quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Entrevista: Débora Almeida


Débora Almeida
Conheci Débora Almeida na apresentação do seu espetáculo solo Sete Ventos aqui em Salvador. Aliás, monólogo estupendo, lindo de se ver, texto ótimo, bom humor e drama equilibrados, participação da platéia sem constrangimento da mesma, tudo de muito bom gosto. Logo depois do espetáculo, aconteceu um bate papo com a atriz, onde a platéia teve contato com uma pessoa doce, engajada, com sorriso largo, conquistou todo mundo no primeiro momento. Em meio a tantas atividades que faz e a folia do Carnaval, Débora nos concedeu essa entrevista. Nela revela seu processo de criação, sua carreira e sua visão sobre o teatro brasileiro e também é claro sobre cultura negra. É provocada e provoca de volta, como toda guerreira que domina as tempestades...

Sete Ventos é um monólogo teatral baseado em depoimentos de mulheres negras e no mito de Iansã. Nele voce está como atriz, mas também como produtora, diretora, pesquisadora e dramaturga. Nesta experiência o que trouxe da Cia dos Comuns para abrilhantar o trabalho em Sete Ventos?

Na Comuns eu fiz de tudo porque na Comuns a gente faz de tudo. Lá o ator é estimulado a não ficar somente na posição de intérprete. A gente improvisa, pesquisa, produz, inclusive o Cobra (diretor da Cia) ressalta o tempo todo como isso é importante, no sentido, de sermos donos da nossa arte, atores em todos os sentidos. Cada um, além de ator, acaba se destacando mais em um ou vários lados e, como eu experimentei de tudo, acabei estando em todos os setores do espetáculo naturalmente. A experiência de ter passado pela Comuns me possibilitou dar vazão a outras potencialidades que eu já tinha, mas que estimulava pouco ou timidamente.

Voce também é professora de teatro em escola da rede pública de ensino no Rio de Janeiro. Temos a concepção de que o trabalho neste setor é sempre ensinar. Mas o que de lá traz de conhecimento com seus alunos para a sua carreira como atriz e produtora profissional?

Costumo dizer que as crianças de sala de aula apontam sempre uma nova possibilidade, apontam sempre algo que dialoga com o teatro contemporâneo, pois explodem todas as convenções teatrais, e isso é muito bom, pois apontam novas possibilidades, como, por exemplo, a relação com a plateia. Elas já trazem a proposta para assuntos pesquisados por vários artistas sem saber, sem teorias, baseadas na vida que está acontecendo ali naquele momento. É incrível. As crianças não deixam o meu olhar ficar parado, olhando em uma só direção. Elas sacodem o tempo todo e isso, para o artista, é muito bom.

Como foi o processo de construção do monologo Sete Ventos? O texto, as personagens, o artifício de se dirigir...

Foi uma pesquisa iniciada ainda em 2008. Eu estava pesquisando para o mestrado e o foco era: Iansã e Teatro negro. A pesquisa sobre o universo feminino me acompanha desde o desde o meu primeiro espetáculo na Comuns.  No meio do caminho resolvi fazer um espetáculo, queria experimentar o que estava pesquisando. Daí, aliei à pesquisa teórica a pesquisa prática, com laboratório prático, improvisando na cena com base no que eu estudava e produzia teoricamente. Daí começou a surgir o texto. Eu improvisava, escrevia um texto baseado no improviso e depois voltava para a cena para ver se o que foi escrito servia.  Comecei a organizar as cenas criadas nos temas que eu queria tratar e daí fui organizando o texto. Com o passar do tempo, comecei a chamar os outros artistas da ficha técnica. Primeiramente a Aduni, que quando viu que eu já tinha uma pesquisa e toda a noção estética do que eu queria me disse que somente eu poderia dirigir o espetáculo, pois já sabia tudo o que queria fazer. Daí, a Aduni se propôs a fazer a  supervisão teatral. Depois fui trazendo os outros artistas, falando sobre o trabalho e a pesquisa. Em 2009 dei um prazo para tudo ficar pronto e resolvi estrear.

