



O MELHOR: DreamGirls - Em Busca de Um Sonho. Foi o melhor filme que ela fez até hoje, com certeza. Infelizmente o filme não é dela, por conta do elenco que rouba a cena toda vez que aparece, seja por conta do roteiro que possibilita personagens absolutamente mais fortes que o dela, por conta das interpretações (alheias) muito boas ou da história cheia de mal entendidos, ambições, ganância e muito glamour no mundo da música negra. Beyonce agarrou com todas as forças o que poderia ser - e até hoje é - o melhor filme de sua carreira. O filme tornou-se um enorme sucesso e lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Atriz. Ela faz o que pode, mas manda bem no seu recado.
O PIOR: Austin Powers em O Homem do Membro de Ouro ou Carmen - A Hip Hopera. Pense em dois filmes ruins! Eu realmente não tenho cabeça para pensar qual dos dois é o pior. O primeiro, traz a esposa de Jay Z fazendo piada do seu "comediavel" cabelo black power, na participação mais insuportável que já vi na vida. O segundo, produzido pela MTV, é ruim todo, cada detalhe, cada peça do figurino, cada canção, cada plano, cada atuação é de péssima qualidade. Beyonce faz Carmen Brown (sim, o "Brown" é por que ela é negra! Oh!!!!!) aspirante a atriz que se apaixona pelo policial designado a coloca-la na cadeia. Bizarro!



Imagem da semana! Não. A TV aberta no Brasil nunca vai tomar juízo. Tenta até ser politicamente “hipócrita” correta, mas ajuizada ela nunca vai ser... A imagem da semana vai para o seriado Separação, com Deborah Bloch e Wladimir Brichta. No começo era nada mais que mais um seriado sem graça da Globo, mas de uns tempos pra cá o seriado tem “despirocado” e chega algumas vezes a ser bonzinho. As piadas estão a cada episodio ficando mais sujas, mas as desta semana foram podres, por conta de um detalhe: o cabelo transformado da atriz Deborah, que fez um tratamento que não deu certo no mesmo e ele acabou ficando assim, Black!
Não é novidade para ninguém que a “comédia em pé”, febre há muitos anos nos EUA, tornou-se o mais novo produto estadunidense importado em terras tupiniquins. Este estilo de comédia ultrapassou faz tempos seus barzinhos temáticos, teatros e invadiu de vez a televisão brasileira. Todo canal que se preze tem hoje o seu grupinho que faz humor com os dois pés fincados neste estilo. Também não é novidade que este caminho de fazer o espectador rir às vezes funciona e muitas vezes não. Parece que por tratar-se de um estilo simples de fazer rir o sujeito que se arrisca por esta estrada tem que sem muito bom, objetivo, inteirado com o que esta acontecendo no mundo e rápido. E todo mundo sabe que nem todo mundo no mundinho dos humoristas brasileiros é engraçado de verdade. Por tanto, essa tal comedia em pé não é mesmo para qualquer aventureiro.
Mas e no seu país de origem? Quem é engraçado por lá? Quem virou referencia? Quem domina esta técnica como ninguém? Dentre muitos nomes um que com certeza está no hall dos mais famosos é o do comediante Chris Rock. Com certeza você conhece Chris de filmes como A Enfermeira Betty, Maquina Mortífera 4, Em Má Companhia, Dogma e também como criado e produtor da genial série Todos Odeiam Chris – baseada na sua infância. Mas um outro lado de Chirs pode ser visto em Kill The Mensseger filme produzido pela HBO, trata-se na verdade de um registro daquilo que o ator sabe fazer de melhor: fazer rir através da provocação com muita, mas muita informação e inteligência.
O filme é um show do comediante em três lugares diferentes, na África do Sul na Cidade do Carnaval do Casino, em Nova York no Apollo Theater e no Carling Apollo Hammersmith, em Londres. Aliás, lugares TOTALMENTE diferentes um dos outros, com platéia lotada em todos eles, mas compostos por pessoas que pensam de formas completamente opostas, até por conta do território que estão.
Chris (olha minha intimidade!!!) em seu show fala sobre tudo quanto é tipo de assunto. Rap, relacionamentos, racismo, sexo, política, diferenças econômicas, paternidade além de outros. E fala magistralmente e com um lugar de fala muito bem demarcado. Chris é negro, veio das periferias, ralou muito para estar hoje entre os melhores do mundo e soube aproveitar isso de forma majestosa. Ele sabe que o humor na verdade é uma arma, daquelas que disparam milhares de tiros por minuto.
Sim, o filme é só isso. Um show, com pouco mais de 1h 20min, com imagens extraídas desses três lugares em que o ator passou. É só isso e é isto tudo ao mesmo tempo. Não vou ficar aqui estragando a surpresa e entregando as piadas maravilhosas que compõem o filme, mas teve momentos em que parei para rir muito da mesma piada várias vezes. Aproveitei o filme a cada minuto, primeiro por se tratar de humor de primeiríssima categoria, segundo por ser um ator negro falando sobre racismo de uma forma realmente engraçada e terceiro pela inteligência de Chris a cada momento sendo evidenciada no seu show. Claro, teve partes em que achei o ator exagerado, principalmente por conta do numero de palavrões que usa, mas até a maioria deles são colocados na hora certa. Este filme é uma das poucas comédias que ao assistir novamente você irá rir de novo e de novo das mesmas piadas. Ótima pedida.
Segue abaixo link de um blog para baixar o filme:
http://filmesblack.blogspot.com/2009/04/chris-rock-kill-messenger-comedia.htm
Pesquisando sobre teatro negro pela net me deparei com algo no minimio inusitado. Uma versão teatral da obra "impar" Casa Grande & Senzala do antropólogo Gilberto Freyre. Quando eu penso que já vi de tudo neste mundo aparece algo sempre mais surpreendente, pitoresco, enfim louco de pedra... O livro virou espetáculo teatral em duas versões, uma em 1964 encenado em Recife e a outra em 1980, montagem realizaada pelo Teatro da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
O Película Negra comemora mais uma vez. em menos de dois meses, mais de 5.000 visitas. Nossa! Para um blog com um assunto voltando a um público tão específico (gente que se interesse por cultura pop aliada a negritude) a quantidade de gente é grande. Sim, é claro que fico anos luz dos blogs de fofoca com 5.000 visitas diárias ou até mais, mas como sei que vida dos outros é cultura, mas não é sobre este tipo de cultura que pretendo escrever, fico aqui no meu lugar colhendo os pequenos frutos deste modesto blog. Obrigado a todos que veem sempre, ou aqueles que cairam aqui sem querer, ou os que cairam sem querer mas comparecem muito, os que comentam, os que não comentam, aqueles que passaram odiaram o que viram e nunca mais voltaram, aos que divulgam junto aos amigos etc etc. Obrigado mesmo pessoal que comparece! Sei que estou em falta, queria ter tempo para escrever tudo o que ando vendo, assitindo, lendo, sabendo... Mas sempre encontro um tempinho. Obrigado novamente e grandes abraços a todos.