O PIOR: Um Vampiro no Brooklin Esse pode ser considerado uma das piores comédias de todos os tempos. Ou o pior filme de terror de todos os tempos. Depois do fracasso de Um Tira da Pesada 3 em 94 o ator entrega ao público o que pode ser considerado o seu pior filme até hoje - e olhe que ele tem outros que concorrem duro a este posto. O filme não se decide entre terror, terrir ou comédia. E Eddie está péssimo neste filme, aliás o filme inteiro é ruim. A direção ainda por cima é de Wes Craven (A Hora do Pesadelo, Série Pânico, Vôo Noturno) que não sabe se faz o que faz de melhor - terror - ou o que não nasceu para fazer - comédia.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
O Melhor e e o Pior de... Eddie Murphy.
O PIOR: Um Vampiro no Brooklin Esse pode ser considerado uma das piores comédias de todos os tempos. Ou o pior filme de terror de todos os tempos. Depois do fracasso de Um Tira da Pesada 3 em 94 o ator entrega ao público o que pode ser considerado o seu pior filme até hoje - e olhe que ele tem outros que concorrem duro a este posto. O filme não se decide entre terror, terrir ou comédia. E Eddie está péssimo neste filme, aliás o filme inteiro é ruim. A direção ainda por cima é de Wes Craven (A Hora do Pesadelo, Série Pânico, Vôo Noturno) que não sabe se faz o que faz de melhor - terror - ou o que não nasceu para fazer - comédia.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Aperte o Play!!!!!!... Sheron Menezes: Dança dos Famosos.
domingo, 25 de julho de 2010
Sete Ventos
Para que serve um espetáculo teatral? Um espetáculo serve para divertir a platéia, informar, provocar, instigar, desmistificar, abalar, fazer sorrir, emocionar, incomodar, quebrar modelos, surpreender, embasar, armar o espectador, um espetáculo serve para um monte de coisas e é esse monte de coisas que Sete Ventos , espetáculo em cartaz em Salvador somente neste fim de semana, inspirado no mito de Iansã, vai fazer você sentir. Perfeito em sua execução, com texto versátil e mirabolante, o espetáculo explode para todos os lados provocando, informando e divertindo como um bom espetáculo teatral compromissado deve fazer.
Por que compromissado? Por conta que Sete Ventos, na verdade um monólogo, feito pela atriz (antiga Cia dos Comuns) Débora Almeida, é fruto de muitas pesquisas por parte da atriz, que ao construir o espetáculo se revezou entre o oficio de atuar, dirigir e escrever. Sete Ventos é o resultado de um trabalho de muito tempo de pesquisas, sobre o mito de Iansã, sobre identidade negra, identidade de mulher negra, sobre a transformação do mito no século XXI, depoimentos de mulheres negras, dentre outras. Desse caldeirão de pesquisas nasce, em meio a improvisações e estudos, o espetáculo que fala sobre Barbara e sua trajetória de vida. Simples assim. Só que como toda pessoa, como toda mulher, como toda mulher negra, sua identidade transita entre varias outras vidas também. Como deixa muito claro em vários pontos da peça, Barbara, não é somente dela, ela é mãe, é filha, é irmã, é neta, é filha de santo e um monte dentro dela mesma.
E nesta mostragem de identidades é importante destacar o texto, que costura como poucos, tantos personagens vivenciados pela excelente atriz. E o melhor, você se identifica com todas as personagens, por que o texto transcende. É um monologo, feito por uma mulher negra, para mulheres negras, mas não tem como os homens (acho que só os mais insensíveis) não se identificarem, não verem uma mãe, uma filha, uma irmã sua ali, vivenciada no palco. Além que o texto tem momentos de pura magia, lirismo e de puro humor escrachado. Tem piadas que bolem com antigas identidades negras, novas identidades. Pena que não dá para contar aqui algumas pois faz o riso perder a graça.