Em Sete Ventos é um dos poucos espetáculos que vi com temática negra em que o humor está presente como característica intrínseca do espetáculo. E um humor saudável! Muitos espetáculos tocam na “questão” do negro de forma séria, dramática... Por que escolheu o humor para compor as personagens negras que faz no palco?

Interessante você me falar isso, porque nunca vi o humor no espetáculo dessa forma, nem penso que seja uma comédia. E o humor não foi uma escolha, ele simplesmente veio porque eu sou assim: penso muito sério e ajo com seriedade e também com humor, e em Sete Ventos você vê a tragédia e a comédia juntos. Eu sou assim. Daí a minha obra só poderia ser assim também. Mas não acredito no humor com uma função de simples entretenimento distanciado da realidade, isso é alienação e submissão ao que já está posto. O humor distancia com o riso, mas te faz pensar sobre o ridículo da situação em que nos encontramos e como somos ridículos em aceitarmos. Há situações relacionadas às questões negras que são tão surreais que parecem piada, mas são verdadeiras e doloridas. Por que eu rio de uma mãe desesperada dizendo que os filhos claros que ela tem são filhos dela sim? Porque o racismo não nos dá o direito de sermos diversos da imagem comum do negro, e isso é doloroso. A forma mostrada pode até causar algum riso, mas quando paramos de rir vemos o quanto isso é doloroso, não é engraçado.  A gente até pode rir, mas quando a tonteira causada pelo riso passa, dá vontade de chorar. Quando eu era criança nunca achei engraçado as minhas vizinhas me xingarem e se valerem da cor negra “mais clara” do que a minha para isso, e isso me causava dor. Causa riso no teatro porque é ridículo e nós vivemos em uma sociedade que permite que vários ridículos aconteçam. Mas o ridículo não é engraçado, é pior do que a tragédia. Essa é, inclusive, a diferença entre o humor e a tragédia. A tragédia nos faz chorar momentaneamente, a gente acha lindo e depois vai para casa com a sensação de alívio “Opa, chorei, mas já passou.”, a comédia te pões contra a parede e te faz perguntar “Por que eu gargalhei diante de algo tão sério? O que eu vou fazer com isso agora?” Mas eu nem vejo tanto humor assim no espetáculo, vejo que há cenas de humor da mesma forma que há cenas trágicas. Não compus o espetáculo pensando nisso, meu foco principal era falar da mulher negra e contar as suas histórias. Me baseei na vida, e a vida é trágica e cômica a todo o tempo.

Cena de Sete Ventos, foto Guina Ramos
Vemos muitos espetáculos com atores negros no Brasil diretamente ligados a temática negra...  Ou seja, a sua cor importa dentro da trama. Existem casos como o de Lázaro Ramos, ele fez espetáculos/filmes que sua cor está isenta no palco ou no texto. No cinema/teatro norte americano vemos casos de atores e atrizes que fazem papéis que não são necessariamente escritos para negros... Atualmente como se constrói, para voce, o lugar do ator negro na dramaturgia brasileira?

