domingo, 27 de dezembro de 2009

UM BAÚ DE DESCOBERTAS...

Fim de ano. Arrumação de gavetas, um monte entulho que você não precisa mais colocado pra fora de casa... Um ano novo começa e não queremos deixar nada desarrumado para quando 2010 chegar... Estou tentando fazer isso também no computador. Arrumação geral. E na minha pasta de música, que tem dentro dela trocentas mais outras pastas com muitos CDs, percebi que por conta de nossa Senhora da Web consegui este ano descobrir muita coisa boa. E que se não fosse por ela estaria ouvindo os badauês da vida, clichês da música ou algo pré fabricado pela malfadada industria do entretenimento. A primeira grande descoberta foi o afro caribenho Medhy Custos que durante todo o ano esteve presente no meu som. Tornou-se trilha sonora obrigatória de todos os dias. Um zouk gostoso de ouvir, com influências do hip hop. Ainda no zouk, descobri no mesmo caminho do Medhy Custos um trio de meninas lindas as Lês Desses, espécie de “Destiny Child afro caribenho francês do zouk” (rsrs). O cd com o nome do grupo contagia e também embalou bastante meus dias em 2009.

Saindo um pouco do caminho dos grupos novos, também velhos interpretes voltaram a tona de forma glamurosa. Donna Summer com seu Crayons e Lionel Ritchie com o álbum Just Go voltaram com muito gás e muito botox também para abater a velhice... Mas no quesito música os CDs estão muitos bons, mas quem ganha na corrida final é Ritchie com romantismo na medida certa. Seguindo a moda, a mistura com hip hop está presente, mas não agride as melodias, nem enjoa quem ouve.

Já essa é para você que tem mais de 25 anos e na adolescência ouviu ininterruptamente rádios como Jovem Pan, Transamérica afins e dançou até não querer mais o fenômeno que durou quase toda década de 90, o “glorioso” Eurodance. Se você acha que perdeu todos os seus exemplares de “As 7 Melhores” em fitas cassetes mofadas que não tem mais lugar neste mundo virtual, está enganado. A Eurodance, com seus exemplares Haddaway, Corona, In Vogue e La Bouche, está mais viva do que nunca na internet. Consegui resgatar tudo o que fez parte da minha adolescência e estou agradecendo desde já que a internet mantém vivo o que a anos atrás poderia estar condenado ao limbo.

Indo um pouco para o caminho do rock, tem o trio inglês Noisettes que fiz postagem toda especial para ele logo mais abaixo. As musicas grudam que nem chiclete pode acreditar.

Deixando o caminho internacional um pouco de lado e vindo parar aqui no Brasil, descobri umas raridades ótimas através da net fruto do nosso país. Primeiro: toda a discografia da cantora Margareth Menezes está disponível para qualquer um baixar a hora que quiser. Desde seu primeiro disco em 1988 até o último gravado na Concha Acústica. A obra de Maga é irregular em alguns momentos, mas a cantora baiana símbolo mestre do samba reggae tem coragem em mesclar MPB e o ritmo afro que a gente só vê aqui. Outra cantora que “descobri” pela net este ano foi Jovelina Pérola Negra. Meu Deus simplesmente maravilhosa!!!!! Suas músicas são de uma simplicidade e um lirismo que assusta. Retrata a vida dos negros brasileiros com uma visão toda particular e faz isso um divertimento inexplicável.

Para finalizar, estou descobrindo neste finalzinho de ano Aretha Franklin... Ah! Antes tarde do que nunca. E estou adorando! Minhas preferidas são Shoop Shoop Song, Rescue Me, Respect, além de Thing que acho já nasceu clássico. Ela tem uma baita voz que me deixa feliz quando ouço. E acho que musica é para isso. Para te fazer sorrir, colocar para cima e Aretha faz isso, lamenta as vezes, mas até nos lamentos é forte como uma tempestade.

Que venha 2010 com mais descobertas negras no mundo da música.

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