Inicio este post com uma pergunta: Quando teremos a oportunidade de assistir a um produto de Tyler Perry nos cinemas brasileiros? Geralmente os filmes norte americanos que chegam aqui no Brasil somente em vídeo é por que não deram certo por lá. Algum gênio das distribuidoras deve achar que se algo deu errado na terra do Tio San aqui também não deve dar boa coisa. Por conta disso, muitos filmes que os iaques vêem nos cinemas, nós temos somente a oportunidade de ver na telinha. Às vezes isso acontece com filmes ruins, às vezes não. E o caso dos filmes de Tyler Perry é justamente o de filmes que chegam aqui (quando chegam!) somente em DVD. Mas ao contrario dos outros produtos os filmes desse desconhecido diretor são um incrível sucesso nos EUA. Então por que seus filmes não chegam aqui nos cinemas brasileiros, ou melhor atingem carreira internacional? Ganha um doce que souber o porquê.
Tyler Perry é um diretor, produtor, dramaturgo, roteirista, ou seja, um homem envolto em setores de comando dentro do cinema. Além de tudo ele é negro. E isso torna-se um diferencial grande a partir do momento em que ele é um diretor negro que fala em seus filmes sobre as relações entre homens e mulheres negros nos EUA. Não da forma como Spike Lee fala, digamos que Perry fala de forma mais amena, com toques de comedia e muita, mas muita emoção no recheio dos seus filmes. A critica nos EUA – e no Brasil também – odeia Perry. Dizem que seus filmes são vazios, ruins, mal construídos e por ai vai. Na verdade, os filmes de Perry não são grande coisa, parecem mais filmes de auto ajuda disfarçados de comédias românticas feitos para a classe média negra norte americana evangélica. Não são trabalhos primorosos, mas sim bons filmes. A musica sobe na hora certa para emocionar, todos os personagens tem algo difícil para superar, uma grande lição é passada no final. E só. Mas ai vem uma outra pergunta: a gente já não vê um monte de filmes com brancos dessa forma e nem reclamamos tanto? Por que com personagens e produção negra, dando ênfase a aspectos próprios da população negra o povo reclama tanto?...
Esse Por que eu Me Casei? segue direitinho as regras dos filmes de Perry contando a história de casais de amigos que uma vez por ano se reúnem para renovar os votos de seu casamento. Só que desta vez, uma jovem solteira entra no bolo criando situações inusitadas para eles com revelações de segredos que jamais deveriam ser contados. E é esse o fiapo de roteiro. E é justamente por conta disso que o filme funciona tão bem. Destaque para a cena em que os segredos são revelados, com a personagem Ângela (Tasha Smith ótima!) “boca solta” dando inicio a baixaria dentro da casa. O resto é aquela comédia romântica simples que vai te fazer sorrir, com gente bonita pra tudo quanto é canto, as mulheres são lindas, os homens são charmosos, todos bem sucedidos, muito bem vestidos, a produção é simples e impecável. Claro o filme tem seus defeitos, não tem profundidade, mas confessemos que não é isso que se procura quando o assunto é comedia romântica.
O melhor em Perry é que os negros se enxergam em suas produções. Mesmo eles seus personagens sendo mega ricos, diferente da maioria da população negra mundial, o espelho desta vez não parece tão distante. Você se vê refletido nos dramas dos personagens. Eles são negros, bem resolvidos, que enfrentam o racismo com a cabeça erguida, que tem suas frustrações, suas vitorias, seus amores. Ou seja são humanos e não marionetes.
Esse Por que eu Me Casei? segue direitinho as regras dos filmes de Perry contando a história de casais de amigos que uma vez por ano se reúnem para renovar os votos de seu casamento. Só que desta vez, uma jovem solteira entra no bolo criando situações inusitadas para eles com revelações de segredos que jamais deveriam ser contados. E é esse o fiapo de roteiro. E é justamente por conta disso que o filme funciona tão bem. Destaque para a cena em que os segredos são revelados, com a personagem Ângela (Tasha Smith ótima!) “boca solta” dando inicio a baixaria dentro da casa. O resto é aquela comédia romântica simples que vai te fazer sorrir, com gente bonita pra tudo quanto é canto, as mulheres são lindas, os homens são charmosos, todos bem sucedidos, muito bem vestidos, a produção é simples e impecável. Claro o filme tem seus defeitos, não tem profundidade, mas confessemos que não é isso que se procura quando o assunto é comedia romântica.
O melhor em Perry é que os negros se enxergam em suas produções. Mesmo eles seus personagens sendo mega ricos, diferente da maioria da população negra mundial, o espelho desta vez não parece tão distante. Você se vê refletido nos dramas dos personagens. Eles são negros, bem resolvidos, que enfrentam o racismo com a cabeça erguida, que tem suas frustrações, suas vitorias, seus amores. Ou seja são humanos e não marionetes.
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