sexta-feira, 30 de outubro de 2009

This is It.

O rei do pop, mesmo depois de morto, ainda tem um grande poder sobre as pessoas. entrei na sala de exibição para assistir o documentário “This is It” sobre o que seria o ultimo show de Michael Jackson, o homem que revolucionou a industria da musica no mundo inteiro. Sim ele um poder muito forte. Afinal de contas quem arrastaria aos cinemas de todo mundo multidões (e o cinema que fui em particular estava cheio!) somente para ver um documentário, na verdade um grande making off do show, que provavelmente viraria uma faixa bônus ou até mesmo um segundo disco quando o dvd oficial do show fosse lançado? Quem? Acho que só Madonna atinge o mesmo impacto mundial atualmente no mercado da música.

Aliás, o documentário parece e muito com o da rainha do pop Im Going to Tell You a Secret que desnuda a turnê da cantora que virou dvd duplo no Brasil. O começo vamos dizer que é idêntico, mostrando o teste dos dançarinos e seus respectivos depoimentos e neste ponto sobra rasgação de seda para tudo quanto é lado, afinal de contas é dançar na turnê, ultima como diz Michael no meio do filme, do artista mais consagrado de todo o planeta. O inicio serve para dar pressão antes de Michael aparecer e fazer e acontecer no palco em meio aos ensaios do grande show.

A primeira coisa que deve-se notar é que o show iria revolucionar sim, seria o primeiro a usar 3D, Michael voltaria cantando ao vivo (ele tinha 51 anos se lembra? Nem todo mundo consegue fazer isso), as coreografias dos clássicos interpretados por ele viriam misturadas a novos passos, tudo certinho. Mas também... sempre tem um porém não é mesmo?... o show se parece com muitos que vemos por aí. A pergunta que fica no ar é... Michael revolucionou tantas pessoas, tantos artistas, mas será que ele revolucionaria novamente?... Será que ele poderia revolucionar a sis mesmo e a indústria da musica? Ok, deixo essa pergunta no ar, não me atrevo a falar muita coisa, pois o que vemos no show são seus preparativos e segundo o próprio cantor, nem ele está cantando pra valer ali nos ensaios.

O documentário, ou grande filme de bastidores, chame como quiser... é um filme correto apenas, cresce por conta do rei que a cada cena quer se superar, quer dançar de uma forma sempre diferente e que faz a platéia delirar. O show prometia ser uma revolução... Mas o rei do pop, Michael Jackson revoluciona mesmo depois de morto.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

ORI.

Qual a sua perspectiva quando o assunto é negritude no Brasil?... É... a pergunta é essa mesmo, sem embromações, nem muitos desvios. Quando você pensa no futuro do país em relação à negritude o que vem a sua cabeça? Mas antes que você comece com a avalanche de teorias e probabilidades sobre o assunto, sobre o futuro que tal começar olhando para dentro de si para depois enxergar o jardim do vizinho?...

A pergunta veio em mim, logo depois de assistir ao filme ORI semana passada. Dirigido por Raquel Gerber o documentário traça um perfil dos movimentos negros a partir do final da década de setenta. O filme traz depoimentos de ícones do movimento negro no Brasil e imagens reveladoras. Infelizmente como se trata de um documentário ORI não vai ter uma carreira extensa como um filme de ficção qualquer e olha que a copia disponível aqui em Salvador é digital, qualidade boa, presente em um excelente cinema Espaço Unibanco Glauber Rocha, conforto e o cine ainda é barato. Um evento raro.

Ao mesmo tempo em que constrói um panorama sobre alguns movimentos negros brasileiros ORI traz algo extremamente diferente de outros documentários: o não didatismo! Diferente de outros documentários que vemos por ai o filme com narração de Beatriz Nascimento (ativista do movimento negro e historiadora) não tem um tom explicativo durante sua projeção. Não é um documentário qualquer... Trata-se de um registro, na voz de Beatriz Nascimento, sobre negritude, diáspora, sobre a força do negro africano que foi escravizado e teve sua cultura efetivada em território brasileiro através da resistência... Apesar de ORI pecar em vários momentos, edição fraca, trilha sonora mal construída, projeção longa demais, o que sustenta o filme realmente é a voz incansável de Beatriz Nascimento. Não é sobre ela o filme, mas quando surge na tela você tem a certeza que a película é toda ela!...

