quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Aperte o Play!... Beyonce dançando no meio da rua...

Você está passando pela calçada indo para o trabalho, faculdade, academia, padaria sei lá e de repente, nao mais que de repente encontra BEYONCE no caminho dançando no meio da rua, na sua vizinhança, ali pertinho de você. Pois foi isso mesmo que aconteceu. Olha o vídeo abaixo, não tem nada demais, quase que não dá para ver o rosto dela, mas nos tempos de câmera em telefone celular, câmera em máquina fotográfica, câmera escondida dentro da bolsa, um escorregão, uma dançadinha no meio da rua, um surto, um peido pode virar o furo do momento. Até outro vídeo ser postado amanhã...

O melhor e o pior de... Taraji P. Henson.


O MELHOR: O Curioso Caso de Benjamin Button. É claro! Sua interpretação neste filme é simplesmente fenomenal como a dona de um asilo que resolve pegar para criar o estranho bebê que é deixado em sua porta. Nas cenas do primeiro ato do filme, quando seu personagem aparece mais, ela dá um show. O filme é muito bom (todos os atores estão perfeitos) e com sua interpretação magnífica fica muito melhor. Repare como ela envelhece muito bem conforme o tempo vai passando no filme.

O PIOR: Como todo mundo tem uma fruta podre no currículo... As Aventuras de Alceu e Dentinho é o objeto estranho na sua filmografia. A mistura de desenho animado e live action foi um desastre nas bilheterias e infelizmente foi a estréia desta atriz que participou de muita coisa boa, dentre eles; Ritmo de Um Sonho (2005), Quatro Irmãos (2005), A Ultima Cartada (2006) e recentemente a “refilmagem” de Karate Kid.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Aperte o Play!!??... Kelis - Scream [Official Music video]

Eis uma louca de pedra. Kelis é doida varrida. Em seu novo clip ela corre sem sair do lugar, dá uma de lady Gaga (isso já tá ficando chato!!!), se pendura no balanço e entrega ao público um produto inrregular. Eu nem posso falar muita coisa, pois nem sei se gostei do clip. Tem idéias boas, mas tem muita coisa ruim e mal aproveitada. Bem, clica aí no clip e tira saus próprias conclusões...


