Essas é um daqueles exemplares que você lê em uma sentada. Não se engane caro leitor, isso não é um propriamente um elogio! Criado pelo cartunista Flávio Luiz Aú, o capoeirista conta a história de um garoto, como o próprio titulo entrega, capoeirista que mora em Salvador, mais precisamente no Pelourinho, tem como fiel companheiro um macaquinho de estimação chamado Licuri e vive mil e uma aventuras junto com sua turma pela cidade de Salvador.
Aú é o típico “pelôboy”, negro, dono de um corpo definido, exibe um sorriso farto, é hospitaleiro com os turistas, chama atenção das gringas que passam por ele, sabe mais de um idioma – fruto da convivência com pessoas de todas as partes do mundo no Pelourinho – é capoeirista (tem algo menos clichê não?) e tem uma mãe quituteira de mão cheia. A Salvador
A historia é super simples. Aú e sua turma são ameaçados por um mafioso tipo gangster italiano (!) chamado Aramando Confusionni (!!) por conta de um casarão em que o bandido está interessado em transformar
Au, apesar da publicação ser de 2008, foi criado em 1992 pelo cartunista Flávio Luiz feito para a exposição Bandes Dessinée – Quadrinhos Franco-belgas, em parceria com a Aliança Francesa,
A revista, com 48 páginas, coloridissima, no formato 21,5 x 29 cm, com capa dura custa a bagatela de R$ 48,00 (!!!). Com certeza acessível a todas as crianças e pré-adolescentes baianos, soteropolitanos, brasileiros etc... Fica a pergunta para que construir um herói popular se o publico que é parecido com ele não irá desfrutá-lo. Parece uma tentativa de divulgar a cultura baiana, o Pelourinho, a cultura negra até, mas para quem acontece esta divulgação?... Por R$ 48,00 fica difícil!... A revista é super bem estruturada, a qualidade é impar, mas faltam uma história com menos chavões e um preço mais acessível para a maioria das pessoas pelo menos. Aú salvou o dia... somente dentro da sua revista e poucos irão ver.
2 comentários:
Adorei ... seu desabafo, devemos realmente trabalhar para levar qualidade e em valores acessíveis a população.R$48,00 realmente não é nada acessível.
É Michele... o preço de uma HQ como essa poderia ser mais barata, talvez até uma edição mais popular... Obrigado por comentar o post.
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