Quem está construindo o lugar do ator negro na dramaturgia brasileira é o artista negro porque os outros artistas, em sua maioria, não pensam nem que existem pessoas negras, quem dirá atores negros, lembram somente quando o personagem é um bandido que vai passar batido lá atrás da cena, porque se o bandido for o protagonista ele vai ser branco. A invisibilidade do negro na sociedade brasileira se reflete na dramaturgia e na arte, de forma geral. A gente não está representado em lugar nenhum, só em lugares gerenciados por nós. Vi uma revista feminina famosa dia desses, folheei do início ao fim e não tinha um negro, nem em propaganda.  E o pior: o editorial de moda era no Caribe, mas a modelo era branca feito uma folha de papel. Os negros apareciam como papel de parede das fotos. É assim que os brancos nos veem: como papel de parede para as histórias deles. Para eles isso é normal, pois já tem o espaço deles garantido há séculos. O que está mudando é o que está sendo imposto pelas leis criadas pelo segmento negro e que a maioria dos não negros critica, pois não quer perder o seu espaço.  Agora, não existe essa história de ator negro descolado da cor negra. O adjetivo racial sempre aparece porque há um lugar onde a sociedade nos colocou e quer que continuemos, mesmo que prosperemos economicamente. Isso faz com que um personagem negro, mesmo sendo de classe média alta tenha em alguma parte da sua estória um traço que eles, o brancos, consideram característico do povo negro, como um pai alcoólatra, um irmão bandido ou viciado, mesmo quando o estigma não está no personagem negro, ele acompanha a vida do personagem através de algum parente próximo. É o “pé na senzala”, a mensagem intrínseca que diz “Você está aqui, mas não é um de nós. Seu passado te condena”. Ou “Você não é bom o suficiente, pois a sua história é um desastre”. E o pior é que quem escreve acha que está sendo legal, pois está descrevendo uma historia tipicamente negra, pois todo negro passa por isso, “Toda família negra é assim”, pensam. O racismo é tão normal entre a gente, que ninguém nem pensa que descrever um negro sempre com passado de banditismo também é racismo, acha que é normal. Eu não tenho um pai que bate na minha mãe, não tem bandido e nem viciado na minha família, meu pai era advogado e eu sou negra. Existem famílias negras assim também, somos normais. Esse foi o principal motivo que me impulsionou a produzir Sete Ventos, para mostrar que somos normais e que a bebida que está sobre a nossa mesa nem sempre é cachaça, como gostam de mostrar, pode ser água, pode ser café. As nossas histórias, as de nossas famílias são bonitas e tem que ser contadas por nós, temos uma gênese digna de reis e rainhas, de pessoas boas e quando algo de ruim nos acontece não é porque somos de sementes ruins, haverá uma explicação histórica para isso , pois somos seres humanos e vivemos uma história, e no caso do povo negro, fomos retirados de nossa terra e trazidos cativos e escravizados para o Brasil, mas a nossa história tem mais de 5 mil anos de riqueza e realeza, sabedoria e mitologia, e não somente 500 anos de escravidão que querem nos jogar pela goela abaixo.

Voce tem experiências em teatro, televisão, cinema, produção, ensina teatro, é pós graduada em Arteterapia em Educação e Saúde. O que de uma experiência voce leva para a outra, complementando ou até melhorando as suas varias identidades artísticas?

E ainda sou escritora e militante negra! Tudo faz parte da mesma identidade, mas minha formação primeira é ATRIZ e essa é o carro chefe. Todas as minhas formações vieram por causa do teatro e uma coisa veio puxando a outra. Eu só fazia teatro adulto, um dia fiz teatro infantil e me encantei com as crianças, daí quis ensinar teatro também. Também precisa me sustentar. Depois, o magistério me mostrou que se eu buscasse outras informações, minha prática em sala melhoraria, daí fui cursar Arteterapia em Educação e Saúde. A produção veio como uma necessidade de me apropriar do meu trabalho, porque ser ator no Brasil é complicado e ser ator negro, é mais complicado ainda.  O bom disso tudo é que eu fico com uma visão macro da coisa, não fico só no meu mundinho. Saber o que está sendo feito no teatro e estar produzindo teatro, estar conectada com a política, ser militante negra, me ajuda a orientar melhor os meus alunos e o olhar deles me ajuda a entender o que está sendo construído hoje. O exercício da escrita é contínuo, pois tenho que produzir para o teatro e para a sala de aula. Como atriz, depois que eu comecei a produzir me senti mais forte, pois agora eu tenho o volante nas mãos. Mas a maior contribuição foi a entrada na Militância Negra, a consciência de quem sou e do que sou feita, onde estou e de com quem eu posso contar me fortalece todos os dias antes de sair de casa, na rua e quando eu volto, porque ser negro no Brasil, é muito difícil. A cada minuto você tem um problema para resolver.

