Dos poucos livros que li de Jorge Amado este foi o único que gostei realmente. Foi por isso que me predispôs a ler este Jubiabá no formato HQ. Li o livro faz um bom tempo, ainda estava no Ensino Médio quando ele caiu em minhas mãos, mas como nunca fui fã de Amado e seu tipo peculiar de enxergar o estado em que vivo, acabei me surpreendendo com a historia de Antonio Balduíno, sua infância, seus amores, o sucesso como boxeador, artista circense dentre muitos outros casos. Aliás, dentre os livros de Jorge que mereciam virar filme aqui está um ótimo exemplo de uma obra que deveria ser revista, já que Jubiabá virou filme em 1987 pelas mãos de nada mais nada menos que Nelson Pereira dos Santos. O livro tem uma narrativa muito boa, apesar dos problemas de sempre de Amado em ver a Bahia com seu olhar pitoresco...
Já nos quadrinhos o universo de Jorge Amado, uma Bahia construída singularmente, ganha cores e detalhes precisos nas mãos de João Spacca de Oliveira quadrinista de mão cheia que nos últimos anos tem se dedicado a produzir HQs sobre personagens históricos, como Santos Dumont (Santô e os pais da aviação), Regis Debret (Viagem quadrinhesca ao Brasil) e Dom João VI (D. João Carioca). A revista é tão bem desenhada eu parece que as figuras vão sair da publicação, sem exagero algum. A historia também está bem resolvida junto ao formato dos quadrinhos. O ilustrador teve como base para os desenhos os trabalhos de Pierre Verger, a pintura Favela, de Di Cavalcanti, visitou a fundação Gregorio de Matas para saber como era a Salvador nos anos 20 e um guia de Salvador escrito pelo próprio Jorge Amado. Além disso, o texto é cheio de referencias pra quem não está totalmente familiarizado com o mundo de Jorge ou mais precisamente não mora na Bahia e nem sabe sua historia e seus costumes.
Já nos quadrinhos o universo de Jorge Amado, uma Bahia construída singularmente, ganha cores e detalhes precisos nas mãos de João Spacca de Oliveira quadrinista de mão cheia que nos últimos anos tem se dedicado a produzir HQs sobre personagens históricos, como Santos Dumont (Santô e os pais da aviação), Regis Debret (Viagem quadrinhesca ao Brasil) e Dom João VI (D. João Carioca). A revista é tão bem desenhada eu parece que as figuras vão sair da publicação, sem exagero algum. A historia também está bem resolvida junto ao formato dos quadrinhos. O ilustrador teve como base para os desenhos os trabalhos de Pierre Verger, a pintura Favela, de Di Cavalcanti, visitou a fundação Gregorio de Matas para saber como era a Salvador nos anos 20 e um guia de Salvador escrito pelo próprio Jorge Amado. Além disso, o texto é cheio de referencias pra quem não está totalmente familiarizado com o mundo de Jorge ou mais precisamente não mora na Bahia e nem sabe sua historia e seus costumes.
A única coisa que reclamo é o preço muito salgado do produto. Encontrei em algumas livrarias a novela por R$ 33,00 até a exorbitante quantia de R$ 48,00. Novamente vem o pensamento de quem realmente vai ler este tipo de quadrinho? O exemplar que peguei tinha formato de luxo, realmente era um produto muito bem acabado, mas será que precisa exagerar tanto no preço? Caímos no clichê de informação de ótima qualidade que tem um preço elevadíssimo para o padrão brasileiro. Sim, isso já virou chavão.
Eu não consigo entender como uma revista em quadrinho custa tão caro. Não desmerecendo aqueles que ralaram para construir o produto (no caso de Jubiabá foi um ano e meio dentre pesquisa e composição da revista), mas fico me perguntando como o publico pode experimentar de vários “mundos” a partir de um caminho tão caro? Recentemente comprei uma publicação – IV Volume da série de Brian Azzarello, 100 Balas Inevitável Amanhã – para ter a publicação em mãos tive que desembolsar R$ 19,90. Lindo isso, não?... Sim, fazer o que se gosto deste formato, principalmente a nova era dos quadrinhos feitos por gente como Alan Moore, Chirs Ware, Joe Sacco entre outros que saem da perspectiva de historia em quadrinho de super herói com historias simplistas para pré adolescente ler. Os quadrinhos adultos e suas historias diferentes invadiram as bancas já faz um tempo, mas os preços continuam exorbitantes. Para ler Jubiabá a quantia a ser tirada da carteira não vai ser baixa.
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