E com a narração de Beatriz o filme cresce, ao mesmo tempo que surge na tela movimentos negros, debates, conflitos, negritudes das mais distintas, surge também a negritude da própria Beatriz Nascimento que revela-se ao longo do filme mostrando o processo de construção e reconstrução da sua negritude conforme o tempo. Ao final da projeção pude entender que ORI pode ir além e nos convidar para um processo de autoconhecimento. A narradora do filme foi assassinada anos depois, mas deixou sua marca na cinematografia brasileira, além de muitos outros trabalhos para o desenvolvimento da comunidade negra no Brasil. ela fez algo! E algo que valeu a pena. E eu? E você? O que fazemos?

É certo para todos nós que a comunidade negra brasileira precisa de várias coisas e apesar de varias políticas afirmativas funcionando no país a população negra no Brasil ainda precisa de mais. E quando assisti ao filme me veio à cabeça que nos congressos, nos simpósios, seminários etc as pessoas que estão lá querem o que na verdade?... Ascender individualmente? Coletivamente? Fazer a tese de doutorado em universidade de renome e publicá-la? Dizer que o sistema está errado, que ele é racista, que segrega e ficar de braços cruzados esperando que a solução caia do céu? Ou transformar o mundo começando por si mesmo?

Confesso que a coragem de Beatriz Nascimento de oferecer ao publico o seu processo de descoberta, de formulação de uma identidade negra forte, me surpreendeu. Existem momentos em que a película revela a pessoa Beatriz com sues entraves, suas descobertas, suas duvidas e não a heroína/ícone que ouvia tanto falar em congressos, seminários, palestras... Ela mostrou-se gente como eu e não um exemplo como mostram os outros...

Depois de ORI e tudo o que vi durante o filme tenho capacidade de crer não em uma negritude universalista. Mas em identidades negras que não são fixas, que se transformam a todo momento, pois a cultura negra é uma cultura de resistência e as estratégias são sempre diferentes com o tempo que muda a cada minuto. Creio em uma identidade negra formulada de diferentes formas, sem modelos pré estabelecidos do que é ser ou não ser negro, que dê valor a tradição, mas também ao novo. Que saia do gueto e da sua proteção e se expanda por outros territórios. Nem tudo esta acabado. Beatriz afirma uma identidade negra sempre em construção, África, America e novamente Europa e África, Angola, Jagas... Como diz sobre si mesma, trata-se de uma mulher atlântica. E nós também somos!

domingo, 18 de outubro de 2009

DISTRITO 9. Pregando peças...

Às vezes o cinema prega peças na gente... Vamos a uma sala somente para se divertir e saímos chocados, com queixo no chão, espantados com o que acabamos de ver... A primeira vez que isto aconteceu comigo foi quando eu tinha uns doze anos e fui ver Jurassic Park. Sai do cinema sem noção, como um moleque que ganha a primeira bicicleta, ver todos aqueles animais daquele tamanho... Nossa! E a tela no BAHIA era gigante, pelo menos naquela época. Anos depois em 1999 em um multiplex desses da vida sai novamente de queixo caído vendo um tal “escolhido” para derrotar o poder das máquinas em um mundo paralelo. Matrix fez com que eu não falasse de outra cosia durante toda a semana. No ano seguinte, vi minha segunda experiência no mundo construído por Spike Lee, A Hora do Show uma das melhores coisas que já vi na vida, meus olhos arregalavam a todo momento, ficava boquiaberto com o texto, a direção perfeita, os enquadramentos, tudo me fascinava. Em 207 um documentário me deixou perplexo, OLHOS AZUIS tirou meu sono, minhas idéias não conseguiam se controlar, o filme é tão bom que ganhou que tem sua própria postagem aqui no blog.

