QUEBRAR MUITO E REVIVER O RECÔNCAVO BAIANO... Mariene de Castro dispensa apresentações. Aqui em Salvador, então, todo mundo sabe quem é ela e a cantora ostenta já seu lugar no "mundo" das divas baianas. Neste Santo de Casa ao Vivo, segundo da carreira da cantora, ela repete muita coisa boa presente em seu primeiro CD Abre Caminho. O cd, gravado no Teatro Castro Alves, em uma manhã de Domingo, no projeto Domingo no TCA, com ingresso na época a R$ 1,00, conta com a animação de uma galera sem chorumelas, disposta a sambar junto com as lembranças do recôncavo que Mariene traz no seu trabalho. Destaques para Pot-pourri de Nené, Chico e Chica, Vi Mamãe na Areia, Abre Caminho. O ponto ruim é que Mariene não faz muita coisa diferente... Acontece com ela o que aconteceu também com Rita Ribeiro e seu Tecnomacumba ao Vivo, o cd é completamente uma versão ao vivo ao pé da letra do cd de estúdio. E realmente, todo mundo sabe que uma versão ao vivo tem que ter mais do que apenas o aplauso do público como diferencial. É ao vivo, o cantor (cantora) está mais livre para criar, para improvisar, para estender as músicas. Neste Santo de Casa Mariene não renova muito. Para quem não tem o Abre Caminhó - como eu - comprar este trabalho ao vivo é uma grande aquisição, mas para quem tem, não vai mudar sua vida não. Outra, Mariene deveria já ter mudado de repertório. Largar essa coisa de Clara Nunes e deixar de cantar Ilha de Maré, mas sei que é via de mão dupla, é como Bethania sem Negue e Ronda... Do resto, o cd tem bom repertório, arrnjos bons também, um visual lindo, um primor assinado por Marcelo Mendonça. E Mariene constrói o seu lugar no Samba brasileiro, expandindo o samba da Bahia.
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