sexta-feira, 28 de outubro de 2011

APERTE O PLAY???? BEYONCE - PARTY...

Eu sou fã de Beyonce. A cantora pop para mim é uma das melhores coisas que apareceu no mundo do entretenimento em muitos anos.
Não é por que gosto de muita coisa que ela faz que sou obrigado é abrir sorriso para todo produto que ela fabrica. Sou fã do trabalho de Beyonce, não de sua vida pessoal, os perfumes que lança, se ela está gravida ou não, se ela brigou com o pai ou não. Gosto das performances, da energia dela no palco, dos cds e a mistura de R&B com ários outros sons. E sou bastante crítico, até por que nestes anos de "baixar música pela net" ainda compro tudo da cantora original, ou seja, pego meu dim dim do meu bolso para sustentar seu lindo ego... De fã em fã Beyonce enche a conta bancária.
Mas este clip é o símbolo do tropeço. E ela dessa vez caiu na poça do mau gosto. Que clip é esse? E a estética (???!!!) bizarra. Os xiitas vão me condenar, mas a contora depois de uma leva de bons clips deste 4º álbum entrega isso? Nem a presença da prima - no final - ajuda. A música é muito boa, mas o clip é feio! Muito por sinal.
Segue abaixo o "clip" novo de Beyonce...



Para piorar a situação, mais uma cantora resolve dizer que Beyonce está plagiando uma antiga cria sua... Uma tal de Khia (sim eu nunca ouvi falar) com um clip igualmente bizarro e uma porcaria de letra na canção. Eu não achei nada parecido. Pintar o subúrbio com cores fortes não é algo novo nem aqui nem na China! Cristina e um monte de cantora já fez isso. Mas se voce gosta da intriga, veja a porcaria abaixo. Consegue ser pior do clip de Beyonce e tem a cara de pau de dizer que que está sendo plagiada...


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM... A COR PÚRPURA MUSICAL - BRASIL?

A Cor Purpura, um das maiores obras literarias de todos os tempos já virou filme e também espetáculo teatral sob o comando de Oprah Winfrey e Quincy Jonnes. Um sucesso por lá por sinal. Vendido pela bagatela de 45 mil doláres e 12% em participação em bilheteria a produtora Oprah cedeu os direitos do musical ao ator/produtor Luciano Szafir que junto a Ricco Antony comandam este incrível projeto de seis (SEIS) milhões de reais.
São 37 atores, negros, escolhidos entre mais de 2000 inscritos. Dentre eles nomes "nada conhecidos" como Vanessa Jackson - cotadíssima para o papel principal - e Isabela Filardis que no primeiro dia da audição não foi muito bem e não foi poupada de criticas. Ou seja, não tem essa de "famosidde" o que está sendo julgado é competencia!!! Abaixo segue o primeiro vídeo sobre o processo de criação da produção e de seleção de elenco. Preparem-se, este será um marco na história do teatro brasileiro. A Cor Púrpura chega ao Brasil em 2012!!!!!!!!!!

ps: muito obrigado ao leitor M.Black por postar informações sobre o espetáculo no post sobre o cd de A Cor Púrpura.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

terça-feira, 18 de outubro de 2011

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM... RED TAILS?

Filme produzido por George Lucas (preciso mesmo falar o que ele fez para você?...), sobre o primeiro grupo de pilotos negros da história do exército dos EUA - que precisaram superar muito racismo para provar seu valor em combate. O trailer é carregado de efeitos especiais - marca registrada do cineasta que apesar de não dirigir o filme, produz, não gostou do resultado final e dizem finalizou o filme ele mesmo - tem as famosas frases de efeito, cenas de ação para atrair o público masculino e um elenco de primeira que inclui nomes como Bryan Cranston, Terrence Howard, Cuba Gooding Jr., Daniela Ruah, Michael B. Jordan, Ne-Yo, Andre Royo, Tristan Wilds. O nome Red Tails vem das traseiras dos aviões pintadas de vermelho durante a Segunda Guerra Mundial, da esquadra dos Tuskegee Airmen
O filme estéia nos EUA no dia 20 de janeiro. Não vai concorrer ao Oscar 2012, pois os concorrentes deste ficam até dezembro de 2011.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

VELHO HUMOR... BURRAS PIADAS...