Este ano, o cinema me apronta uma novamente. Distrito 9 balança minhas idéias e torna-se uma das surpresas mais incríveis e doloridas que já tive. O filme é uma ficção cientifica, muito bem feita, de um diretor estreante, com orçamento reduzidíssimo, passado na África do Sul, com efeitos de primeira, história impecável, atores maravilhosos, texto equilibrado, emoção no lugar certo. E ainda de Peter Jackson... Sou fã dele desde Almas Gêmeas e Os Espíritos (meus filmes preferidos dele!). Ok, só elogios para Distrito 9? Sim! Claro que o filme tem seus defeitos como exagerar as vezes na sacarina, mas conta sua historia de forma explicita sem rodeios... Tá tudo ali na sua cara, se vire para assistir, se puder...

Distrito 9 fala sobre uma nave alienígena que para em uma cidade da áfrica do sul e o governo do país decide averiguar o que existe por lá. Acham então uma imensidão de aliens subnutridos e descobrem que a nave na verdade quebrou e eles não tem como voltar para casa. O que o governo faz? Aloja esses seres em um local bem em baixo da nave e este logo vira, devido a total falta de organização do governo, uma favela aos moldes das brasileiras. A criminalidade cresce no lugar, junto coma prostituição e outras mazelas. Forma-se então um novo apartheid entre humanos e aliens que são tratados pela alcunha de camarões. Com o tempo a população do distrito chega a um tamanho exorbitante e o descontrole entre população humana e alien é geral. Convoca-se então um novo distrito o 10 que abrigará longe da cidade os aliens tão indesejados por todos.

A partir dessa pequena história o filme cresce de tal forma que não tem como você se envolver com o que esta sendo posto na tela. Dirigido por Neill Blomkamp e com elenco desconhecido para aumentar o estilo documental do filme DISTRITO 9 choca pela violência, pelo politicamente incorreto vomitado na tela e por descascar o ser humano em toda sua individualidade, egoísmo, desespero, agressividade, revelando que o quanto nós somos hipócritas. Em alguns momentos do filme, concordei com a critica Isabela Boscov (Revista Veja) quando diz que ficou envergonhada de pertencer à raça mostrada em DISTRITO 9. realmente o filme impacta o espectador com uma historia absurda, mas que usa de uma alegoria para provocar suas idéias e pensar o que realmente acontece entre seres humano de raças, sexualidades e religiões diferentes.

Sai da sala de exibição meio perplexo, meio triste, mas definitivamente fascinado com o espetáculo que acabei de ver. Infelizmente assisti ao filme mas não volto a vê-lo tão cedo. É forte demais, não chorei, mas tive vontade de sair do cinema varias vezes. Não por que fosse ruim em alguns pontos, mas realmente me incomodava com algumas falas e acontecimentos que corriam pela tela. Mas tenha a sua experiência, veja o ótimo DISTRITO 9e prepare-se para ser exposto pelo filme, com certeza você não vai se arrepender.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Entre Helenas, Camas de Gato e apresentadores de jornal...

