segunda-feira, 22 de abril de 2013

A arte que não transgride e sim aliena!...

Eu não preciso dizer nada, já pensava nisso há tempos, depois escrevo sobre isso... Por enquanto os dados são suficientes para reflexão...





domingo, 21 de abril de 2013

Travestismo branco e negritude!


Ouvi recentemente em uma palestra de um artista branco que faz arte tratando sobre o mundo negro, suas questões, alegrias e desafios, que ele aprendeu com o tempo a se enegrecer. Meu movimento não foi mais prestar atenção no que esse artista estava dizendo, mas de postar meu olhar para a plateia, aqueles que assistiam atentos a tudo que dizia... Eu me enegreci” dizia ele com orgulho, enquanto na plateia alguns se contorciam, outros faziam cara de muxoxo e outros aparentemente concordavam...
Sim. Concordavam. Talvez até não “de forma aparente” e sim aprovando plenamente o termo.  Estamos no Brasil, na Bahia, mais precisamente em Salvador e sabemos muito bem que não é de hoje que existem artistas brancos enegrecidos trabalhando com culturas de matriz africana e ganham (e muito) com isso. Afinal de contas, somos a cidade das misturas, a cidade dominante do status de baianidade (muitas vezes ser baiano é ser soteropolitano e só, não considerando outras formas de ser, como os baianos do interior...), a cidade em que os negros estão em todos os lugares, mas não se dão conta que sua negritude é cultura, é produto de venda e compra, de sustento, de fortuna... Os brancos reparam e se enegrecem com toda essa baianidade nagô.
Um homem branco dizer que se enegrece, falando sobre arte negra, fazendo seu discurso para uma plateia majoritariamente branca é algo cômodo demais e com certeza ele sabe disso!... Falo por experiência que o lugar da arte negra protagonizada por brancos em uma sociedade racista como a soteropolitana é uma faca de dois gumes para arte negra. É uma vantagem, a partir do momento em que numa sociedade racista a arte negra só ganha espaço se for qualificada em alguma instancia pela presença do corpo branco. Este corpo no espaço de comando. Diretor, produtor, distribuidor, autor, fomentador... Numa cidade de tantos Jorge Amados, Caribés, Roger Bastides da vida, ser negro que comanda a arte negra é como levantar um muro de impedimento à sua própria arte.
E ser um negro que se embranquece, pode?...
Um negro embranquecido, nunca assume sua branquidade – como faz o branco enegrecido –  e sim ela é citada como afronta a ele mesmo e a sua cultura. Um negro que se embranquece perdeu seu status de negro, não é negro, é sim vergonha, desleixado, afasta suas raízes, não gosta de si mesmo, negro metido, é “Orla e não favela” em uma expressão própria soteropolitano. O negro embranquecido é o que perdeu, o branco enegrecido é o que soma!
Analisando bem o poder do senso comum, é politicamente correto dizer que se enegreceu. Abre as portas, os editais, os sorriso negros, as portas de alguns terreiros até... Um branco dizer que tem alma negra é até engraçado. Dizer que tem um pé na senzala soa muitas vezes até verdadeiro... Os cantores de axé vivem com esse discurso na boca e são qualificados por isso. O negro de alma branca é a vergonha que não teve coragem o suficiente de se assumir como descendente de africanos e afasta sua verdadeira cultura assumindo para si uma máscara branca.
É notório o lugar do homem branco e de suas opiniões sobre o mundo negro. Ele pode se afastar de sua branquidade e se considerar negro para manter um dialogo mais propício com o mundo negro. Mas o contrário não existe! Claro! É obvio até. O negro, o corpo negro, nunca via ter o poder de travestismo que o corpo branco tem.  O corpo branco pode ser o que ele quiser, na hora que ele bem entender... em uma sociedade em que sua cor não é um problema  se configurar de outras ainda consideradas menores é um gesto de oportunismo que nunca reparam.
O negro tem que se embranquecer sim! Não no sentido em que o próprio branco construiu para o termo “enbranquecimento”, mas se “tornar” branco na partitura de entender a figura do colonizador e seu descendente... Seus conchavos, sua ideologia, sua politica, seu amor, sua cultura. Entender para dominar. Não é controlar, veja bem, é sim dominar. Pois quem controla perde o mínimo de domínio que acha ter em segundos. Dominar a cultura branca e conhece-la até no arquétipo de associação da cultura negra. Por que os brancos que se dizem negros são tão bem vistos, mas o contrario não é? por que ele pode mandar no meu espaço e ser tao bem visto, enquanto se eu estivesse no lugar dele estaria na posição de complexado, radical, chato, ditador...
Entender esses e outros caminhos da branquidade é entender a diferença de quem compra e apenas compra a geladeira popular e quem assina o documento governamental que libera a fabricação de eletrodomésticos populares com preço reduzido para população de baixa renda... Ou seja, o lugar do negro e respectivamente do branco no Brasil, na Bahia, em Salvador...