No espetáculo Sete Ventos voce provoca muito o público. Começa logo o espetáculo perguntando “que cor tem meus olhos?”, “Como é o meu cabelo”... E quando a resposta não é condizente com a real cor, textura daquilo que se refere?... Voce está falando de um cabelo que é considerado ruim, uma pele que é dita como morena... Como o publico reage a esta parte do espetáculo?

Já teve gente até chorando com as perguntas, que parecem tão simples, né? Tem gente que fica com medo de me magoar dizendo que eu sou negra, acham que vou ficar ofendida, mesmo sabendo que é um espetáculo baseado em depoimentos de mulheres NEGRAS. Mas a intenção é essa mesma, colocar em questão o que mais incomoda: me chamar de negra, dizer que meu cabelo é crespo, que a minha pele é negra.É discutir em trânsito o assunto. Isso faz o espectador repensar os seus paradigmas. Muita gente pira porque descobre que sempre foi uma pessoa legal, mas com atitudes racistas. É para desconstruir mesmo. Teve um dia em que o movimento negro estava em peso no meu espetáculo, estava lindo. Daí um cara me chamou de morena, o pessoal começou a falar na hora, eles começaram a discutir. Eu achei ótimo! É isso aí.  Porque o racismo se combate no cotidiano. No dia a dia, as pessoas tem medo de chamar alguém da minha cor de negra, logo também terão no espetáculo. Ao falar disso no espetáculo eu pergunto por que do medo da minha cor. Daí, o espelho que me reflete, reflete também o pensamento da plateia.

Voce mora em um estado que é pólo da teledramaturgia no Brasil. Muito mais que São Paulo. E é almejado por muitos atores brancos/negros fora deste circuito. Qual a real situação do ator negro no Rio de Janeiro? Dá para sonhar com carreira tranqüila, digna e com bons papéis?

Negro na Tv brasileira, com raras exceções, só faz papel de bandido, empregado ou escravo, passa por detrás da pilastra e dá um texto monossilábico, pronto, e mesmo quando a novela é sobre escravidão o personagem principal é branco.  Na TV, nem a nossa história está nas nossas mãos. Para que isso mude, é preciso educar muito quem está lá dentro, pois a classe média alta, que é quem comanda a TV ainda tem uma visão muito estereotipada sobre o negro brasileiro.  Temos também que rever os papéis, nossas famílias são sempre desestruturadas, com homens alcoólatras, mulheres submissas ou sexualizadas e filhos entregues à bandidagem. Chega, né. Agora, ator nenhum, nem preto, nem branco pode sonhar que vai ser tudo fácil, porque isso é pra uma minoria. Para o negro é pior, pois na tv, enquanto lançam um ator branco por semana, um ator negro é lançado somente a cada uma década (quando é), e a gente não tem gente nossa no comando, com direito de voz e com uma visão mais engajada.  Daí, a gente faz como todo grupo de excluídos faz: nós criamos a nossa própria forma de produzir. Só que para isso precisamos de dinheiro, e ele ainda está nas mãos de alguns brancos. A gente já está avançando e outros lados, tem o Lázaro na TV Brasil, por exemplo, mas é em uma TV fechada.

Vemos muito o discurso de que fazer arte no Brasil não é fácil. E realmente não é. Para uma atriz negra então fácil é que não deve ser. Em seu currículo muitos de seus trabalhos são de exaltação e respeito à cultura negra.  Mas sei que o que é oferecido na maioria das vezes é justamente o contrário. E logo este contrário subalterno dá dinheiro. Como é viver nesta dicotomia da arte no Brasil?