Responda rápido. Qual a emissora de TV no Brasil nos últimos anos mais é bombardeada quando o assunto é maus tratos a comunidade negra do país? Ganha um doce quem responder certo... Sim é a TV Globo. Isso não é novidade para ninguém. Quando o assunto é telenovelas a Globo é campeã de catástrofes em relação a comunidade negra. Inúmeros trabalhos por todo o Brasil evidenciam isso. Até filme já fizeram colocando a Globo em xeque com os padrões de beleza e talento que ela vem divulgando ano após ano.
Mudando um pouco de assunto, trazendo mais para a área do jornalismo, a Globo ganha também. O chefão do departamento de jornalismo da emissora Ali Kamel é abertamente (o livro NÃO SOMOS RACISTAS prova bem isso) contra as cotas, dando espaço as pérolas ditas por Ivone Maggie e um certo Movimento Negro Socialista. Quando a população negra aparece nos jornais da emissora são em índices do IBGE que evidenciam a total discrepância entre a população branca e a negra no Brasil ou para falar que o preconceito (por que racismo é uma palavra muito pesada para se dizer com a presença de toda família brasileira assistindo o jornal!!!) no país existe e ponto final.
Além disso, outros programas da Globo também são acusados de evidenciar mais a porção branca da população brasileira que as outras que compõem nosso país. Propagandas, seriados, filmes, programas de auditório, educativos, tudo na Globo já foi alvo de criticas e a emissora já virou símbolo de racismo a brasileira no quarto poder. Também, é a emissora mais vista (até hoje!) no país, tem que arcar com as mancadas que comete cada vez que coloca um programa no ar.
Mas ninguém pode dizer que a Globo não está mudando, coitadinha!... Até protagonista da novela das oito negra ela tem... Numa jogada de marketing bruta a emissora resolveu também jogar uma protagonista negra na novela das seis... Além de Heraldo Pereira primeiro comentarista negro da Globo, Zileide Silva apresentadora do jornal Hoje nos dias de Sábado e todos os dias no Bom Dia Brasil, o programa Sagrado, curto, vinculado de manhã cedo, mas está lá mostrando as visões de várias religiões (entre elas as afro brasileiras), com a presença até de Makota Valdina, sobre temas variados da atualidade।
Até apresentador negro em programa infantil agora já tem.Sei que nem todo mundo assiste TV Globinho, mas eles estão lá, tem negro, japonês,
tem pra todo mundo e pra todas as raças... Também marcando presença no politicamente correto, existe protagonista negro no seriado Malhação. Além dos seriados como Ó Pai Ó, Antonia e Cidade dos Homens. Só faltam agora despedirem Xuxa e colocarem no lugar uma menina negra com a pele bem escura, de tranças nagô ainda por cima. Aí eu desmaio de vez...
É... a Globo vem mudando... Aos trancos e barrancos. Da maneira dela, uma forma peculiar que só a globeiros de plantão entendem, mas a comunidade negra que antes era renegada a figuração de favelas e papéis domésticos ou marginais hoje tem o seu lugar na emissora...
Ok, a Globo vem mudando... Mas e as outras emissoras?... Pense em cinco apresentadores, atores, contra regras famosos, na grade de programação da BAND... Não conseguiu? Então vamos ao SBT! Eu a Patroa e as Crianças não vale... Na Record tem um “bom” número de atores negros... E na TV Cultura, conhecida como TV do governo, de onde surgiu a personagem Biba do Castelo Ra Tim Bum, que virou a primeira boneca negra inspirada em uma personagem de um programa de TV no Brasil. Ficou difícil? Pois é, um novo fenômeno precisa ser evidenciado, a Globo mudou por livre e espontânea pressão... E o resto?...
Como a maioria das emissoras de canais abertos de televisão vivem de imitar a Globo não é de se espantar que os padrões de beleza da mesma sejam imitados a exaustão. Além disso, todo mundo sabe que todo mundo sabe quem realmente tem poder nessas emissoras e o que deseja vincular como modelo de belo e inteligência. Mesmo em tempos de crise Global, com a emissora perdendo campo para mutantes evangélicos, programas humorísticos em outros canais e babás eletrônicas com seu cantinho da disciplina, ela ainda é o canal que é referencia de qualidade. Seu passado é motivo de orgulho por parte da população brasileira que deixava de fazer muita coisa para assistir sua programação. Por que não imita-la?...
A Globo não é santa e nunca foi. Mudou de cara para tentar calar a boca das várias entidades do Movimento Negro Brasileiro e também por conta da crise efetivada pelo crescimento da Record e suas novelas, a BAND e seu lado esportivo... Ela não é mais a única em entreter com “qualidade” agora. É mais uma no mercado. Está desesperada e mostra agora um lado mais tolerante com a diversidade. A primeira protagonista negra do horário nobre está lá, no terreno global... Precisamos agora assistir tudo isso entendendo o porque que da mudança acontecer e o que está acontecendo em outras emissoras. Continuamos invisíveis ou tudo mudou realmente?...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

A ONDA.