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

OGUM DEUS E HOMEM

Assistir OGUM DEUSE HOMEM foi uma experiência sem precedentes. Neste fim de semana, quando fui ver a estréia do espetáculo de formatura da diretora Fernanda Julia, esperava algo de qualidade, mas como espectador não esperava me surpreender tanto. Surpresa na fila que dava voltas na Escola de Teatro da UFBA com o público afoito para ver um espetáculo com temática centrada na cultura negra, mais precisamente nas divindades do Candomblé, surpresa por ver, quando as cortinas se abriram, algo feito com tanto carinho e também por presenciar a homenagem, no final do espetáculo, ao povo de teatro (ou não) que mantém a cultura negra viva nesta Bahia de maioria negra, mas ainda carente de referências de si mesmo.
Depois de uma pequena “confusão” por conta da falta de ingressos proveniente do adiamento da estréia do meio da semana para Sábado e de algumas pessoas na fila inchando por poder voltar pra casa sem ver o espetáculo – loucura devidamente resolvida por alguns membros da produção – entramos e fomos recebidos por Exu (feito por Fernando Santana) parado no corredor bem próximo ao palco. Alguns lugares já estavam tomados por pessoas mais velhas – prioridade de publico do espetáculo. Achei isso o máximo e de um respeito incrível. Para aqueles que não sabem a cultura negra, por conta do Candomblé, reverencia e sede o lugar sempre aos mais velhos, por uma questão obvia! Foi bonito ver uma produção se preocupando com os idosos, pois geralmente a arte volta muito os olhos para a juventude. Além de nós mortais, estavam lá gente como Ângelo Flavio, Hilton Cobra, Marcio Meireles, Chica Carelli, alguns membros do bando de teatro Olodum, dentre outras figurinhas do cenário teatral soteropolitano que se for listar aqui fico até amanhã.
Quando o espetáculo começou – com mais de 20 minutos de atraso – Exu entrega um pequeno panorama para o público e informa que aquele espetáculo tratava-se antes de qualquer coisa de uma historia de amor. É quando as cortinas são abertas e os meus olhos e de toda a platéia se surpreendem com o que estão presenciando. Sem sombra de dúvidas se tem uma coisa que Fernanda Julia sabe fazer é pressão para encantar o público. Já vi alguns espetáculos no Martin Gonçalves, mas nunca reparei que aquele palco fosse tão grande. E para contar as historias grandiosas do Orixá Ogum,, deus do ferro e da tecnologia, era preciso muito espaço. Para isso a diretora abre o palco e revela a cenografia também gigante de Yoshi Aguiar que eu não vou contar aqui muito sobre para não estragar a surpresa, mas... O que era aquele cubo gigantesco estendido no palco?!!! Fiquei atônito!
O espetáculo então começa a trazer os mitos do Orixá Ogum, sua relação com os outros deuses como Iansã, Exu, Oxossi, Nanã, Xangô, seus amores, sua vontade de ser homem e não somente Deus e também seu poder junto ao desenvolvimento da tecnologia no mundo. Não espere uma forma didática de lhe dar com as historias. A diretora em parceira com o ator Fernando Santana abre um leque surpreendente de formas de se contar os mitos todos com um texto enxuto e simples. A dramaturgia do espetáculo consegue resumir bem o conceito do titulo da peça: entregar ao público um ser divino que também era homem, com defeitos e qualidades. E foi bom também presenciar um espetáculo que tratava com seriedade e com muito bom humor os orixás. Não digo o humor infeliz, mas algo leve para dizer que os Orixás são seres que estão muito mais perto de nós que os outros, levados a sério demais...
E o elenco um primor, destaque para Val Perré que faz Ogum com a firmeza e a força que eu sempre imaginei. Fernando Santana como Exu, muito bem humorado e Deilton José com seu Xangô ousado. Esperava ver uma Iansã mais bem trabalhada no palco, até por que o momento que ela aparece para Ogum é magnífico e ao decorrer do espetáculo a Orixá das tempestades vai perdendo força.
Aliás, força e beleza é algo presente nos figurinos. Remodelar as vestes dos Orixás com elementos da atualidade foi uma idéia maravilhosa. Afinal de contas, não é todo dia que você vê um Orixá com correntes de metal, roupas estilizadas e tênis igualzinho ao que a gente tem em casa. Tudo muito atual, mas sem perder a respeitabilidade pelo tema. A trilha sonora um espetáculo a parte; cheguei à conclusão que Jarbas Bittencourt não sabe fazer música ruim. Nem sob pressão ele consegue! Acho só que em alguns momentos a música abafou o canto dos atores, no dia em que vi estava alta demais em algumas partes.
A iluminação é perfeita, mas em alguns momentos os atores não estavam bem iluminados. Não era culpa necessariamente dos técnicos da luz, mas de certos atores. Teve uma vez que não consegui ver o rosto da atriz e somente seu corpo. Isso realmente me incomoda. Não é a primeira vez que digo isso. A gente – que é publico – precisa ver o espetáculo. E se o ator está no palco é para ser visto, ou só eu não sei, nem nunca consegui alcançar, essa nova técnica do ator no escuro?...
Depois que o espetáculo acabou, com aplausos calorosos e gritos empolgados da platéia – sim eu também gritei! – presenciei um dos melhores discursos/homenagem que já vi na vida. Fernanda Julia, emocionada, falou da sua trajetória como diretora, negra, vinda do interior da Bahia, que queria falar de algo diferente, dentro de uma escola de teatro cercada na obviedade do eurocentrismo. Discursava sorrindo sempre. Com um bom humor típico daqueles que chegam ao final da jornada e sabem que venceram o inimigo.
Fernanda não é qualquer tipo de diretora na universidade. Primeiro que ela não esta no inicio de uma jornada, sua Cia de Teatro Nata tem mais de 10 anos e a cada espetáculo traduz a maturidade cada vez mais avançada da sua fundadora. Presenciei três peças deles Perfil – Só Vendo Pra Crer uma colagem de textos que evidenciava a pluralidade da Cia, A Eleição que ficou em cartaz no Cabaré dos Novos e este OGUM DEUS E HOMEM. Cada espetáculo trazendo algo de mais positivo que o outro. Fico imaginando o processo de direção de Fernanda, ela dando indicações para os atores e eles tendo que se virar nos 30 para conseguir chegar ao que a imaginação dela alcança.
Assistir OGUM DEUS E HOMEM foi uma experiência maravilhosa e encantadora. Vi um espetáculo centrado na cultura negra que abandonava o obvio em TODOS os sentidos. Eu não agüentava mais ver o Candomblé limitado a “pano branco, acarajé e palha da costa”, até por que a cultura proveniente das religiões de matriz africana é muito mais do que isso. Ver Ogum envolto a tanta tecnologia foi um prazer sem precedentes. No palco do teatro Martin Gonçalves estava ali presente a historia de um Orixá que resplandece em força, garra, coragem. OGUM DEUS E HOMEM está aqui dentro, está guardado em mim e eu não retiro. Não perca!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Aperte o Play!!!... James Baldwin sobre Malcolm X

