D da Disney ansioso. O estúdio do ratinho mais famoso do mundo nunca foi de acertar muito quando o quesito é a diversidade. De todas as princesas e contos de fadas passados para a tela somente três, Pocahontas, Mulan e Jasmim eram de outra raça, o resto foram loiras de olhos verdes/azuis, indefesas na sua maioria e chatas!... A Disney lançava fotos dali, um fiapo de historia daqui para aumentar a expectativa do que estavam fazendo e o que iam entregar. Logo de cara duas gratas surpresas, no time que dublaria as personagens estavam Oprah Winfrey e Anika Noni Rose (de DreamGrils) e a direção de John Musker e Ron Clements (A Pequena Sereia, Alladin) me fez respirar aliviado. Mas o selo Disney ainda me incomodava...
Uma outro fator de incomodo era a historia. Princesa, que não era bem uma princesa, virava sapo após beijar outro sapo acreditando que seu beijo o transformaria em um príncipe... Que historia seria essa de uma princesa que viraria sapo? Ao contrario de outras princesas que tinham o poder de transformar sapos horrendos em belos homens a primeira princesa negra da Disney daria o beijo no sapo e ela era quem viraria sapo? Medo!!!!!!! Além disso, começaram a chover criticas da militância negra norte americana e também de alguns críticos de cinema antes mesmo do filme estrear... Estava apreensivo com o lançamento do filme e via cada noticia com uma forte expectativa. Até que vi o filme no cinema...
É claro que o produto, apesar de correto, leva a marca Disney e o desenho tem bastantes problemas. A história apresenta Tiana, moradora da cidade de Nova Orleans, menina que sonha ter um restaurante grandioso e trabalha feito uma condenada para realizar seu sonho. Ela só pensa no trabalho, tem dois empregos e quer realizar seus sonhos fazendo todo esforço possível. Do outro lado, está o príncipe Naveen (um porre!!!), um playboy de ultima categoria que perdeu a mesada dos pais e vem para os EUA tentar casar com um ricaça qualquer para que sua boa vida não cesse de vez. Em uma reviravolta que mistura vodu e seu criado ressentido, o príncipe vira sapo, encontra Tiana, pede a ela que o transforme em príncipe novamente e ela quando o beija... vira sapo.
E é este o fiapo de historia! Mas desenhos animados infantis nem sempre tem roteiros mirabolantes (principalmente os desenhos da Disney) que vão mudar sua vida ou vai fazer você pensar em algo mais sério. Retiro o que disse somente vendo filmes da Pixar, que espertamente foi comprada pela Disney que não é boba nem nada de ter em suas mãos o estúdio com colaboradores mais originais de todos os tempos. E o fiapo de historia de A Princesa Sapo é conduzido de forma bastante eficaz, o filme tem ritmo, canções boas e cores muito bem suadas em toda projeção. Mas A Princesa Sapo tem problemas... e nãos ao poucos...
O primeiro que o filme inventa de nunca tocar no assunto cor (!). Parece que Tiana não é negra, mesmo ela vivendo na década de 20, tendo contato com pessoas em um bairro francês, convivendo com pessoas brancas e ricas. Parece que racismo nessa época (pasmem!) não existe e a única coisa que a princesa enfrenta é o preconceito social e também o fato de ter sido transformada em um sapo fruto indireto de um feitiço vodu (!!). Outra coisa é o tratamento dado ao vilão um mestre vodu macabro e ao culto dos ancestrais (os ditos “amigos do outro lado” no filme) que são apresentados em uma musica divertida, coisa bem da Disney apresentar o vilão que mata, rouba, faz chorar mas com muito bom humor... Em contra partida, o desenho mostra uma típica fada madrinha também do vodu, que é absolutamente uma das melhores personagens (se não a melhor) do filme, mas a senhora que quebra qualquer feitiço inventa de cantar uma musica ao estilo gospel com direito a coro e tudo (!!!). E tem coisa pior que apresentar uma princesa negra, mas que nem parece que é, é apresentar uma princesa negra que se transforma em sapo durante muito tempo do filme, ou seja, ela nem aparece direito (!!!!).
E ai vem às perguntas? Para que alardear o mundo inteiro com a propaganda de uma princesa negra, se a princesa negra poderia ser interpretada por uma atriz branca que não faria diferença – ela e Helena seria intimas! Como escreveu certa vez Aguinaldo Silva em um lugar que não me lembro muito bem, não dá para escrever um personagem negro sem levar em consideração tudo que sua cor condiz à sociedade. Uma outra pergunta é por que a fada madrinha para ser considerada legal tem que evocar um coral gospel – uma canção até boa diga-se de passagem... Mas vodu e gospel combinam desde quando?
Por isso, a ultima vez que vi um desenho em 2D infantil que prestasse foi em... Hum... Aladim, no longínquo ano de 1993. Ainda prefiro a Pixar, com seus bichinhos engraçadinhos (Nada é melhor do que Procurando Nemo até hoje) que fazem sorrir, chorar, sonhar na medida certa. Ver Tiana na tela foi lindo, mas o feitiço vira sapo e não chega a se transformar em príncipe, por mais que o beijo seja poderoso!...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

DE MAURICIO PESTANA: VIOLENCIA HISTORICA.