E como transitar sem medo por tantos gêneros em um só monologo? Com talento! E isso Débora Almeida tem de sobra. A atriz diz coisas olhando pra você, olhando para o espectador, buscando o interesse dele, não deixando pensar no mundo lá fora. Ela quer você junto dela, compartilhando de tudo aquilo que ela fala. É uma das melhores atuações que já vi na vida, parece uma prima sua querida que você não vê a um tempão e ela começa a te contar historias da vida dela a você contadas somente para aquela conversa.
A peça tem pontos negativos? Hum... Tem. Não gostei da luz. Parece que o iluminador do dia não estava inspirado ou não estava familiarizado com a parafernália do Cabaré dos Novos por que a luz não estava casando com os movimentos de Débora no espetáculo. E olha que o desenho de luz é perfeito. Mas muitas vezes vi, ou não vi, Débora no escuro. Dentro do marco de luz, mas opaca. E isso necessariamente não é culpa do iluminador. Alguns atores insistem em ser membros da “Escola do Escuro”, mantendo-se fora de foco achando que o público vê eles perfeitamente. Um recadinho de quem estava na platéia: Não vê não viu?! Recentemente fui a um espetáculo no Gamboa, também um monólogo, que o ator ficava tão na beira do palco e fora da luz que sua cabeça era completamente decepada pelo escuro. Fica a pergunta: Manter-se no escuro – e dar o texto todo nele – é uma nova técnica teatral que a platéia ainda não se familiarizou nem alcançou? Ainda bem que estes dois exemplos são de fora da cidade...
Do mais, Sete Ventos é ótimo. Prepare-se para ver um monólogo cheio de qualidades, com texto afinado e feito por uma atriz emocionada em apresentar
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Aperte o PLAY!!!!!!... Janelle Monáe - Tightrope ft. Big Boi.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Aperte o PLAY!!!... Brenda Fassie - Sing for Mandela.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Um comentário, sobre outro, que gera outro...
O Melhor e o Pior de... Lázaro Ramos.
sábado, 17 de julho de 2010
O Teatro Afro Centrado...
Não é novidade dizer que o teatro baiano está às moscas. As grandes produções presentes na década de 90, nos anos 2000 completamente foram desaparecendo até que hoje não existem mais grandes bons exemplos de espetáculos teatrais no estado. É uma pena, pois durante a década de 90, muita coisa boa surgiu nos palcos, principalmente
O negócio era tão bom a ponto de ver colega meu preferindo ver espetáculo da terra ao assistir peça com ator global que aportava no Teatro Castro Alves a preços exorbitantes. Lembro muito bem de ter presenciado espetáculos como Abismo de Rosas (uma das melhores coisas que vi até hoje), Lábios Que Beijei, Nada Será Como Antes, Quartett, A Ver Estrelas, Chá de Cogumelos, O Alienista, A Megera Domada de Teresa Costalima... Sim, também tinha coisas horrendas, até hoje não esqueço a experiência medonha que foi ver o “espetáculo” Anjos no Espelho no espaço Xis. Mas a maioria das produções eram ótimas, a platéia, lembro, ficava animada antes de o espetáculo começar, mesmo que você fosse ver um texto dramático em cena.
Hoje é tudo muito diferente. O teatro soteropolitano caiu e muito. Onde estão as idéias mirabolantes, os espetáculos que tiravam meu sono, que me faziam sorrir durante muito tempo, que eu retornava pra ver de tão bons? Sumiu tudo! Diretores, atores, escritores bons desapareceram ou entraram
Mas em meio a toda esta falta de imaginação teatral o que vem motivando a cena soteropolitana, e por que não dizer a baiana, dando um gás novo, diferente, são os espetáculos com temas e técnicas advinda da cultura afro brasileira e africana. Não são muitos, a crise teatral que atinge o “teatro branco” também aporta no teatro negro, mas o que chega as casas de espetáculo com os dois pés na negritude são de ótima qualidade.
Primeiro cito o mais famoso e o mais duradouro dos grupos, o Bando de Teatro Olodum que voltou aos palcos com sua mais nova versão de Cabaré da Raça, espetáculo de maior sucesso do bando. O bando está se preparando para lançar Bença, espetáculo sobre o respeito aos mais velhos, que promete balançar a cena baiana. O grupo também revolucionou o jeito de fazer teatro infantil com Áfricas, coisa linda de se ver. Há tempos não saia do teatro tão empolgado quanto da vez que fui ver Áfricas. O CAN – Coletivo Abdias do Nascimento, também é destaque, com suas montagens que mesclam provocação e informação na medida certa. Destaco duas; A Casa dos Espectros e O Dia 14, uma sobre a loucura que o racismo pode provocar na mente de uma mulher negra e a outra sobre o que aconteceu com os negros após o dia 13 de maio de 1888. Outro destaque vem da Cia de Teatro Nata, vinda do interior da Bahia, mais precisamente da cidade de Alagoinhas, que baseados na pesquisa cênica de “Ativação do movimento ancestral”, construiu com seus 10 anos de vida nas costas, o espetáculo Shire Obá – A Festa do Rei. Para a Cia com certeza foi um diferencial enorme, já que o espetáculo além de fazer sucesso, concorreu ao premio Braskem de Teatro, inclusive de melhor revelação para a diretora Fernanda Julia e ousou também ao sair do espaço cênico tradicional e foi apresentado em terreiros de candomblé em alguns lugares. Também tem a Cia Arte
Mas é claro que este viés tem seus bons e maus exemplos. Lembro até hoje de Mestre Haroldo e os Meninos, do sul africano Athol Fugard, espetáculo que foca no racismo de forma muito, mas muito estranha! Fugard é conhecido como dramaturgo sul africano mais famoso em todo mundo, mas este exemplo de sua dramaturgia condiz exatamente do lugar de onde vem... Mestre Haroldo parece aquelas peças feitas por liberais frustrados que tentam falar sobre racismo tentando afastar a responsabilidade branca sobre o mesmo. A montagem de Mestre Haroldo me fez ficar incomodado, não um incomodo provocativo, mas estava ali como espectador presenciando algo ruim.
Apesar de não enxergar criatividade em setores teatrais tradicionais, o teatro que me representa como sujeito/espectador negro vem me deixando alegre e com esperança de ver bom teatro na cidade de Salvador. É claro que existem outros grupos, outras montagens, pois citei somente uma pequena porcentagem de tudo. Principalmente que tem muita coisa formulada na periferia da cidade e que não chega aos palcos. Muita coisa boa em bairros como Liberdade, Paripe, Sussuarana, Plataforma, São Caetano, Pirajá, Itinga, bem diferente do que vemos no centro, sem toda aquela pirotecnia, mas querendo passar sua mensagem de forma única.
Vida longa ao teatro, as boas idéias e aos bons e contundentes espetáculos.sexta-feira, 16 de julho de 2010
Aperte o Play!... Os Crespos em Body White!
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Os 10 melhores diretores negros em atividade...
Spike Lee. Uma escolha óbvia. É o que mais dirige, o que mais incomoda, o mais famoso entre os diretores negros, o que tem uma filmografia quase perfeita. Spike é amado e odiado por ser ótimo. Inflado até não querer mais, ele expõe das formas mais diversas possíveis como o racismo atinge a população negra, mas também a branca nos EUA e por que não no resto do mundo. Já fez de um tudo, filme histórico, comédia, policial, filme de assalto, filme de guerra, documentário, épico, já concorreu ao Oscar, comprou briga com Clint Esterwood, revelou talentos hoje super reconhecidos como Queen Latifah, Helly Berry, Eddie Murphy, Martin Laurence, Wesley Snipes, Jonh Turturo, é amigo do cineasta Martin Scorsese, é hiper criativo, já dirigiu dois clipes de Michael Jackson. Ou seja, é nada mais nada menos que O cara!
Rita Batista no Boa Tarde Bahia.
Se você é soteropolitano e anda de saco cheio de almoçar na “Cia do medo” com os programas de jornalismo policial, onde reportagens (!) loucas sobre traficantes presos e ridicularizados, mortes horrendas que acontecem pela cidade, divulgação da miséria alheia, pipocam na tela da TV vinculadas geralmente por apresentadores pseudo jornalistas que gritam (dicção vocal, pra quem né?!!!) para chamar a atenção do espectador, mude de canal e corra para assistir ao programa da apresentadora Rita Batista, Boa Tarde Bahia.
Rita pediu demissão recentemente da TV Aratu, por divergências artísticas, e acabou chegando aos braços da TV Bandeirantes. Quem saiu perdendo? A Aratu, afiliada do SBT aqui na Bahia que deixou escapar uma das grandiosas promessas da televisão baiana
O por quê? Primeiro que Rita tem uma forma peculiar de apresentar seu programa, faz o convidado se sentir em casa e conseqüentemente o espectador no conforto do seu lar também se sente prazeroso em assistir ao programa. Segundo, ela é uma apresentadora negra comandando um programa de variedades... Quantas vezes você, caro leitor, teve a oportunidade de ver isso?... Hum é melhor nem pensar, ok? Mas ela não é o diferencial por ser negra apenas, já que não vou ficar gastando meu tempo somente por que tal pessoa negra esta em posto de qualidade, mas por que Rita é uma apresentadora excelente. Ela é rápida, é dinâmica, inteligente, divertida, sabe sair das situações constrangedoras que um programa ao vivo oferece de forma única, instiga o espectador, instiga os convidados, é simples, ri daquilo que a gente ri também, ou seja, nos deixa a vontade, sem cerimônias para assistir ao seu programa que a cada dia vem crescendo e conseguindo maior audiência na TV baiana.
Além que é linda de morrer e usa um black power maravilhoso! Confesso que estou ansioso para ver seu rosto estampado para todo Brasil ver na transmissão da Band do carnaval da Bahia em que com certeza ela vai ser escalada. Vai ser um sucesso, por que seu trabalho já esta sendo reconhecido pela classe artística de Salvador não é de hoje.
Rita Batista é sinônimo de ótimo entretenimento e para você que achava que desligar a TV na hora do almoço seria a única solução para escapar da loucura dos apresentadores nervosos “virados na 220!” e seus programas policiais que de bom não oferecem nada aos seus telespectadores, fique aliviado. Rita chegou para animar e salvar as suas tardes. Sente no sofá e assista ao Boa Tarde Bahia aliviado!!!!!!
domingo, 11 de julho de 2010
O Melhor e o Pior de... Sophie Okonedo.
O PIOR: Aeon Flux. Estragaram um dos melhores desenhos adultos de todos os tempos. Produto da era MTV anos 90, quando o canal realmente produzia coisas boas e diferentes, Aeon foi transformada em uma heroina mixuruca! Shophie está lá marcando sua presença acompanhando a personagem principal, neste filme de cenários grandiosos e ação insuportável. Tenho que dizer que fiquei em dúvida entre este Aeon Flux e Ace Ventura - Um Maluco na África no qual ela protagoniza um beijo com Jim Carey, concorreram até a Melhor Beijo no MTV Movie Awards, mas isso não quer dizer muita coisa...
sábado, 10 de julho de 2010
NOVIDADES
Erykah Badu e Lauryn Hill no Brasil.
É escolher seu show preferido, reservar graninha boa para os eventos e se jogar nas músicas das divas negras norte americanas. Tem muito mais gente prometendo ir ao Brasil, tudo isso aconteceu anos atrás quando Michael Jackson também desejou fazer um "showzinho" aqui, mas infelizmente não deu... Não veio o rei, chegam os príncipes...
terça-feira, 6 de julho de 2010
Aperte o Play!... Chris Rock fala sobre o rap...
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Cabaré da Raça nova temporada...
Para você que está na cidade ou é da cidade e ainda não viu, ou já viu e quer ver novamente, já que desta vez cenario e figurino mudaram de novo (!!!) fica aí a pedida de uma das peças mais provocativas do teatro baiano.
domingo, 4 de julho de 2010
Preto Contra Branco
Preto Contra Branco é um filme impactante. Um grupo de moradores se reúne para fazer uma partida de futebol, um time é formado pelos homens da favela de Heliópolis (maior favela da America Latina) e o outro com os do bairro da zona sul São João Climaco. Essa partida de futebol é clássica na região, desde 1972 os moradores se mobilizam e a rivalidade dos dois times já virou tradição. E como fazer parte de cada time? Se auto declarando negro ou branco. Cada jogador escolhe a sua cor e faz parte do seu respectivo time. Dar-se então um time formado por brancos e outro por negros. E é a partir de uma partida de futebol, da paixão que atinge todo brasileiro por este esporte, que o racismo brasileiro – geralmente velado, sorrateiro – aparece da melhor forma possível, sem medo e na sua cara!
E nada disso é ficção. O documentário dirigido por Wagner Moralis mostra o que está por trás de uma simples partida de futebol. A equipe passou uma semana com os moradores das duas regiões antes do jogo acontecer. A partida na verdade é feita para atenuar as tensões raciais que existem, para provar que todo mundo é irmão independente da cor, que não existe essa coisa de preto ou de branco etc. Os dirigentes de cada time a todo momento ressaltam que as piadas, insultos, provocações não tem nada de racista, mas o ritual que antecede o jogo e sua partida acaba por revelar uma faceta “bomba relógio” do brasileiro, um racismo institucionalizado prestes a explodir.
Apesar do tema, a partida de futebol é quase desconhecida, mesmo já acontecendo a mais de 30 anos. Assistindo ao filme vemos muito mais do que um simples jogo. O espectador presencia jogadores/moradores brancos se diferenciando pela cultura dita superior, pelo seu cabelo “bom”, pelo uniforme, por estarem em situação econômica muito mais favoráveis que os jogadores pretos, na partida provocam os negros com adjetivos como macaco, pobre, favelados. Já os negros não se fazem de rogados e chamam os brancos de Parmalat, mauricinhos e colocam que quando vencem as partidas vencem na raça, jogando limpo, mesmo com todas as dificuldades.
Como espectador não da para comprar a idéia dos responsáveis pelo time que afirmam que a partida é feita entre amigos, que não há racismo ali e que é todo mundo irmão ouvindo grito de guerra como “Eu sou branco, tenho dinheiro e os negão passa fome o ano inteiro”. É curioso também presenciar falas de moradores negros que afirmam que se ouvissem, o que eles ouvem no campo, no dia a dia de um homem branco qualquer, não gostariam e partiriam para ignorância. Mas dentro do espaço da partida é tudo irmão, é tudo brother, mesmo o grande brother te chamando de macaco.
Preto Contra Branco também discute a disputa territorial e o que é mais e menos importante dentro da vida de uma comunidade cheio de carências. É um ótimo filme, curto, 55 minutos, muito bem filmado e também muito bem intencionado... É ver e discutir.
Segue abaixo o trailer do filme:
sábado, 3 de julho de 2010
O Melhor e o Pior de... Thadie Newton
O PIOR: Missão Impossivel 2. O que dizer de um filme em que as cenas de ação estavam prontas antes do roteiro?... Thadie foi o interesse romântico de Tom Cruise em um dos piores filmes de ação da história. O filme já é péssimo, com John Woo tentando fazer o que pode com um roteiro burro e o ego de Cruise inchando a tela a cada minuto. Thadie, que aparece em uma cena belissima filmada em câmera lenta, desaparece em torno da trama sem graça e do exagero da produção. E mocinhas em filmes de espionagem servem para que o mocinho a salve do perigo, mas o desejo do público em Missão Impossivel 2 é que tudo aquilo termine logo para o bem da humanidade. Acho que nem a própria Thadie fez questão de esquecer que fez parte desse projeto.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Psicologia Social do Racismo – Estudos Sobre Branquitude e Branqueamento no Brasil
Um livro que reúne artigos falando sobre qualquer tipo de assunto tem sempre seus bons e maus exemplos, não é verdade? Geralmente composto por diferentes nomes que escrevem em torno de determinado tema, essas coletâneas (tão necessárias nas universidades) sempre são compostas de altos e baixos. Tem sempre um artigo que beira a perfeição – quando não atinge totalmente – e aquele que é a vergonha do exemplar, mal escrito, mal estruturado, mas como o autor geralmente é Dr. disso. PhD naquilo está ali marcando sua presença, mesmo que o artigo do cara que acabou de se graduar seja infinitamente melhor que o dele...
Essa regra, de que toda coletânea tem seus bons e maus artigos, encontra sua exceção com Psicologia Social do Racismo – Estudos Sobre Branquitude e Branqueamento no Brasil. Trata-se de uma reunião de nove artigos falando sobre branqueamento/branquitude no nosso país e nenhum (eu disse nenhum!) deles é ruim, ou mal escrito ou desinteressante. O livro na verdade tornou-se um clássico, pela sua importância, por ser um excelente trabalho e também por ser um dos poucos estudos sobre branquitude no Brasil que deixaram o “circuito acadêmico” e foram parar nas prateleiras das livrarias. E das livrarias o livro se esgotou rapidinho.
O livro expõe uma fatia da população brasileira que geralmente não é problematizada quando o assunto é racismo, os brancos. Geralmente não são problematizados, pois se omitem da questão enfatizando que toda a responsabilidade sobre o racismo que cai sobre o negro é culpa muitas vezes dele mesmo ou que racismo é coisa de branco preconceituoso e já que aqui no Brasil não existe branco, por que aqui todo mundo é misturado, não existe racismo. A discriminação racial acabou tornando-se um “problema ou questão do negro” e o branco – que também é atingido pela sua invenção – fica imune, vendo tudo de camarote, de braços cruzados. O livro problematiza aquele que nunca foi evidenciado; homens e mulheres brancos, liberais ou não que tem sim sua parcela para o crescimento do racismo.
Não é de hoje que branquitude é discutida. Autores africanos como Steve Biko (Escrevo o Que e Eu Quero) e Frantz Fanon (Os Condenados da Terra) já faziam isso há tempos atrás e com maestria. Mas como a questão brasileira se deu e se dá de forma diferente das demais partes do mundo, teóricos começaram a expor as singularidades da branquitude segundo nosso território.
O livro muitas vezes choca pelas feridas expostas que geralmente são silenciadas em torno do debate. Como por exemplo, a doutora
Todo o estudo é argumentado através de teóricos da psicologia (brasileiros ou não), pesquisadores brancos que estudam branquitude pelo mundo afora e também mesclando com conhecimentos de áreas múltiplas como antropologia, sociologia, historia, jornalismo etc. Psicologia Social do Racismo – Estudos Sobre Branquitude e Branqueamento no Brasil é um ótimo livro de gente corajosa que resolveu falar do outro lado. Junto com Aqui Ninguém É Branco, de Liv Sovic, O Espetáculo das Raças de Lilia Moritz Shwarcz e Branquidade – Identidade branca e Multiculturalismo de Vron Ware compõem o quadro das grandes obras que falam sobre a historia da branquitude brasileira. Leitura de impacto com certeza.