Descobri James Baldwin anos atrás no Congresso de Pesquisadores Negros aqui na Bahia através da excelente palestra do professor Alex Ratts. Em um mundo bitolado onde as identidades gay e negra não se bicam, encontrei um escritor de talento gigantesco, negro e gay assumido. Isso nos EUA no final dos anos 60!!! Posto aqui um de seus depoimentos disponiveis na net, legendado é claro, por que ninguém é obrigado a saber inglês.
Ele fala sobre o movimento negro norte americano comandado por Malcolm X, a aliança que o movimento negro fazia com a religião islamica e os beneficios e problemas da junções disso tudo naquela época. O que ficou pra mim? A inteligencia sem limites de um homem a frente do seu tempo. James fuma que nem uma chaminé - (odeio cigarro até sem sentir o cheiro!!!), mas seus pensamentos brilhantes destoam o incomodo que a fumaça provoca. Ninguém é perfeito...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O INCOMODO do Teatro Afro Centrado.

Para cada ação há uma reação. Para cada cena/texto/espetáculo/filme com temática afro centrada existe um incomodo que se manifesta de forma avassaladora. Nos últimos anos, aumentou o número de espetáculos teatrais que exploram a temática negra em suas várias vertentes. Nada de muito avassalador não. Infelizmente ainda andamos a passos curtos, mas que o movimento cresceu disso sem duvidas. Tem grupo que enfoca no lado político (e em tudo que esta palavra pode englobar), gente que desenvolve técnica a partir do candomblé, gente que a partir do corpo negro desenvolve sua forma nova de extrair teatralidade, Cias que se concentram no teatro “popular” – na verdade popular aqui na Bahia é quase congruente a negro. Existem várias formas sendo aos poucos desenvolvidas na cidade, muitas diferentes entre si, já que a cultura negra é vasta, mas para todas existe uma barreira: o incomodo que a temática negra exerce em uma cidade altamente racista como Salvador.
E Salvador é como toda cidade no Brasil, no mundo, sei lá. A idéia deste post veio durante uma conversa sobre um novo espetáculo centrado na temática negra aqui na cidade. “Você vai?”, dizia eu. “Não.”, a outra pessoa retrucava. “Por que?” (eu ainda cutuco cobra com vara curta...), “Ah! Não gosto de peça com essa temática do candomblé não!”, “Por que?” eu devolvia e ela dizia “Por que não gosto. Sei lá. E a diretora tem que tomar cuidado, pois ela já fez peça nessa temática, agora retorna com essa coisa. Tem que tomar cuidado pra não ficar visada, né?”. Não entendo esse tipo de fenômeno. A diretora ficaria visada por que???? Ouço com mais freqüência, que meu ouvido nada seletivo pode agüentar, frases como “Agora tudo é África!”, “Negro está na moda!”, “Eu não posso mais falar nada!”, “Agora tudo é negro!”... Você também já deve ter ouvido coisas do tipo.
Mas é curioso reparar no fenômeno ao contrário. Alguns anos antes, tudo, EU DISSE TUDO, era Europa e as pessoas estavam tão condicionadas à temática eurocentrada que ninguém se incomodava. Era branco no comercial de TV, no outdoor no centro da cidade, na revista como o belo da capa, nos filmes, em tudo. A temática negra posta à luz do dia revelou também outras temáticas que necessitavam de seu espaço, como a indígena por exemplo. Mas uma temática indígena, negra, cigana evidenciada pelo ponto de vista daqueles que pertencem diretamente do lugar. A negritude também revelou que os sentimentos não são universais, o corpo negro se movimenta de forma diferente, o indígena de outra forma e assim por diante. A música para os africanos/afro diaspóricos tem outro sentido. E como explorar isso no teatro? Esses novos espetáculos trazem isso.
Trazem uma nova África, mista, no caso do Bando de Teatro Olodum e seu Áfricas, uma mulher que fica pirada por conta do racismo em A Casa dos Espectros e o diretor Ângelo Flávio propõe ao público que viaje pela cabeça desta mulher, o mesmo diretor e seu Coletivo Abdias do Nascimento problematizam o dia após a abolição dos escravos em O Dia 14!, Shirê Obá e Ogum Deus e Homem da diretora Fernanda Julia traz aos palcos a vasta cultura das religiões de matriz africana. Recentemente Mia Couto foi montado pela Outra Cia de Teatro, A Comida de Nzinga fez bastante sucesso (e polemica!) no teatro XVIII, Se Acaso Você Chegasse, sobre a vida de Elza Soares, bomba até hoje nos palcos pela cidade. São alguns exemplos. Mas mesmo todos não são muitos.
Mas o movimento de falar de si, com autoridade, com muita pesquisa, técnica impecável, profissionalismo, sem deixar brechas para o outro, isso incomoda, a meu ver. O que não incomoda é ver o negro como coitadinho na hora que achar conveniente, ou ele como vilão na hora que bem quiser e entender. E só. Ou uma vitima imbecil ou um vilão em potencial. Nada mais. Os estereótipos prevalecem e que o é vasto se perde.
Lembro até hoje da fala de Zezé Motta problematizando sobre a entrada de novos talentos negros na cena teatral, na TV, nos filmes no Brasil. Ela dizia que para o Negro ser visto de outra forma o próprio negro tem que tomar os espaços de poder. Ser o roteirista/dramaturgo, diretor, produtor, ou seja, ser quem manda na história, quem bota a mão no dinheiro, quem decide quem contratar etc. Até por que quem tem verba dá o verbo! Concordo com ela. Diretores brancos sempre parecem ver com um olhar paternalista distante seus atores negros. Não é só não fazer o papel do empregado. Do que adianta fazer um advogado que aparece de vez em quando e nem tem família, nem um passado coerente? Recentemente ouvi uma pessoa dizer “Lázaro Ramos não faz papel de escravo! Isso é bom”. Não importa isso. O real problema é o negro escravizado ser colocado como vitima passiva. Chega a ser ridículo.
E quer saber de uma? Adoro ver que estamos incomodando com nossa historia sendo contada pelos nossos com tanta maestria. Gosto muito de saber que nós incomodamos e que de certa forma o debate se abre, as verdades são reveladas, as feridas são expostas. Poderemos até ser reconhecidos como “visados”, mas o importante é que falamos de nós mesmos. Mas existem Cia.s que trabalham diretamente com os chamados clássicos universais, ou somente com Shakespeare e ninguém tá nem aí em os chamar de visados, ou estereotipados. Então por que nosso teatro, nossa cultura é tida como tendenciosa? Por que eim, cara pálida?!!!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Aperte o Play!!!... Hilton Cobra, 1º Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afrobrasileiras.

Aqui posto a fala de Hilton Cobra, diretor da Cia dos Comuns, durante a solenidade de entrega do I Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afrobrasileiras, que ocorreu no dia 27/04, no Museu Nacional, em Brasília. Como diretor, Hilton enxerga a politica de editais de uma forma diferente. Encontrei sua fala no Blog do espetáculo OGUM DEUS E HOMEM da diretora Fernanda Julia, fundadora da Cia de Teatro Nata, que estréia esta semana. Muita gente aguarda anciosa a chegada deste projeto (o ensaio foi um acontecimento que só) de Fernanda, diretora que de espetáculo em espetáculo vem se aprimorando e marcando o seu nome e sua marca na cena teatral soterapolitana. Depois centro mais no espetáculo OGUM DEUS E HOMEM, mas agora fiquem com o depoimento de um dos diretores mais talentosos e referencia a qualquer artista negro neste país que trabalhe com teatro.


domingo, 19 de setembro de 2010

NINGUÉM segura Kelly Rowland!!!!