A Alemanha está em moda em Salvador. Dois filmes estrearam quase que simultaneamente aqui na capital baiana: O GRUPO BAADER MEINHOF e A ONDA. Os dois polêmicos, os dois regados de prêmios por muitos festivais e também filmes de grande sucesso. Os filmes alemãs sempre foram uma pedida de grande divertimento, mas também de surtos de genialidade. E quando se trata de mexer nas feridas do passado, recém cicatrizadas, a Alemanha é ótima neste tipo abordagem através do cinema. Acho que só perde um pouco para os EUA, que ao mesmo tempo que existe um movimento de glorificação do sonho americano, há também um outro para mostrar que o sonho não é tão tranqüilo assim, se é que ele existe na verdade... Com os alemãs dar-se o mesmo fenômeno, cinema revisitando valores, feito para dizer o que ainda está errado, vomitar o pensamento da população, trazer aquilo que parecia morto e enterrado, construindo outros valores.

Com A ONDA, filme esplendido e que você não deve perder de jeito nenhum, o cinema alemão faz o que sabe fazer de melhor. Tocar nas feridas do seu passado e colocar em cheque identidades presentes aparentemente bem construídas. Não é novidade para ninguém que o país se esforça para passar uma imagem de novo, de recuperado quando o assunto é seu passado nazista que abalou o mundo e matou milhares de pessoas. Os esforços por lá chegaram ao ápice na Copa do Mundo, que serviu para que o país mostrasse um lado alegre, amistoso e sem preconceitos de uma nova geração resolvida e sem resquícios das agruras sofridas por gerações mais antigas. Mas com A Onda a Alemanha é revisitada e mostra que sua nova geração é vazia como em qualquer outro país...

O filme conta a história do professor Ross que é designado a ensinar a atmosfera da Alemanha, em 1930, a ascensão e o genocídio nazista para uma turma de adolescentes. No inicio meio reticente, já que não era bem isto que queria ensinar, Ross vai gostando do assunto e ensinando história com técnicas de aprendizado que muito se parecem – propositalmente – com os arquétipos vistos no país no período em que aconteceu a Segunda Guerra. Disso, o professor desenvolve uma experiência pedagógica perigosa reproduzindo slogans do nazismo como o famoso “Poder, Disciplina e Superioridade” dentro da sala. A partir deste ponto, a sala é tomada por um fanatismo que só vai crescendo e tomando proporções arrasadoras. Os estudantes vão se identificando com a doutrina aplicada em sala de aula pelo professor e o que seria apenas uma técnica pedagógica que serviria para ilustrar a inserção da ideologia do nazismo nas pessoas, vira uma bola de neve gigante que desestrutura a vida dos habitantes da cidade onde o professor vive. O filme foi baseado em um incidente real ocorrido em uma escola norte americana em 1967, em Palo Alto, Califórnia. Foi romanceado também e virou filme nos EUA. Mas ambientado na Alemanha ganha outras proporções...

Não vou contar muito sobre o filme por aqui. Posso dizer que como historiador fiquei impressionado com a forma que em que o filme fala sobre ideologia, fanatismo, irmandade, frustração, papeis femininos e masculinos em governos ditatoriais, preconceitos, conceitos muito bem formulados e mais uma infinidade de assuntos. E também como um líder carismático pode influenciar da forma que quiser na população que anda carente de heróis responsáveis e que tenham um ideal para mostrar. A ONDA me lembrou também um outro filme, o documentário OLHOS AZUIS, também já comentado aqui a certo tempo, por desmascarar ideologias que colocam em xeque várias identidades em favor de uma identidade universal.

Como se trata de um filme “estrangeiro” – digo estrangeiro fora do circuito estadunidense, pois brasileiro vê tanto filme norte americano que já acha gente como Will Smith, Richard Gere, Julia Roberts brasileiros com um sotaque diferente – A ONDA está passado pelas salas de arte da cidade... Vi no CINE VIVO no shopping Passeo no Itaigara, espaço pequeno, mas bastante confortável. Assista A ONDA e viaje no infinito que o cinema alemão tem a oferecer.