Revistas em quadrinhos com bons personagens negros que elas quase não existem disso todo mundo sabe. Revistas em quadrinhos com bons personagens negros aqui no Brasil, é para disputar a quebra pau um exemplar. Mas como para toda regra existe uma exceção, Mauricio Pestana publicitário, cartunista, escritor e roteirista de mão cheia, também um dos editores da revista Raça (a nova!) tem um trabalho primoroso junto aos cartuns e diverte o publico com critica, humor e muito talento com os seus desenhos.

Trago desta vez a 2º Edição da “revistona” VIOLENCIA HISTORICA. Retratada em preto e branco conta a historia de Husani, que é morto logo na primeira tira de quadrinho e é levado ao seu passado por Omolu para reconhecer sua trajetória e a de seus ancestrais, desde os acontecimentos na África até aqui no Brasil com a escravidão e demais problemas.

A historia é levada de maneira leve e com discurso bem engajado. De forma simples resumi relações raciais, fatos históricos e passa pelo tempo com muita agilidade. Cumpre os eu papel enquanto provocadora do processo de discussão. Só não concordei com a capa: acho ela muito pesada, para ser trabalhada por exemplo nas escolas, já que trata de um material pedagógico bom para nortear discussões em sala (desculpem mas sou professor e adoro cultura em geral aliada a sala de aula!!! Hehehe).

Mauricio mesmo com primoroso trabalho recebe criticas, muita das vezes sem fundamento. Uma delas é que seu texto é militante demais. Não acho, tudo que vi, desde tarjas soltas, ate historias completas é de uma criticidade incrível e muito bem feita. Um outro ponto que dizem é que seu traço evidencia um estereotipo de negro com traços fortes, nariz achatado, pele extremamente escura, bocão... O que tem problemas com isso? Os negros são dessa forma! Querem o que afinal de contas, negros com traços finos? – Nossa nunca mais usei esta expressão, “negro de traços finos”, enterrei ela junto com a década de 90, onde ela era muito usada!!!! A única minha é o preço salgadíssimo da revista, R4 18,00!!!!!!!!!

Para quem duvida da credibilidade e da força dos argumentos nas tarjas de Pestana, fica o prefacio da segunda edição que tenho em casa. é de nada mais, nada menos que Sueli Carneiro, para mim exemplo de liderança negra aqui no Brasil. além disso para ver mais do seu trabalho Mauricio tem um site: http://www.mauriciopestana.com.br/ onde estão disponíveis muita coisa que ele faz além do mundo dos quadrinhos. É para ler mais de uma vez e passar em frente a historia maravilhosa de Husani e os outros trabalho de Mauricio, este cartunista extremamente comprometido com um belo trabalho.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O nome dele é Bengala... Kid Bengala!...

Os filmes pornôs no Brasil tomaram, com a ajuda da internet, um grau de popularização muito forte nos últimos anos. Atores e atrizes pornôs antes reclusos ao ostracismo ou confinados a eventos discretos da própria indústria hoje são reconhecidos e levados a exaustão pela “grande mídia”. Gente como Alexandre Senna, Alexandre Frota, Rita Cadilac, Marcelli Ferraz, Milena Santos, Samuel Bueno, Julio Vidal e Regininha Poltergeist entre outros apareceram na mídia muito além da indústria dos filmes pornográficos.

Apesar de levarem a fama, a realidade dos filmes pornôs aqui no Brasil está bem longe dos grandes estúdios norte americanos e europeus. Mesmo grandes estúdios como As Brasileirinhas – que chega a firmar contratos de R$ 500.000.00 com alguns de seus atores – não chegam nem aos pés do nível de qualidade impresso em estúdios já clássicos como a Private ou a Buttman, por exemplo.