Curioso que antigamente - não tão antigamente assim - os cantores faziam alarde com lançamento do cd, era uma coisa incrivel e lançavam somente dois singles e pronto. Hoje não, tudo, TUDO, mudou. E Kelly Rowland é um forte exemplo disso. A ex Destiny Child encontrou seu lugar. Com o fim das Destiny acabou lançando um cd com pegada na R&B e no jeito Beyonce de ser... Mas agora é diferente. Kelly mudou radicalmente, lançou com David Guetta o já clássico When Love Takes Over - trilha TOTAL do ano passado - e está levando todos os singles que divulga na pegada dance music. Acho que o que ela queria já está se realizando, tornar-se uma diva gay e/ou das pista de dance music. Me lembra muito Donna Summer, mas original ao mesmo tempo. E sem dar uma de "copia beyonceira". A cantora também lançou Commander, que eu nao gostei muito. Agora lança DOIS clips de músicas diferentes, um em territorio norte americano (Red Coulored Rouses) e outro no europeu. Se o album não é mais o foco principal os cantores agora trabalham e defendem suas músicas com toda a força possivel para que ela grude na memória e fique semanas e mais semanas nas paradas de sucesso. E dona Kelly está conseguindo isto aos poucos. O Clip europeu, da música, Forever and a day, é do jeito que eu gosto, simples, dançante, enérgico e bom. Me entrego de vez para a sra. Rowland que agora pertence ao selo Universal Music e deixou de ser mais uma copia da Beyonce - o que era um risco forte- e tornou-se uma cantora de responsa logo em começo de carreira. Encontrar a própria linha/personalidade significa muita coisa para um artista!
ps1: Como não consigo postar o clip no blog, veja ele clicando AQUI.
ps2: Se você estava em Marte estes últimos tempos e nunca viu nenhum clip dela clica no nome das múscas e confira os clips.

sábado, 18 de setembro de 2010

Aperte o Play!!!! Jay Z Beyonce Forever Young Live at Yankee Stadium

Clássico dos anos 80! Forever Young é uma das minhas músicas preferidas confesso. Sim, a versão original tá na cabeça de nove entre dez pessoas que viveram sua adolescencia entre a decada de 80 e começo dos anos 90. Eu não sou dessa época, tava muito pequeno ainda, mas como sempre curti música antiga, olha eu em meados da década de 90 descobrindo em um disco de flashbacks de meu pai essa tal música. Agora, Jay Z - que confesso estou aos poucos gostando dele - e sua esposa/diva Beyonce apresentam-se ao vivo e cantam o clássico oitentista. Achei muito massa e a arena está lotada - como em qualqer show dos dois. Se você conhece, se jogue na versão que é muito boa, se não ouça a nova versão e experimente também a antiga, imortalizada pelo Alphaville.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Festival de Teatro do Subúrbio ANO II.