Em uma boate da "diversidade" perto de você... Velhas piadas se repetem e as mesmas pessoas riem, os velhos que levam na esportiva (pois se não levarem são taxados como complexados!) e outros anciãos da burrice, pois adoram um negro rindo de si mesmo para todo mundo ver... Observe e ria... Não esconda o riso. Ria...

sábado, 15 de outubro de 2011

4 ANOS DE PELÍCULA NEGRA!!!!!!!!!

Oh meu velho e bom Deus!!!!!!!!! Esse ano tem sido tão cheio do que fazer que não comemorei o aniversário de 4 anos do meu querido blog!!!!! Sim estou BAITA atrasado. Muito mesmo, era para ter comemorado o feito em... AGOSTO!!!!!! Mas não deu, principalmente por conta da Cia de Teatro, blá, blá, blá... E eu acabei me lembrando agora. Sim, nesse instante, lembrei e estou escrevendo. Me passei. Sempre horrendo para datas meu caro leitor, o que seria eu se não fosse facebook, orkut (isso ainda existe????) e minha velha e querida agenda lembrando de um monte de coisas que devo fazer e não deixar para trás.
Bem, são 4 anos (tenho que bolar algo para os 5, não? rsrsr Uma entrevista com sei lá, Oprah?...) falando sobre arte negra. Na cara de pau entrevistando gente boa e competente e por que não expondo também nossas feridas. Pois não é por que sou preto e amo arte negra que tenho que gostar de qualquer tipo de porcaria que é feito por aqui, pelos EUA e por toda parte do mundo... Agradeço também aos 56 seguidores do blog. Valeu mesmo! Aos fãs de 50 Cent que vez por outra não me deixam em paz (rs) e ao povo que oficialmente não segue o blog, não comenta, nem cutuca, mas está presente aqui.
E para você que não comenta... Deixe de besteria rapaz (moça), coloque sua opinião aí vai. Eu quero saber o que voce acha... Sua visão sobre cultura negra, racismo... Coloca ae vai. Só não venha com "a raça é humana", "somos todos iguais", " Que absurdo, racismo em pleno sec XXI" que te gongo em três dígitos rapidinho. Um amigo disse que tem medo de comentar. Veja só, eu vou morder? As vezes sinto até vontade. Mas não dá...
Muito obrigado a todos. Só mantenho o blog, pois ele é visto. Tem um monte de blog por este mundinho virtual que não sobrevive aos 10 posts. E o nosso querido PELÍCULA NEGRA é odiado e amado na mesma proporção. Parabéns PELÍCULA! Parabéns aos guerreiros que persistem.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O MELHOR E O PIOR DE... Chris Rock


O MELHOR: Todos Odeiam Cris. Alguém duvida? Rock tem mais de 15 anos de carreira, realiza filmes, projetos teatrais, é ator, produtor, diretor, roteirista... Mas seu ponto certo foi a série de TV Todos Odeiam Cris que durou cino temporadas e é simplesmente genial. Acho que não existe outra palavra para resumir a forma como a vida de Cris e sua familia são retratadas. As histórias são ótimas e por mais que tudo se passe nos anos 80, nos EUA, não dá para se afastar tanto de Cris e seu mundo vivendo nos anos 2000 aqui no Brasil. Os personagens são maravilhosos, feito por atores talentosos. O roteiro um primor, bem escrito, sem buracos, trazendo piadas cada vez mais politicamente incorretas e cruéis. A série aborda o racismo com extrema ironia de uma forma única! Considero ela um clássico moderno. Apesar de Todo Mundo Odeia Cris soltar no curriculo do ator, é dele os melhores momentos de Tiros em Columbine, Madagascar, fez o ótimo Dogma, dirigiu o documentario ainda inédito por aqui Good Hair, além da participação em A Hora do Show de Spike Lee. Rock fala sobre racismo como nenhum outro, sem dramas, da forma mais impactante e ironica possivel - sim ele consegue fazer os dois!!!!!!!!! Além disso fala magistralmente sobre muita coisa além do racismo... ou seja, não é limitado.


O PIOR: Acho Que Amo Minha Mulher. Meu Deus que filme insuportável!!!!!!!!!!! Sabe aquela vontade de apertar o stop antes de meia hora de filme passar na sua frente? Meu Deus que arrependimento! Que vontade de pedir meu dinheiro de volta... Homem casado com constantes fantasias sexuais com outras mulheres jamais se arrisca a cometer qualquer tipo de traição. Mas sua moral será testada quando ele recebe a visita de uma ex-namorada. E esta porca miséria ainda é refilmagem do frances "Amor à Tarde", de Eric Rohmer. Ô filme ruim, uma mancha no quase irretocável curriculo de Chris. Tudo tão bem acabado, mas conduzido de forma insuportável. O pior de tudo é ver Rock querendo dar uma de Wood Allen, só que mais machista... Muito ruim.

domingo, 9 de outubro de 2011

A COR PÚRPURA, UM ÁLBUM PARA...