Tudo bem que ninguém esta interessado em uma bela fotografia ou um roteiro impecável quando se vai assistir a um filme pornô. Os atores pornôs nem são elevados a categoria do humano. Não há subjetividade neste tipo de filme. O que interessa ali é a criatura, o objeto que é corpo, o prazer passageiro que ele oferece e somente isso. A imagem do pornô eleva a uma suspensão da realidade pelo prazer da transgressão, o que é proibido, o considerado exótico, o bizarro, o deturpador são elevados com grande valia no mundo pornográfico.
Por isso nos filmes pornôs tudo é elevado a enésima potencia. O prazer, o gozo, os órgãos genitais, as historias, os ângulos, tudo é elevado de tal forma para parecer que aquele mundo sexualmente falando é perfeito e tem atrativos que nenhum outro tem. Por conta desse desejo pela perfeição que os filmes pornôs têm, é muito volátil a carreira de um profissional da área. Atores ou atrizes não passam mais que dois, três anos na carreira, são pouquíssimos que conseguem ir além e construir algo duradouro. Muitos são os motivos. Primeiro que existem jovens iludidos pela carreira de ator/atriz pornô que se deixam levar por qualquer quantia em troca de uma cena em um filme de grande produtora. Outro ponto é que o pornô precisa da juventude e com 30/35 anos a aposentadoria bate a porta com a concorrência de atores jovens batendo a porta. Outro fator é que enquanto uma atriz de filmes convencionais faz três, quatro filmes durante dois anos, uma atriz/ator pornô pode chegar a fazer dez filmes por ano e com esta entrada o publico se enjoa e quer logo novidade. Um outro corpo, uma outra mercadoria é logo procurada.

Apesar dessa carreira extremamente volúvel, um ator vem chamando atenção da cena pornô brasileira nos últimos anos. Não pela sua beleza, ou pelo seu porte físico, mas pelo tamanho do seu membro, algo em torno dos 29 cm!!! O nome deste homem desmarcado é Clóvis Basílio dos Santos ou Kid Bengala. Tudo bem, um ator pornô precisa ter antes de tudo um pênis grande, ele não pode ser como o homem que está assistindo ao filme (que pode ter um com tamanho normal), ele é elevado à categoria de maquina sexual ininterrupta, avantajada. Mas no caso do Kid varias fenômenos de estereótipos vem à tona nos filmes que faz, além da maquina continua de fazer sexo que as produções pornográficas querem passar.

Nem precisa assistir para comprovar o que vou dizer, nas capas dos filmes vários estereótipos são forjados. Kid é negro. Com um pênis enorme, em seus filmes ele transa com mulheres brancas, chega a viajar para outros países em busca dessas mulheres. Nas capas dos dvds é sempre entoada a condição de espanto de um homem ter um pênis tão grande. Estava um dia desses em uma locadora quando reparei que um grupo de homens e mulheres conversavam sobre o tal Kid. Ao contrario dos outros filmes dispostos na seção pornô ninguém procurava kid bengala necessariamente para excitação e sim para (pasmem!!!) o humor. Seria mais ou menos o negão, com membro descomunal que pega mulheres bonitas, pois tem um pênis daquele tamanho e somente por conta disso.

Kid alcançou tal fama que se candidatou a Câmara de Vereadores de São Paulo no ano passado, mas não foi eleito. Totalizou pouco mais de 902 votos cerca de 0,02% dos votos válidos. Kid, que já tem 55 anos (Algo raríssimo nos filmes pornôs), voltou a trabalhar em filmes pornográficos e vem se especializando em filmes, digamos, excêntricos... Ah e sempre sem camisinha, pois é algo que ele não gosta!!!... Que saudável, não?...

Clóvis Basílio dos Santos é nada mais que o maior ator nacional de filmes pornôs no Brasil. um ator pornô que provoca o riso, o espanto, uma maquina exótica de fazer sexo, com mulheres loiras em sua maioria... O pornô é feito disso também, da ridicularização. Ao mesmo tempo que um pênis grande para a figura masculina exime poder, também pode mostrar patifaria. Mas em breve ele deixará a carreira do pornô para se dedicar a política. É seu maior sonho ser vereador de São Paulo. Quem sabe um dia. Neste Brasil todo mundo pode tudo!

A Voz Maravilhosa da Diva Paula Lima os Mano, as Mina Todos de Mãos Pra Cima!!!!!!!!!