Imagine um teatro, muito bem estruturado, novo em folha, com mais de 400 lugares, situado em um bairro do subúrbio. Imagine mais, gente descendo dos ônibus voltando do trabalho, olhando para o teatro e falando “Acho que hoje vou ao teatro hoje” como se fosse a coisa mais corriqueira do mundo. Sim isso existe, trata-se do Espaço Cultural Plataforma localizado na cidade baixa de Salvador. O lugar é mágico, tem uma energia maravilhosa e abriga pelo segundo ano consecutivo o Festival de Teatro do Subúrbio, que tem como objetivo “promover o desenvolvimento da pratica da atividade teatral entre os diversos grupos existentes no subúrbio”. Estes grupos que participam do festival (selecionados e convidados) se apresentam durante nove dias no Espaço Cultural Plataforma compondo também a programação com oficinas e palestras com as diversas técnicas e vivencias presenciadas nesta parte da cidade de Salvador.
E se você pensa que os espetáculos beiram ao amadorismo, não tem qualidade técnica, está muito enganado. É claro que existem peças e peças, mas no geral o produto que chega ao público e de uma qualidade forte. O festival abriu com nada mais que Frank Menezes no monólogo “Indignado”, sucesso do teatro baiano, a R$ 2,00 inteira. A praça situada na frente do teatro ficou lotada com gente de todo tipo e canto da cidade indo prestigiar Frank, seu espetáculo, o teatro e também conhecer o Festival do Subúrbio. O mesmo espetáculo localizado em teatros do centro da cidade ficou a preços de R$ 20,00 a meia. Ou seja, o festival entrega também grandes sucessos a um preço MUITO acessível ao publico da região e a quem estiver disposto a quebrar seu preconceito com o subúrbio e vir prestigiar o festival onde ele acontece.
Ontem fui ver O Vento. Foi minha primeira vez no festival, primeira também em Plataforma (pego dois ônibus de onde moro para estar lá) e primeiro contato também com a Cia Falando Sério de Teatro. A peça basicamente fala sobre duas coisas; feminilidade e fertilidade. Estes dois temas são cruzados por muita poesia, muita música – feita ao vivo pelos atores e músicos da Cia. – mitos africanos, Fernando Pessoa, Chico Buarque. Enfim um caldeirão. A história é básica, simples e boa: a grande mãe Gaia é germinada pelo vento e pare a humanidade, os filhos do mundo. E quem faz as mulheres que norteiam o espetáculo são os homens da Cia. Isso é um ponto muito positivo do espetáculo, pois os meninos não precisaram ficar femininos para convencer como mulheres, com suas vozes grossas e sem perder a masculinidade fazem sua performace sem muitos problemas.
Sim, a peça tem problemas, as vezes a junção de tantas culturas não fica concisa no palco. E a colagem do texto parece solta e em alguns momentos não combina. Isso destoa um pouco e mantém o público afastado da peça e a gente sabe que apesar do público estar lá sentado quietinho de alguma forma ele tem que participar da peça. Esse (acredito eu) é um dos encantos do teatro. Publico e atores se encontram de alguma forma. E em alguns momentos este encontro não era feito.
Outro ponto que enfatizo é a plasticidade do espetáculo. Simples e boa. Nada que venha a mudar sua vida, te faça transcender, mas é correta. E diga-se de passagem, foi o primeiro espetáculo teatral que vi em 2010 que não saio aborrecido com o responsável pela iluminação. A luz surgia nos momentos certos, mudava nos momentos certos, tudo muito bem feito. Engraçado que encontrei perfeição técnica no subúrbio, longe de toda parafernália dos grandes teatros e dos majestosos profissionais com diplomas etc. Contraditório? Sei não viu...
O festival acontece até Domingo, com outras peças, outras temáticas, muito teatro, a dois (DOISSS) reais a inteira e tem meia entrada sim. Além disso, tem o encanto da cidade baixa e seu clima de cidade do interior, a pracinha e suas guloseimas gordurosas sendo vendidas (adoro coxinha de frango, pastel da hora, acarajé, abará, essas coisas...) e prazer de presenciar um teatro diferente feito em um local “diferente” e ótimo.
Você pode ver a programação do festival e as peças que acontecem clicando aqui.

Aperte o PLAY???? Irmã Sofia, Armadilha de Satanás.

Irmã Sofia é sucesso no You Tube. São mais de 640.000 visitas!!!! E no rastro do sucesso do clip um monte de gente faz sua versão caseira para homenagear um dos hits mais absurdos que já vi na vida. E o pior a música gruda que nem chiclete na sua cabeça. A letra, um absurdo do fanatismo, as imagens beiram ao amadorismo, os efeitos são direto do lixo da Industrial Light & Magic, mas por conta de ser tão trash acabou fazendo um enorme sucesso. Segundo Sofia, o mundo virou de pernas pro ar e ela chegou com sua música e sua palavra para denunciar as armadilhas de satanás. No início parece absurdo, mas depois até que você se diverte com tanta besteira...

domingo, 12 de setembro de 2010

10.000 VISITAS!!!!!!!!!!!!

Sim. 10.000 visitas em três meses. Tudo bem, o blog não tem três meses e sim, três anos, mas foi a três meses que me convenceram a colocar este bendito contador aqui do lado. Sei, sei, tem gente que entra só de mansinho e vai embora, mas tem gente que virou figura cativa. Comemoro então, mais um niver aqui no PELÍCULA NEGRA. Sei que as postagens tem diminuido, mas ao invés de me justificar vou me empenhar pra colocar o blog em ação. Agradeço novamente aos amigos virtuais ou não que fiz por conta deste humilde blog. Um grande abraço galera.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Existe MESMO uma cultura universal?