EMOCIONAR!!!! A trilha sonora do clássico A Cor Púrpura é simplesmente fenomenal. É com esta frase clichê até que inicio o post sobre um dos melhores trabalhos musicais que já vi na vida. Uma das poucas trilhas instrumentais também que funcionam sem o filme. Enquanto escrevo este post aproveito para rever Celie, seus dramas e suas alegrias através dos maravilhosos arranjos de Quincy Jones grande tiranossauro rex da música norte americana. Este aliás é um dos poucos trabalhos do diretor Steven Spielberg sem a colaboração do seu fiel maestro John Williams. Não sei como seria a versão filmada do romance de Alice Walker pelas mãos do dono de trilhas inesquecíveis como Perdidos no Espaço, Parque dos Dinossauros, Indiana Jones (todos) e mais recentemente Harry Potter – os primeiros, mas nas mãos de Quincy o mundinho sulista de Celie ganha proporções gigantescas.
O trabalho é excelente. São dois CDs, o Box que tenho é antigo, aquele enorme que não dava para colocar junto aos outros, pois não tinha porta cd que o segurasse. O primeiro cd começa com nada mais nada menos que Miss Celie’s Blues letra de Quincy Jones e Lionel Richie... Uma das melhores músicas que já vi na vida!!!! Em seguida o tema inesquecivel da personagem principal Main Title, que música, exprime toda a fortaleza e sensibilidade da menina que mesmo com os percalços da vida continua seguindo em frente contando sua vida em verdadeiros desabafos a Deus. O amor de Celie por seu infame marido é retratado em uma música angustiante. Quincy consegue extrair da personagem através da música que apesar do personagem, vivido brilhantemente pelo ator Danny Glover, maltratar Celie durante quase todo filme, ela ainda sentia algo por ele, a música misturas arranjos de puro pastelão, com angustia e também a tristeza que significa o “amor” entre os dois no filme.
Outra faixa que destaco é Nettie Teacheres Celie . carinho, amor, sensibilidade estão presentes para retratar um dos ótimos e belos momentos do filme em que as duas irmãs aprendem e ensinam uma a outra. The Separation vem logo depois forte, pesada e não se engane querido leitor o pesada é pois sinônimo de aflição para uma das cenas mais fortes do cinema norte americano. Não tem como não chorar e com a trilha de Quincy – meu Deus!!! – fica ainda pior suportar esta parte do filme. Outras significativas do primeiro cd são I’m Here fofa, Body and Soul que retrata a chegada de Sofia a trama, vigorosa como a personagem de Oprah.
A música gospel negra estadunidense vai ser a principal base para o segundo cd deste álbum. Quincy não abandona o soul e o blues, mas mistura muito os três ritmo. O disco abre com Celie and Harpo. Linda. Ate chegar em Sophia Leaves Harpo com Quincy construindo magistralmente momentos de tensão e ternura em uma única canção. Show!!!  A áfrica é revisitada em duas canções Junk Bucket Blues e The Dirty Dozens a última com dozes CAVALARES de gospel. A partir deste momento a África conhecida por Celie pelas cartas descobertas da irmã vai entrar em ação. Os sons já esperados de uma “visão musical” sobre o continente africano vem misturado com pegadas gospel e a batida grandiloqüente própria dos anos 80, época em que o filme foi feito. A´te que o cd fecha com chave de ouro entoando o mais significativo e tradicional gospel com direito a coral gigantesco amplificado. Celie Shaves Mr/ Scarification Ceremony, Maybe God Is Tryin' To Tell You Somethin e Reunion/Finale são forte, exigentes com o ouvinte (só da para entender isso que escrevi se você ouvir e ver o filme!), divertidas e traduzem a mudança que Celie, nossa queridíssima heroína, passa ao longo de todo filme.
Se A Cor Púrpura foi um filme inesquecível para voce, então sua trilha sonora também vai ser gigante caro leitor. Lindo e forte trabalho. Inesquecível. Gigante. Viagem musical. Enfim, amor a primeira vista em uma das melhores, se não a melhor trilha que tenho em minha estante...
... Ps: poucas coisas no mundo me fazem ficar emocionado. Este cd – novamente – me fez ficar assim... Meio emotivo...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Uma negritude estampada na cara?

