Alguns filmes entram na nossa vida de maneiras bastante curiosas. Esse Família Alcântara (Brasil, 2005) foi descoberto por mim vagando por uma daquelas livrarias enormes que vendem de tudo. Entre boxes de séries norte americanas e dvds de astros da música nacional eis que descubro esta pequena pérola. Capa nada chamativa, uma árvore de Jatobá refletida em um lago, contra capa com apenas pequenas figuras... Nada de muito atrativo... Mas algo me puxava para aquele filme (isso de vez em quando acontece comigo!) e resolvi olhar com mais atenção para aquele filme. Então, chamou-me atenção uma frase na capa do DVD: “O que o negro trouxe quando foi arrancado da África? Nada. A bagagem dele era mente!”
Acabei comprando o filme e o vi recentemente. Não me arrependo. O documentário dos cineastas Daniel e Lílian Sola Santiago é curto (cerca de 56 minutos), tem uma montagem leve e te cativa a cada minuto que passa. Apesar do mérito em certa parte de contar a história da família do titulo ser também dos cineastas o que interessa mesmo são os membros da Família Alcântara.
É impossível não ser cativado pela força dessa família, pela alegria de cada um de seus membros, a cada frase de orgulho de pertencer a um clã que se originou em Angola há mais de 240 anos... O filme tenta, a partir de depoimentos dos familiares reconstruírem a história dos Alcântara, vendo toda sua trajetória desde quando seus ancestrais vieram da sociedade wasili, na África, relata o inicio da família no Brasil em Minas Gerais, escravizada nas lavouras de cana de açúcar e o processo de retomada de sua identidade negra, através da evidencia de sua cultura para o mundo.
E de tão simples o filme é lindo. Mas ao mesmo tempo forte. É bonito ver as gerações mais novas em harmonia com as mais velhas, os mais novos preocupados com o que pode acontecer a família e sua cultura quando os mais velhos morrerem. A força para manter o coral aceso e cantando e também como a família enfrentou e ainda enfrenta o racismo ao longo de 4 gerações.
Família Alcântara é um daqueles filmes feitos para assistir com toda a família. Se você for negro então, coloque todo mundo pra ver imediatamente. Apesar da família não ser a minha, estar em um outro estado e pertencer a um outro contexto, assisti tudo aquilo como se visse a minha família na tela. Como se minha avó estivesse comigo ao colo, contando histórias dos antepassados bem baixinho no meu ouvido e eu devagar adormecendo, a sonhar durante a noite com a mãe África...
Um Filme Obrigatório.
Família Alcântara. Direção: Daniel e Lílian Sola Santiago. Brasil. Documentário. 56 minutos. 2005.
Acabei comprando o filme e o vi recentemente. Não me arrependo. O documentário dos cineastas Daniel e Lílian Sola Santiago é curto (cerca de 56 minutos), tem uma montagem leve e te cativa a cada minuto que passa. Apesar do mérito em certa parte de contar a história da família do titulo ser também dos cineastas o que interessa mesmo são os membros da Família Alcântara.
É impossível não ser cativado pela força dessa família, pela alegria de cada um de seus membros, a cada frase de orgulho de pertencer a um clã que se originou em Angola há mais de 240 anos... O filme tenta, a partir de depoimentos dos familiares reconstruírem a história dos Alcântara, vendo toda sua trajetória desde quando seus ancestrais vieram da sociedade wasili, na África, relata o inicio da família no Brasil em Minas Gerais, escravizada nas lavouras de cana de açúcar e o processo de retomada de sua identidade negra, através da evidencia de sua cultura para o mundo.
E de tão simples o filme é lindo. Mas ao mesmo tempo forte. É bonito ver as gerações mais novas em harmonia com as mais velhas, os mais novos preocupados com o que pode acontecer a família e sua cultura quando os mais velhos morrerem. A força para manter o coral aceso e cantando e também como a família enfrentou e ainda enfrenta o racismo ao longo de 4 gerações.
Família Alcântara é um daqueles filmes feitos para assistir com toda a família. Se você for negro então, coloque todo mundo pra ver imediatamente. Apesar da família não ser a minha, estar em um outro estado e pertencer a um outro contexto, assisti tudo aquilo como se visse a minha família na tela. Como se minha avó estivesse comigo ao colo, contando histórias dos antepassados bem baixinho no meu ouvido e eu devagar adormecendo, a sonhar durante a noite com a mãe África...
Um Filme Obrigatório.
Família Alcântara. Direção: Daniel e Lílian Sola Santiago. Brasil. Documentário. 56 minutos. 2005.