Se você acredita em Papai Noel, a resposta é obvia. Você deve ser daqueles que acreditam em um sentimento que todo ser humano tem, que move e une todos os homens em um só ponto. Que existem assuntos, historias, que mechem com qualquer tipo de ser humano, seja ele negro, branco, azul, amarelo, indígena, pobre, rico, marajá, patricinha, emo, piriguete, gay, metrossexual, mulher, homem... E você deve, com certeza, ser um daqueles telespectadores assíduos da Rede Globo, desbravadores da obra de Shakespeare e cineastas italianos que produziam seus filmes no século passado. Nada contra esse povo. Tem coisas que eles fazem que são boas. Mas não vem dizer pra mim que todo MUNDO neste mundo se enxerga na obra desses e afins, que eu já deixei de acreditar em Papai Noel faz tempo.
A universalidade é um fenômeno europeu. Não precisa ser Dr. ou Mestre para sustentar uma teoria dessas. Aliás, nem posso dizer que a universalidade seja um fenômeno totalmente europeu, pois nem toda Europa é agraciada com os pilares dessa pretensa universalidade que toca o mundo inteiro.
Fico me perguntando por que historias como a de Romeu E Julieta, do já citado Shakespeare, é considerada um clássico da dramaturgia universal e uma obra como A Cor Púrpura é considerada como um clássico da literatura negra... Dizem que nós apreciadores e formuladores da cultura negra nos afastamos com rótulos segregacionistas, mas a chamada “cultura universal” não poderia ser chamada de rótulo também? Ela também não segrega? Segrega de maneira universal!!!!...
Faça uma pesquisa, no Google mesmo, digite coisas como “literatura clássica”, “obras universais”, veja o que acontece. Poucas obras são de outras regiões. Encontrei até um site que registrava o Alcorão – ao lado da Bíblica Sagrada (é claaarooo!) – como livro de característica universal, mas quase todas as obras são de determinadas regiões européias. O Kama Sutra também foi considerado universal por alguns. Já que putaria todo mundo faz, né? Mas é curioso que o Kama Sutra é considerado no seu país de origem um livro de auto conhecimento e orações através do sexo e amor. Nossa, como a universalidade distorce as coisas, não?!...
Sempre que vêem com essa tal de universalidade, penso na experiência de anos atrás, quando fui assistir ao espetáculo Uma Batalha de Arroz Num Ringue Para Dois com Claudia Raia (que amo) e Miguel Fallabela (deixa ele pra lá...). O teatro é separado por fileiras de A a Z, as fileiras A são bem na cara do palco e as Z dão ao espectador a experiência de ver o artista como um ponto em movimento no palco que está beeem longe. Sendo assim, quanto mais próximo você fica do palco, mais cara é a experiência. Eu paguei pra ver a diva Claudia Raia de perto. Nem vou dizer quando gastei que me dá palpitação só de lembrar o valor do ingresso. Lembro também que onde estava era um dos poucos negros no local e a galera de lá de trás tinha muito mais pessoas negras do que onde estava. Ai, ai essa relação de raça/classe que me persegue...
Se a universalidade existe mesmo, por que nem todo mundo ria de todas as piadas?... Por que nas horas em que a personagem da atriz vivia os “dramas” típicos burgueses eu e uma galera não estávamos nem aí? Por que certas divagações existenciais não entram na minha cabeça como dizem que elas devem entrar? Será que o problema é comigo? Será que todo mundo sente essa coisa que move o mundo e eu não? Dizem por exemplo que o amor é algo universal. Acorde cara pálida, o amor é algo construído culturalmente também. Modelos de romance, relacionamento, são disparados há milênios nas nossas cabeças de geração em geração. Acontece isso com outros sentimentos também. Mas se você prefere acreditar que o que você está sentindo agora, um homem chinês também esta sentindo neste exato momento... poxa, tudo bem!
Pontos de identificações entre seres humanos diferentes não deveria serem comparados a uma pretensa universalidade humana. O ser humano assim parece mais um ser carente de si mesmo. Que não consegue aceitar a diferença sem desigualdade e por isso tem que igualar tudo pra viver pacificamente com o Outro. Eu eim... Terapia pra humanidade inteira!!!!!!!!!!!!...

Aperte o Play... Comercial Bahia FM.

Esses é um dos comerciais mais divertidos que já vi. Ok, é estereotipado, mas não deixa de ser divertido assistir. Trata-se de um dos comerciais da Rádio Bahia FM daqui de Salvador, voltada quase que totalmente para o seguimento popular, seja lá o que isso for de verdade!... O comercial aborda a galera da periferia e seus vários tipinhos presentes nela, esse grupo pela cidade se diertindo com o pagodão tema da rádio. Eu gosto bastante, é divertido, tem uma atriz do Bando de Teatro Olodum que adoro, gente bonita e preta a vontade. A Campanha fez tanta sucesso que tem vários comercias - variações - com os locutores da rádio e algumas estrelas da música baiana marcando presença. É só conferir abaixo.