Os atores Valécio Santos como Shirley
e Henrique Bandeira como Alberto,
em cena de Transmetrópolis
Dias atrás, fui provocado por um amigo, sobre um dos pontos – considerados por ele – mornos de Transmetrópolis, meu primeiro espetáculo profissional como diretor e autor. Ele dizia ver minha veia sobre sexualidade presente na peça, mas que meu lado sobre negritude, forte característica que também sou conhecido pelas pessoas, neste primeiro espetáculo da SouDessa Cia de Teatro – que sou fundador e diretor – ele não conseguia enxergar. Fiquei pensando se por ser negro, ter militado um tempo e conhecido alguns movimentos negros por onde passei, tenho mesmo que mostrar que “sou negro!” para todo mundo ver? Não está na cara que Transmetrópolis é um trabalho de um diretor negro? Para a negritude estar presente, ela precisa ser evidenciada na sua cara, muitas vezes de forma panfletária e chata?...
Bem, como não estou nos anos 80 e apitaços e placas de “diga não ao preconceito” para mim não servem de muita coisa... Mostro-me de outras formas. Sim, minha negritude está no espetáculo, achava que só não veria quem não quer... Mas hoje sei que não é bem assim. As referencias as quais construí Transmetropolis são negras. Para falar sobre identidades Stuart Hall (apesar de acharem que sou chegado a teoria queer), para construir o arquétipo de Shirley (personagem principal da trama) estava com a ousadia de Madame Satã na cabeça. Shirley cita Steve Biko. Para fazer Moisés tive como referencia um pastor negro “ex homossexual” que dá cursos sobre como se tornar um hétero. A trama da peça é passada em um bairro periférico de Salvador chamado Pirajá e a religião que domina a periferia e pode até ser considerada como nova religião negra do país (sim isso é uma provocação, pense nisso!!!) são as congregações evangélicas.
Transmetropolis acabou sendo feito – em sua segunda temporada – com um elenco majoritariamente branco. Até um dos atores, Jean Carlos, chamou atenção para isso: “Nossa! Essa periferia está branca demais” em um dos ensaios. Eu realmente não ligo para isso nesta montagem, contanto que a personagem principal fosse feito por um ator/atriz negro (a), para mim tudo bem. Shirley, é quase óbvio, é uma extensão de mim. Muitas coisas que diz sou eu quem digo. Muitas coisas que pensa sou eu quem penso. Muitos desejos que tem eu já tive. Não consigo me enxergar na pele do Outro. O personagem principal para esta montagem tem que ser negro. É e curioso que quando encaramos a possibilidade de substituição – sei lá por quaisquer motivos – do ator Valécio Santos as pessoas dizem sempre: “Não enxergo ela feita por alguém branco.” “Quem faz Shirley tem que ser negra.” Quando dizem isso fico satisfeito, minha negritude não se mostrou panfletaria e aberta na trama, mas ela conseguiu transparecer para o público a ponto de ele se manifestar. Algumas pessoas conseguiam ver minhas referencias negras, outras nem sabiam quem são Steve Biko, Madame Satã, Fanon, mas enxergavam a força de uma NEGRITUDE NATURAL no espetáculo. Geralmente estas pessoas eram negras. Pois, Shirley é negra!
Para além de Transmetropolis, penso a negritude como algo que pode ser evidenciado não somente em cima de palanques, teses de mestrado de 150 páginas, discursos inflados e espetáculos panfletários. Precisamos avançar. Colocar a negritude em um patamar normal! Normalidade que para ser alcançada precisa de muito esforço da nossa parte. Descolonizar nossas cabeças! As ditas minorias, ou maiorias sem representação majoritária em espaços de poder, ainda encontram sua identidade exposta por fatores exóticos. E a destruição do exotismo muitas vezes não se dá a partir de gritos, placas nas mãos, apitos ensurdecedores. Essa negritude eu deixo para quem tem saco de ficar gritando embaixo de sol a pino. Nasci nos anos 80, mas a forma de lutar – na minha opinião – de lá pra cá mudou e muito.
Sou negro. E a minha negritude está na minha essência. Ela não precisa bradar para existir. Pois ela não se oferece como uma carência. Ela é!