O rap/hip hop não tem humor! Pouquíssimas vezes vi um exemplar com espírito mais despretensioso no sons pela cidade ou pelo país. Os ritmos são muito ligados a seriedade, ao protesto. Quando poucas vezes pretende sorrir é para ostentar. Não que isso torne o rap ou o hip hop algo chato de ser ouvido, muito pelo contrário, a seriedade foi quem os fez crescer e tornarem-se o que são hoje! Mas é uma constatação, muitas vezes não há espaço para o humor nesses ritmos. Com a chegada das mulheres o rap ficou mais leve e mais precisamente com as novas gerações o que interessa ao Mcs vai além do protesto, ou o protesto pode ser feito de infinitas formas...
Para o Us³ (banda soteropolitana formada pelos músicos Sr, Ranneo, Mc Kdu, D. M Jay), o hip hop tem sim humor. Bom humor! Um humor tipicamente baiano. Mas que pode muito bem ser compreendido pelos que curtem hip hop pelo país. Max Goggino dirige e muito bem a história do cara fracassado que vê sua vida desmoronando até quando confessa sua sofrencia para os amigos. As imagens vão além de ilustrar a letra despretensiosa do Us³. Elas acrescentam, arredondando o personagem para quem vê o clip e assim diverte o espectador.
Outro ponto, que não deve-se deixar de lado é a produção do clip que é muito bem feita. Já vi muito clip de rap ou hip hop ruim de doer com produção requintada. Com Elefante, o Us³ acerta logo em seu primeiro clip, mostrando identidade, aliada ao humor, sem perder a veia e a batida do som que estão dispostos a fazer.
Leandro Rocha (do espetáculo Negreiros 2) faz o papel do tal Elefante, cidadão que tenta acertar na vida e nada, NADA dá certo no seu caminho. O clip conta com participações de Evana Jeyssan ( que concorre ao Brasken deste ano como Atriz Revelação por As Confrarias) e Marcos Oliveira (diretor de Domingo no Parque).
Confira o clip abaixo:
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