Estava ainda dando aula pela tarde, em uma sexta feira, quando passo para meus alunos um exercício. A sala foi tomada por um silêncio e sem muito o que fazer ate esperar o final da atividade peguei emprestado o jornal de uma aluna minha dando bobeira em cima da mesa. Comecei a ler, noticias, mortes, politicagens, fui para a parte cultural e vi uma pequena nota que anunciava algo inacreditável... Show de Paula Lima naquele dia.
Nossa eu fui ao delírio. Eram quatro horas da tarde e o show se realizaria as oito da noite. Tinha poucas horas para me arrumar, me locomover até o Pelourinho em plena Salvador que pára as seis horas da noite e comprar o ingresso. Pura correria. Tava em pânico, minha diva Paula lima em Salvador e eu poderia não vê-la. Isso não poderia acontecer e faria todo o esforço do mundo para ver minha diva de perto. Me arrumei depressa, peguei um engarrafamento filho da mãe, soltei do ônibus, peguei outro, subi elevador Lacerda, atravessei Terreiro de Jesus e finalmente cheguei no SESC Pelourinho comprando o ingresso.
Esperei uns minutos. E ela entrou, passando bem pertinho de mim. Nossa! Que energia. A galera gritando o nome dela, a diva chegando ao palco mandado um salve daqueles pra galera! Gritava feito louco!!!!! Adoro Paula Lima, gosto muito do trabalho dela. Suas musicas me dão energia grande.fora a voz da mulher que arregaça qualquer tristeza. O show começou e Paula destilou todo seu repertorio com uma banda incrível. Animava a galera que dançava feito bailes funks antigos, todo mundo com passinho marcado, swing geral do povão. Reparava em cada detalhe do show, a iluminação perfeita, ao cenário simples e ao mesmo tempo lindo, a banda que botava a musica dentro do coração do publico. Show Perfeito!!!!!!!! A diva deslanchou sucessos como O Olhar do Amor, Negras Perucas (minha musica preferida dela), Tirou Onda, Tudo Certo ou Tudo Errado, Gafieira S.A, Meu Guarda Chuva e mais uma serie de outras musicas. A maioria na versão do cd/dvd samba chic. Cantei tudo! Acompanhava até os na na na...
No final do show aplaudi bastante a diva, ela saiu e tomei coragem indo ate o camarim para falar com ela e tirar mais fotos, agora de perto. Depois de esperar uma fila gigantesca, cheio de fãs querendo falar com ela, foi a minha vez. Na verdade fiquei por ultimo, já que os últimos ficam mais tempo com o ídolo. E ela me recebeu tão bem. Me abraçou, me deu autógrafo (sou um fã deslumbrado!!!). e além do mais lembrou de mim no meio da multidão com a seguinte frase. “Nossa, você é o menino que tava cantando tudo! Meu Deus você cantava até os na na na...” E riu escandalosamente para o delírio dos meus ouvidos.
No final sai do camarim com a alma lavada। Ainda mais fã dessa negona show que tem voz de vulcão. Lembro de tudo como se fosse hoje. Já faz um tempo que vi este show, meses atrás, mas senti vontade de falar sobre ele agora. Não poderia deixar passar esta experiência por aqui, nunca! A música de Paula Lima e seu show vão ficar sempre nas minhas lembranças.



Deus salve a rainha!!!!!!!!!!



A indústria da musica atualmente não vem reservando bons frutos. Seja nacional ou estrangeira os artistas parecem não estar se esforçando como os artistas de antigamente (meu Deus estou virando um saudosista!!!!!!). E a industria fonográfica vê em uma Lady Gaga o top de criatividade. É a chamada nova Madonna, a que choca todos em seus clips, a nova estranha. Para mim Lady Gaga é boa, mas não tudo que dão a ela. Uma mistura de Tim Burton e Cindy Lauper mais nova com um pouco de cultura pop de terceira categoria...

Mas hoje, pensei... O mundo tem salvação!

Estava vendo as atualizações do blog de uma amigo e quando vejo... Nossa! A capa de um cd diferente me chama atenção. Uma cantora negra, com um black bem performático, linda e misteriosa. Fiquei fisgado. Hipnotizado. Tratava-se da capa do segundo cd do trio inglês Noisettes! Resolvi recorrer logo a Nossa Senhora do Google e pesquisar mais. Vieram vídeos no you tube e descobri que parece que EU era o único no mundo que não sabia deste triozinho maravilha. Tem mais de um milhão de postagens em quase todos os seus vídeos. Todos os clipes muito legais e exalando uma mistura entre vários ritmos, desde o soul, ao rock, passando pelo funk ao pop mais descompromissado. Descobri a banda neste segundo cd, intitulado What's The Time, Mr. Wolf, 2007 em breve baixarei o primeiro, estou procurando arduamente. As faixas são de uma intensa criatividade e é impossível ouvir sem balançar a cabeça no swing do álbum. Algumas grudam como chiclete, pode crer!

Estou feliz. Encontrei Noisettes e de alguma forma meus ouvidos ficaram mais leves... Tome essa Lady Gaga!