Olha, eu tenho uma grande sorte na minha vida, digo sorte porque muitos negros não sabem o que é isso e exatamente porque não sabem, vão morrer se odiando, querendo alisar o cabelo, se achando errados, querendo nascer de novo e voltar branco. Eu tenho o Movimento Negro na minha vida e isso me dá o espelho que serve para eu me ver e me proteger, meu espelho é imagem refletida com a beleza da história do meu povo e o escudo que me protege. Novamente eu digo: o movimento negro me mostra quem eu sou, onde eu estou e com quem eu posso contar e é isso que me alimenta. Não sou filiada a nenhum partido e nem de nenhum movimento com nome e sobrenome, mas faço teatro negro, estou em um fórum de arte negra, estou no movimento cultural negro e sou filha de Oyá. Isso me dá força para aceitar somente papéis que eu considero dignos para uma atriz negra brasileira, porque eu sei que um ator negro em cena representa toda uma população. Agora, não sou mulher maravilha, muitas vezes fico casada e penso que o melhor seria estar alienada a tudo, ganhando o meu vil metal. Mas basta pegar o telefone e ligar para um de meus pares, artistas negros que conheci na militância negra, que tudo volta a “escurecer”. Ainda bem que eu tenho o movimento negro na minha vida, ainda bem que eu tenho meus amigos artistas negros militantes na minha vida, ainda bem que eu fui da Comuns, que eu tenho o Cobrinha, sou filha da minha mãe Dalva e neta da minha avó Aurea, irmã de Daniela, filha de Francisco, tendo como amigas e amigos pessoas que estão ao meu redor celebrando e lutando . 

Em Sete Ventos, uma de suas personagens é advogada que diz que não ficou rica, pois defende casos de racismo, pessoas negras... Como voce vê a relação entre artista e público consumidor de arte negra no Brasil?

Ela ainda não ficou rica porque não vendeu a sua ideologia, está trabalhando defendendo pessoas negras, em sua maioria trabalhadores discriminados e pessoas simples, e essas não vão pagar um milhão. E ela acompanha essas pessoas, orienta sobre o que farão com o dinheiro da indenização. Seu trabalho é de defesa de direitos e educação. A comunidade negra está querendo consumir cultura negra e gosta quando isso acontece, mas, nós artistas negros esbarramos com algo que é o nosso maior empecilho: a falta de dinheiro. Temos grandes artistas negros, mas precisamos de dinheiro para trabalharmos.  É preciso que se pense a arte negra no âmbito das políticas públicas, ou seja, precisamos de editais específicos para as nossas expressões e precisamos ter uma melhor entrada nos editais de cultura e arte já existentes, ter pessoas na comissão julgadora que entendam de arte negra e não nos classifiquem como projeto social ou folclore. Outro problema grave é a falta de mídia. Esse é o item mais caro de um projeto cultural e o que dá mais trabalho para implementar. Não temos ainda uma boa entrada na mídia oficial porque acham que a gente é específico demais ou nos taxam de racistas ao contrário. E ainda tem a falta de vontade, o preconceito. “Ah, é peça de preto reclamando, é peça de orixá”. Brecht também reclama, mas como é branco pode, né. Paixão de Cristo pode, mas candomblé não pode. Por que? Porque o racismo diz que a religião de matriz africana é errada e que o estado, que deveria ser laico, pode e deve difundir ideologias cristãs, pois o pensamento da maioria que cultua as religiões cristãs diz que o certo é o mundo todo ser cristão, que temos que ter um Deus único, que são os único certos. O negro quer se ver em cena sim, mas para que isso aconteça é necessário que o artista negro tenha condições para produzir e difundir o seu trabalho, e com uma verba digna, não com um dinheiro que vai pagar meio cachê para a equipe obrigando todos a terem outras fontes de renda além do ofício de ser artista. Queremos igualdade no direito de expressarmos nossa arte e realizamos nosso trabalho.

Um comentário:

Psi em Potencial disse...

selo pra vc http://psitata.blogspot.com/2012/02/tag.html