sábado, 20 de abril de 2013

Tichina Arnold... Para Além de Rochelle...


Existem papéis que fazem uma (um) atriz (ator), por conta da sua forte interpretação, ficarem na cabeça do público durante tempos e tempos... No caso de Tichina Arnold a personagem inesquecível da sua carreira parece mesmo, pelo menos aqui no Brasil, a mãe de Chris em Todo Mundo Odeia Chris, Rochelle. Tichina não é atriz recente, pois trabalha desde 1983 quando estreou com o filme The Brass Ring. Desde lá já fez séries de sucesso e tem uma carreira pequena no cinema, sempre em papéis secundários. Encontrei em uma das minhas pesquisas um filme onde ela finalmente faz o papel principal... Um telefilme - ao que me parece - baseado nos acontecimentos verdadeiros da vida de Lena Baker, a primeira e única mulher a ser condenada à cadeira elétrica no estado da Geórgia, nos EUA.
Não vi o filme, não encontro em lugar algum para comprar, nem para baixar... Mas, pelo visto aqui Tichina mostra seu outro lado como talentosa atriz. Se é drama que a história pede ela parece entregar direitinho a receita. Sabemos todos nós que trailer os estadunidenses sabem fazer muito bem e um trailer bem feito engana e muito o público sobre um filme mal feito, mas fica a esperança de uma ótima produção dentro da filmografia de Tichina que não é tão boa assim... Ela se saiu melhor na TV onde é dona de participações memoráveis em séries que fizeram sucesso na tv norte americana.
Segue abaixo o trailer de A Verdadeira História de Lena Baker


sexta-feira, 19 de abril de 2013

O Melhor e o Pior de... Terry Crews



Ele estreou nos cinemas no filme onde Arnold Schwarzenegger voltava a ativa no começo dos anos 2000. Na ficção cientifica de quinta categoria O Sexto Dia, Terry fazia um pequeno papel... Mas foi como o pai do azarado Chris na série Todo Mundo Odeia Chris que este ex jogador de futebol americano, fez sucesso. O que gosto mais em Terry é que ele usa a figura dele de homem marombado e gigantesco a seu favor, não necessariamente para se impor como machão, mas justamente para fazer humor. E ele tem um time perfeito.





O MELHOR: Jullius em Todo Mundo Odeia Cris

Considerando a cinebiografia desse talentoso ator que escolhe projetos infames para participar a série Todo Mundo... acertou em cheio em contrata-lo como o patriarca da família. Avarento, mau humorado, viciado em trabalho, mas dono de um carisma sem igual, Jullius encanta os fãs da série até hoje. E o ator consegue se firmar perante o roteiro super elaborado e também se saindo bem com sua principal companheira de cena, Thichina Arnold que faz Rochelle sua esposa na série. Ele poderia ficar apagado ao seu lado, mas não, brilha da mesma forma. Sua fúria é certeza de ótimas risadas.

O PIOR: Norbit


A lista de filmes ruins não é pequena, mas acho que Norbit ganha no quesito "por que diabos concordei em participar desta m*rda?!" Eddie Murphy não toma vergonha na cara nunca e ainda consegue ter ideias bizarras e transforma-las em filmes horrendos. Aqui, Terry faz Jack Grandão, um papel que sinceramente deveria descartar de sua carreira. Mas o filme inteiro é de um péssimo gosto...