Estreou recentemente, no horário nobre da Rede Globo, o seriado Lei e Orde... digo, o seriado Na Forma da Lei. Dirigido por Wolf Maya, claramente a micro série, com episódios que vão ao ar durante oito terças feiras, pega carona nos seriados de investigação norte americanos. Até a abertura parece saida da cabeça dos membros de produção do CSI. Não que isso seja um pecado horrível, trata-se apenas de um pecado rotineiro, já que não é de hoje que vemos a Globo imitando algo de fora para se dar bem. e mais ainda por conta que ela está perdendo terreno para os gringos imigrantes; CSI, House, Supernatural, Grey's Anatomy, estão roubando a audiencia global fazendo a alegria das emissoras, principalmente da Record.
E para você ver que trata-se de uma imitação (quase) perfeita, o personagem negro presente em todos estes seriados está lá também, o jornalista Ademir. Interpretado pelo ator Samuel de Assis. Mas, olhe bem, este tem mais um significante, Ademir é homossexual. Um personagem negro, gay na Globo? Nossa, não vejo isso desde... hum... Xô vê... pera deixa eu pensar... hum... é... pera, hum... a... hum, lembrei, A Próxima Vítima, nos longíquos 1995. É... Quase que deixo Jefferson, interpretado por Lui Mendes, namorado de Sadrinho, de fora. Se lembra dele?...
E tem mais, é um personagem negro, gay e faz parte do elenco principal. É realmente um achado. Mas não vá comemorando não, que o seriado é feito por uma televisão aberta e ainda por cima é a Globo. Por tanto, não espere um personagem com vida ativa, principalmente por que ele é gay. Desta forma, nada de beijo, nada de cena de sexo, por que os personagens gays da dramaturgia brasileira são quase que heterossexuais.
E ainda mais ele sendo negro!!! Imagine, o protótipo de virilidade brasileiro tendo comportamentos homossexuais?... Até por que o personagem da série não é efeminado. Isso é quase contraditório na televisão do Brasil, personagens homossexuais que não servem de chacota para o público rir.
Mas se não vai ser construído como palhaço, pelo menos o público homofóbico tem uma garantia: o personagem gay negro não vai ser construído completo dignamente. Levando também em conta as recentes declarações de dois autores fixos da emissora, Aguinaldo Silva e Silvio de Abreu, que deixaram claro que beijo gay na Globo nem pensar. Portanto, se estiver querendo algo mais construtivo, assista a série Noah's Arc tratando-se de homossexualidade negra vista de um prima diferente.
O personagem gay da nova série global como em toda sua dramaturgia é um quase hétero, evidenciado que é "gay" por conta de um texto sem diretriz e insinuações de um corpo subalterno que quase não tem protagonismo sobre si mesmo. Seu desenvolimento é fruto de um olhar da audiencia homofóbica. Ele progride até onde ela deixa...A heterossexualidade é igual a branquitude, só consegue enxergar ela mesma.
E tem mais, é um personagem negro, gay e faz parte do elenco principal. É realmente um achado. Mas não vá comemorando não, que o seriado é feito por uma televisão aberta e ainda por cima é a Globo. Por tanto, não espere um personagem com vida ativa, principalmente por que ele é gay. Desta forma, nada de beijo, nada de cena de sexo, por que os personagens gays da dramaturgia brasileira são quase que heterossexuais.
E ainda mais ele sendo negro!!! Imagine, o protótipo de virilidade brasileiro tendo comportamentos homossexuais?... Até por que o personagem da série não é efeminado. Isso é quase contraditório na televisão do Brasil, personagens homossexuais que não servem de chacota para o público rir.
Mas se não vai ser construído como palhaço, pelo menos o público homofóbico tem uma garantia: o personagem gay negro não vai ser construído completo dignamente. Levando também em conta as recentes declarações de dois autores fixos da emissora, Aguinaldo Silva e Silvio de Abreu, que deixaram claro que beijo gay na Globo nem pensar. Portanto, se estiver querendo algo mais construtivo, assista a série Noah's Arc tratando-se de homossexualidade negra vista de um prima diferente.
O personagem gay da nova série global como em toda sua dramaturgia é um quase hétero, evidenciado que é "gay" por conta de um texto sem diretriz e insinuações de um corpo subalterno que quase não tem protagonismo sobre si mesmo. Seu desenvolimento é fruto de um olhar da audiencia homofóbica. Ele progride até onde ela deixa...A heterossexualidade é igual a branquitude, só consegue enxergar ela mesma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário