domingo, 31 de outubro de 2010
APERTE O PLAY!!!... Racismo.
APERTE O PLAY!!!!!... Teste do Racismo em Crianças
sábado, 30 de outubro de 2010
O MELHOR E O PIOR DE... Laurence Fishburne
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
E MINHAS REFERENCIAS BRANCAS... ONDE FICAM?...
Em um mundo obviamente eurocentrado, repleto de pessoas brancas lançando seus produtos culturais a todo momento, não é de se estranhar que a cultura branca, de origem européia, estadunidense e até de outros lugares – até porque não existe somente brancos nestes dois lugares – não encontre grandes obstáculos para ser divulgada em tudo quanto é tipo de lugar. Sabemos que a cultura dita universal tem cor, sexualidade, religião, classe muito bem definidas e o que vai de encontro a este ponto é tido como diferente, o micro, e não atinge a todos integralmente.
É curioso perceber que geralmente os personagens brancos não são descritos como brancos. Evidente. Lembro até hoje da experiência de ler Jurassic Park e perceber que o único personagem que era descrito sua cor era um negro. O autor queria deixar “certo” que os outros personagens, menos aquele, eram brancos. Mas era curioso perceber que o autor não descrevia seus outros personagens, parecia que o corpo negro, por ser diferente aquele contexto (o personagem mexia em computadores, controlava todo o sistema de segurança do parque) seria evidenciado da forma certa.
Ou seja, a cultura branca se traduz da forma que mais achar correta e também traduz o Outro da forma como bem quer e entende. E é neste ponto que também não é de se estranhar que haja atualmente uma corrida dos povos “não brancos” (odeio este termo, mas este cai bem neste momento) em busca de si mesmos. É indígena atrás da cultura indígena antes negada, é negro evidenciando que tem orgulho da cor da sua pele e também de suas raízes, dentre outros povos.
E assim, tome-lhe Alice Walker, Alex Hatz, Cidinha da Silva, Spike Lee, Malcolm X, Luther King, Angela Davis, Bell Hooks, Bando de Teatro Olodum, Ângelo Flavio, Margareth Menezes, Lázaro Ramos, Paula Lima, Negra Li, Beyonce, Will Smith, Lee Daniels, Oprah Winfrey, Brenda Fassie, Medhy Custos, Jovelina Perola Negra, Racionais MCS, Xix, Mv Bill, Luiz Miranda, Machado de Assis, TEN, Solano Trindade, Fernanda Julia, Hilton Cobra, Julia Sudbury, Les Desses, Juliana Ribeiro, Vander Lee, Valerie O’rara, Raça Brasil... Ufa! É muita gente e tem outros graças a Deus. O movimento de se descobrir é delicioso e ao mesmo tempo revoltante. Delicioso, pois é incrível você achar algo que tenha haver com você, que você se enxergue, por que sabe muito bem que aquilo que o outro formula não te atinge de forma alguma. Revoltante também, pois a SUA cultura foi negada a você durante um bom tempo e por que só agora aquilo que é mágico e te provoca é mostrado?...
Mas nesta agitação em algum momento você olha para trás e vê... Suas referencias brancas lá atrás... E aí o que você faz? Pára e volta fazendo uma triagem do que pode ser aproveitado nesta nova fase da sua vida, continua seguindo em frente sem olhar para trás, volta atrás de destrói tudo... O que você faz? Vivi esta experiência tempos atrás e resolvi fazer uma triagem. Tem gente que joguei fora mesmo, pois não prestava (Sidney Sheldon nossa, tinha um exemplar dele aqui em casa...), mas tem referencias brancas que tive que faço questão de deixar na minha estante. Afinal de contas o que eu faria com Kid Abelha, Focault, José Arbex, Jorge Nóvoa, Madonna, Elis Regina, James Green, Baz Luhrmann, Almodóvar, Augusto Boal, Irmãos Wachowisk, Anton Tchekhov. O que seriam dos meus momentos fossa (kkkk) sem as canções de Simone? E quando invento de dar uma de roqueiro dos anos 80 e coloco o cd de Roxette aqui em casa? Fora as canções do ABBA, as criticas de Isabela Boscov, a obra de Eric Hobsbawn, os textos de Claudio Simões, Paulo Freire...
Eu vou dar as costas pra este tipo de produto? EU NÃO. Claro que tem uns sujeitinhos racistas que fazem coisas boas até, mas, mas, masss eu procuro nem chegar perto. Acho que não tem problema nenhum ter referencias brancas. Citar este povo, ler, comer com os olhos. Até por que minha negritude não se oferece como uma carência, ela é, existe independente de qualquer forma ou barreira! Ela é plena, não é pedaço. O que não posso é me deixar colonizar por estas referencias, é permitir que o dito universal faça parte de mim e me negue. Não compro, devoro, leio apenas a cultura negra, até por que tem muita gente preta fazendo coisa muito ruim por ai, além de artistas de outras raças que não conheço. Eu quero tragar é o mundo inteiro! E não ele por partes.
Como diz Biko, escrevo o que eu quero e leio, ouço, visto, vejo o que eu bem entender. Não faço parte de modelo algum. Quer dizer que luto contra um modelo vigente há anos para que? Construir outro em cima? Tenha santa paciência! Odeio fazer parte de uma só coisa. Isso pra mim é limitação. Não sou daquele tipo de gente que só freqüenta um tipo de lugar, pois o outro tipo me maltrata, me desfaz como ser humano digno. Ah pelo amor de Deus! Aqui em Salvador, por exemplo, tem mil e um guetos que poderia freqüentar e me sentir super à vontade. Mas além de ir nestes lugares, que acho imprescindíveis para a construção da minha identidade como homem preto, freqüento outros lugares sim. Vou ao shopping freqüentado pela alta sociedade da cidade (ganha um babaloo quem adivinhar a cor desse povo...), vou ao cinema freqüentado pelos “hippes de butique” alternativos, ao museu situado na Orla também alternativo, ao restaurante chic que somente eu e os garçons são negros... São lugares as vezes que vou para além de me divertir me testar. Por que ser negro em um ambiente negro é cômodo e fácil!!!!!! Você está protegido pelo obvio. Agora, seja negro em um ambiente branco, tendo que se defender sozinho, aí meu querido o bicho pega. Se isso te assusta é por que sua negritude não é tão concisa quanto parece... É por que o discurso é maior que a realidade, é por que você cita referencias, mas elas não fazem parte de você, pois não as critica. E isso é extremamente difícil, pois nos foi negado o básico, o auto conhecimento.
É natural que quem não se conhece, em um movimento de olhar para dentro de si, se feche para se conhecer em silencio sem grandes influencias. Mas me fechar, pro mundo inteiro? Não vou, nem quero! Meu processo critico barra tudo aquilo que me impede de ser eu. Termino este post com uma frase de Alice Walker que tornou-se um guia para mim: Não pode ser seu amigo quem exige seu silêncio ou atrapalha seu crescimento.... Vá por mim irmão, faça sua triagem, devore tudo criticamente e siga seu caminho em paz...
terça-feira, 26 de outubro de 2010
NATURALMENTE ACUSTICO - MARGARETH MENEZES - CONCHA ACUSTICA 24/10/2010.
Margareth provou neste último Domingo que é sem sombra de dúvidas a voz do samba reggae no Brasil. Sei que existem outras cantoras que cantam o mesmo ritmo, mas igual a Maga não tem. Além do ritmo que a fez ficar conhecida mundialmente a cantora colocou no repertorio do seu novo show canções de outros estilos musicais e prova que funciona em todas as vertentes. No show de lançamento do DVD “Naturalmente Acústico” a cantora fez a Concha Acústica do Teatro Castro Alves tremer com um set list de tirar o fôlego.
Depois de um atraso de mais de uma hora, a diva entrou linda e com uma energia sem igual. O ator Jackson Costa fez as devidas apresentações e logo depois ao chamado do público a cantora entrou com seu hit promessa do Carnaval 2011 – Saudação ao Caboclo. A Concha foi abaixo. Parecia um furacão arrastando todos por onde passava. Enquanto Maga cantava seu primeiro hit a concha não parava de encher. Logo depois ela canta Coco do M, presente também no seu último DVD deixando todos extasiados.
Mas Margareth tem outras canções que, para o povo baiano e admiradores do bom samba reggae, já viraram clássicos. Portanto, show de Margareth sem Faraó – Divindade do Egito, não é show de Margareth. E ela retorna a sua mais famosa canção repaginada, na forma de um rock paulera muito bom. Maga por sinal está em uma fase rock/pop total, evidenciada através das participações de Andreass Kisser, guitarrista do Sepultura no show e colocando no seu repertorio canções de Capital Inicial, por exemplo, além do Quereres de Caetano também em versão rock. E apesar de ser uma cantora que sempre é lembrada pelo seu lado afro, era nítido que estava a vontade balançando seus cachos fartos ao som da guitarra enfurecida de Kisser. Aliás, foi um dos pontos altos do show. Um dos.
O português Luis Represas, Carlinhos Brown, Mateus Aleluia (INCRÍVEL!!!) e Saulo Fernandes também marcaram presença no espetáculo. Mas a apresentação que fez real diferença ao show foi quando no final, ultimo ato, as Bandas Didá e Muzenza subiram ao palco. Caramba! O que era aquela energia? Os tambores pareciam que iam rasgar meu coração ao meio. Realmente o último ato foi surpreendente.
Pontos baixos do show? Hum... Maga esqueceu a letra de “Primeiros Erros” clássico do Capital Inicial e misturou tudo. No final do show pediu desculpas por conta do esquecimento, algo que pode acontecer com qualquer artista. Jackson Costa cantando aquela rock pós moderno neo hippie foi tenebroso. Alguém diz a ele que como cantor ele não serve! E se você viu o show e entendeu a letra daquela música pelo amor de Deus me explica que eu não consegui alcançar. Mas o erro imperdoável foi que na passagem para o último ato, enquanto Margareth trocava de vestido, o show simplesmente parou, os cantores saíram e nada acontecia até a cantora, muito tempo depois, voltar. Achei uma tremenda falta de respeito. Poderia acontecer algo no palco, como acontece em show norte americanos, por exemplo, enquanto a cantora mudava de roupa. Para distrair o publico foi postado parte do DVD novo da cantora. Péssimo!
Ainda bem que o próximo número musical era com Mateus Aleluia – sempre uma presença marcante – integrante do grupo Tincoãs e também o Muzenza e Banda Didá entraram logo em seguida. Fechou com chave de ouro. E quem disse que aquilo era o final? O público não agüentou ver fora do repertorio a canção Uma História de Ifá, Elegibô para os íntimos, e bradou um bis quase que obrigatório para a cantora. Aí, ela não teve como dizer não. Até por que a galera começou a cantar sem nem esperar os primeiros acordes. Foi lindo o final do show, com Margareth logo depois dando uma de moleca travessa cantando o hino do Bahia pela sua goleada no Sábado.
Margareth Menezes com certeza é uma das melhores cantoras da Bahia. Diva sem sombra de dúvidas, humilde e visionaria ao mesmo tempo, linda, dona de uma energia absoluta e de um repertório incrível. Viva a Maga!
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
APERTE O PLAY!!!!... FCKH8 - Campanha americana a favor do Casamento gay!
domingo, 24 de outubro de 2010
Você já ouviu falar que... Oprah vai voltar a atuar?...
sábado, 23 de outubro de 2010
O MELHOR E O PIOR DE... HALLE BERRY
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
APERTE O PLAY!!!.. Kanye West - "Power" SNL.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
A Men's Heath a a roupa certa para o corpo negro...
“Segundo a consultora de imagem Milla Matias, de São Paulo você deve evitar tonalidades claras e opacas e investir mais em peças mais escuras, como turquesa, turmalina e roxo. Escolha cores que acompanhem seu tom de pele forte e escuro. Do contrario você ficará apagado. Lembre-se deste conceito especialmente ao vestir blazers e gravatas. Responsável pela moda da MH a jornalista Gabi Comis, sugere que você procure inspiração em figuras famosas como Denzel Washington, Barack Obama, Lázaro Ramos, por exemplo. Acho legal fugir de alguns estereótipos explorados na moda como jogadores de basquete e rappers e criar um estilo próprio. Arremata Gabi.”
Primeiro que ficou constatado que tive uma visão! Adivinhei que vinha besteira pela frente e veio! Segundo: Como assim eu só posso usar roupas escuras? Como assim o ROXO combina com minha cor de pele? Eu odeio roxo!!!! E a outra que acha que os rappers e os homens do basquete são referencias assim tão fortes? Ela vive onde, em um filme norte americano? Ela não conhece uma bata? Só sabe da existência de colares de prata? Só faltou dizer que nosso cabelo tem que ser cortado a máquina zero sempre! Me poupe viu.
Lembrei até de um colega meu dizendo que a sunga que queria comprar certa vez – azul claro – não deveria ser usada por mim, pois meu tom de pele não acoplava aquele tipo de vestimenta. É por essas e outras que acho que o editorial de moda da revista Raça deveria voltar URGENTEMENTE. A revista era a única que fazia seus leitores se sentirem confiantes para usar qualquer tipo de roupa.
A pele negra no mundo da moda é limitada a questões exóticas e olhe lá. No mundo dominado pelos brancos temos que ser acima de tudo discretos, já que isso para eles é tido como sinônimo de requinte. A cor da pele negra é algo tão negativizado a ponto de um leitor se sentir incomodado e perguntar a consultora de moda da revista como ele deve se vestir melhor para ajustar seu tom de pele às tendências do momento. Parece discurso da década de 70, que ouço falar dos mais velhos, que negro naquele tempo não podia usar nem vermelho que era chacoteado na rua.
Mais uma vez minha cor de pele não é considerada algo corriqueiro. Não chegou ao tom de normalidade que a pele branca exerce na nossa sociedade. Afinal de contas, maquiagens, roupas, calçados, pentes são feitos em sua maioria para combinar com o tom de pele claro. E o sujeito negro tem que pensar duas vezes antes de sair de casa usando uma moda que geralmente não condiz com sua cor.
O mundo da moda tem critérios radicais. Tendenciosos. Estereotipados. E no meio de tanta tendências o que parece sempre estar em off é a cor e o corpo negro, sempre sujeito ao escanteio dos editoriais e também do mundo das passarelas. Como o que é tido nas passarelas muitas vezes dita a moda fora delas, o negro também fica jogado a escanteio, nãos e vê nas vitrines e acaba tendo que adaptar a moda branca ao seu contexto.
EXPOSIÇÃO BARBIE BLACK.
A Barbie sempre foi uma patricinha assumida. Com ela não tem essa, pode ser até bombeira, mas o cabelo dela e seu poderoso laquê estão firmes, sua maquiagem está lá intacta, mesmo ela estando na praia com o Ken musculoso do lado. Sua casa não é uma simples casa, é uma mansão em Miami, fora que sua cor preferida está marcada em todas as coisas que usa: o carro dela é rosa, a bolsa é rosa, a casa é rosa, o batom dela é rosa, a moto é rosa, a vida dela é toda de uma só cor... E dizem que ela tem bom gosto...
Isso tudo não é novidade pra ninguém. E olha que ela tem 50 anos e ainda é amada por muitas gerações de meninas. E é claro que a boneca mais velha e mais trabalhada no botox do mundo não poderia deixar de lado a cultura Black Power. Pelo menos é o que conta o texto politicamente correto que abre a exposição. Por que todo mundo sabe que Barbie preta, hummmm, difícil não? Até por que a boneca nasceu nos EUA, em uma época que a discriminação racial por lá era mais pesada que hoje e os negros não tinham representação nenhuma em quase nada no mercado, na mídia de massa etc.
Mas como a doença do politicamente correto (às vezes felizmente às vezes não...) virou uma síndrome sem precedentes, temos agora a demonstração de que a Barbie e sua empresa fabricante abordam a diversidade em todo o seu contexto amplo... Primeiro aqui em Salvador, no Shopping Salvador recebemos a exposição de bonecas Barbies com modelos de todas as raças e mais recentemente a das bonecas Black.
São modelos de várias datas – tudo começou lá nos anos 80 fim da década de 70 – com as mais luxuosas roupas, comportando vários estilos de vida, da diva glamurosa a bombeira glamurosa, ou a Barbie comum (glamurosa) que vai a praia com seu namorado, até a rainha da Nigéria, essa não poderia de ser glamurosa mesmo!!! As bonecas são lindas, os bonecos também, gostei da variação dos cabelos (liso, encaracolados, Black Power...) e as evidencias das várias facetas da cultura negra norte americana.
A exposição foi o ponto alto daqui da cidade no Shopping Barra aqui em Salvador. foi interessante ver meninas e garotas tendo referencias de bonecas famosas com a mesma cor delas, além de suas mães que brincavam com bonecas brancas agora tendo a oportunidade de ver as bonecas negras. A praça do shopping parecia mais um grande playground. Muito divertido. Claro que para estragar o momento tem sempre gente idiota disposta a tudo. E meu ouvido seletivo, que não funciona de jeito nenhum, acabou ouvindo coisas do tipo “Aff. Tudo feia! As Barbie do meu tempo eram bonitas” ou “Amor que Barbie é essa?” “AH sei lá, é da Nigéria, da Zambia, da África”.
Pena que a exposição, na verdade um acervo do colecionador Carlos Keffer, com bonecas raras vestidas algumas com modelos exclusivos de estilistas famosos, acabou semana passada aqui na cidade. Confesso que vi três vezes. Não resistir. Era divertido ver e também de presenciar as várias opiniões de meninas deslumbradas com tanta beleza. A exposição segue para outras cidades, deixando outras meninas de boca aberta, com água na boca. Ainda bem que hoje tem boneca negra, pelo menos aqui em Salvador, sem problema. De tudo quanto é preço, com tudo quanto é tipo de cabelo e de todo jeito. Ainda não é uma infinidade, mas as garotas de hoje – e as de ontem também – podem brincar a vontade com os SEUS filhos e o seu espelho, não com o filho de outra mulher...
:::: Fotos de Edvaldo Jr.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Raízes de Alex Haley.
Certa vez, quando ainda estava na universidade, ouvi falar de uma série que contava a história do jovem Kunta Kintê que é capturado por caçadores de escravos na África e trazido a força para a América. A partir deste pequeno mote, a historia acompanha a saga dos descendetes de Kunta até chegar a vida do autor da obra, seis gerações depois. A história mistura ficção e realidade em um trabalho de pesquisa por parte do autor incrível.
Para a época e ainda hoje, Raizes tornou-se um produto revolucionário. A ABC produtora da serie, por conta do sucesso do livro resolveu fazer a série, mas temia o fracasso total da trama junto aos telespectadores. Resolveu então passar tudo de uma só vez, ao contrário das outras séries exibidas um capítulo por semana, para que se tudo fosse por água abaixo eles se livrariam logo do elefante. E para a supresa de todos a série foi um sucesso, ganhando atenção da mídia, concorrendo e ganhando Emmys, Globo de Ouro, dentre outras premiações, além de ter sido capa da TIME. O sucesso foi tão grande que os bares que não ligassem suas tvs na hora do programa perdiam clientes e as pessoas deixavam de sair para ver a trama. Até a GLOBO e o SBT passaram a série por aqui...
No rastro do sucesso da série foram produzidos Roots: The Next Generation e Roots: The Gift, este último na verdade um filme para ser exibido como especial de Natal que não fez tanto sucesso por conta da sua inferioridade a serie original. Raizes permanece até hoje como clássico da tv norte americana. Foi lançado nos EUA um dvd em comemoração aos 30 anos do programa. Segue abaixo a versão em espanhol que encontrei graças a Nossa Senhora do You Tube. Pelo que vi parece ter a série TODA no canal. Está em espanhol. Nem vem reclamar que a chance de achar em portugues é infima. A imagem da boa e a dublagem também. Vejam e aproveitem esta boa produção clássica.
APERTE O PLAY!!!!... Racism in the Elevator **Official Video**
Aperte o PLAY???... Mussum e o Racismo.
OS MAIORES TRIOS MUSICAIS NEGROS DE TODOS OS TEMPOS...
MAIOR FEITO: Sem a ousadia do the Supremes todos os grupos abaixo poderiam não existir...
Destiny Child. Formado por Béyonce Knowles, Kelly Rowland e Michelle Willians marcou toda uma geracão no fim da decada de 90 começo dos anos 2000. Teve inúmeras formações, brigas de bastidores com saídas e entradas de componentes, já ganharam estrela na calçada da fama, é o grupo feminino que mais vendeu albuns nos EUA, tem 4 albuns lançados e muitos sucessos em primeiro lugar. Explodiram com No No No – hit insuportável na minha opinião – e depois só alegria com sucesso em trilhas sonoras, além de hits próprios que tocam em Ipods espalhados por todo o mundo até hoje. Com o fim do grupo suas componentes engataram três bem sucedidas carreiras solos com estilos diferentes uma da outra.
MAIOR FEITO: O hit Lose My Breath e o álbum Survivor, o melhor dos 4 que não pára um segundo se quer.
Imagination. Trio da disco music formado por homens. Conheci o Imagination por causa de um DVD aqui em casa que reúne grandes grupos da época disco. Justamente este nasceu na década de 80, onde a disco music já não fazia mais tanto alarde assim. Mas mesmo com este probleminha, este trio fez historia com os sucessos Change e State of Love.
MAIOR FEITO: Dar pinta – muuuuuuuuuuita pinta – nas suas apresentações. O trio fazia e acontecia no palco e foi um dos responsáveis por difundir uma performace gay junto a artistas como o cantor Sylvester e o grupo Village People.
MAIOR FEITO: Sobreviverem em 1993!!! A televisão no Brasil era muito mais branca que atualmente. As pessoas chegavam a tomar um susto quando elas se apresentavam em programas de TV, pois todo mundo esperava cantoras brancas entrando no set, pois isso era normalíssimo na época.
DreamGirls. Trio fictício feito para o musical homônimo. Inspirado na the Supremes (olha elas de novo!), tanto no teatro como no cinema o trio fez um enorme sucesso e ultrapassou as barreiras engatando hits até hoje muito executados como Move e And I'm Telling You, I'm Not Going! O filme concorreu a vários premios, quase resgatou a carreira de Eddie Murphy, pois ele mesmo a destruiu depois... e deu a Beyonce o direito de fazer um filme realmente bom em sua carreira como atriz.
MAIOR FEITO: ter revelado para o mundo Jeniffer Holiday (teatro) e Jeniffer Hudson (filme). Já as ouviram cantar? Vai procurar no you tube as duas AGORA. Uma tem um vozeirão que arrebenta e é precursora da drag music no mundo inteiro, a outra foi vice campeã do Idolos americano, mas conseguiu mais projeção do que qualquer outro na mídia.
Le Desess. Esse daqui é Frances, mas sua historia é bem parecida com a de qualquer grupo formado por meninas norte americano. Era um quarteto, que logo se transformou em trio, engatou um monte de sucessos e suas cantoras agora estão em carreira solo com o fim do grupo. Ah destino cruel! O que diferencia dos outros trios é que este canta zouk, misturando o ritmo afro caribenho a vertentes do hip hop e também do rap. Tudo feito na verdade para a vocalista principal brilhar mais que as outras duas e depois seguir carreira solo de sucesso.
MELHOR FEITO: A musica On A Changé. Primeiro hit do trio bastante executado. E só.
TLC. Concorrente direto das Destiny Child. Surgiu em 1991 e fez sucesso antes das meninas comandadas por Beyonce. Acabou se desfazendo por conta da morte de uma das suas componentes, Lisa Lopes, e encerraram suas atividades dois anos depois. Venderam 22 milhões de copias só nos EUA. O TLC estava em tudo quanto era canto, mas diferente das Destiny não estavam envoltas a todo momento em escandalos e mais confusoes por conta da saida de componente aqui e ali. Tinham tudo para ser ainda um dos melhores trios femininos de todos os tempos, mas infelizmente não deu. Elas mesmo decidiram parar depois da morte de Lisa.
MAIOR FEITO: O sucesso No Scrubs com clip bem simpatico...
MAIOR FEITO: Eu repito: revelar o talento primoroso de Laurin Hill.
The Odyssey. Esse daqui eram formados por irmãos. Três irmãos. Fizeram sucesso misturando Black music de várias vertentes com a disco que já era na época febre. Going Back to My Roots foi um de seus maiores sucessos e o grupo tinha bastante balanço.
MAIOR FEITO: Apesar de Going Back to My Roots, o marco do Odyssey para mim é Use It Up And Wear It Out, muito boa, dançante e com letra basicamente dando indicações para dança... 1, 2 , 3 shake boddy now...
domingo, 10 de outubro de 2010
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM... FOR COLORED GIRLS?...
MEDO BRANCO: RACISMO PRETO!
Este incomodo, tem um produto muito bem demarcado. A forma como a negritude hoje é trabalhada. Não por brancos ou somente por eles, mas a problematização tendo sujeitos negros como os donos da historia. Acho que se brancos estivessem no poder para falar dos negros de maneira total não aconteceria tanto alarde assim no Brasil, mas já que o caso é outro...
Com esse crescimento, vimos surgir além de uma cultura negra com embasamento negro, um incomodo do Outro que é apontado não como vilão, mas a enxergar sua responsabilidade dentro da questão do racismo e da ausência do negro na mídia brasileira. É notório o incomodo branco com o crescimento da cultura negra. E este poder branco que precisa manter-se no seu lugar privilegiado, arranja subterfúgios para que sua posição permaneça a mesma, mesmo com o crescimento da negritude.
Não acho que negro está na moda. Tenho certeza que há um incomodo muito forte da branquitude com o crescimento da cultura negra no Brasil e com isso fugas propositais de responsabilidade vêm surgindo aos montes. Afinal para que o racismo acabe completamente não somente os negros, os indígenas têm que serem problematizados, mas os brancos tem que 1º) se assumirem como brancos, pois aqui no Brasil “branco ninguém sabe, ninguém viu!”, 2º) assumirem que mesmo não se considerando racista o fato de ser branco lhe dá muito mais possibilidades que os demais de outras raças, 3º) não é por que você convive com negros que não é racista, acorde!
Para que as cartas não sejam colocadas a mesa de forma correta, os brancos agora inventam o tal do “racismo negro”, ou “racismo ao contrario” e esbravejam sem pudores o medo que sentem ao pensar que podem sofrer o racismo. Alguns pretos também dão ênfase a este tipo de problema. Que na verdade pra mim não existe.
Primeiro que para que exista o racismo é preciso duas coisas: inferioridade de um e o outro que comete o erro se considerar superior. Como o negro pode se considerar superior neste mundo, meu Deus? Como? Se a) estamos a margem da margem da margem neste país (coloca no Google IBGE e pesquisa lá os diferenciais por raça pra você ver...), b) a cultura negra não permite a superioridade e sim a igualdade entre as pessoas, além de não se considerar como verdade absoluta – diferente da cultura branca eurocentrada que construiu um processo conspícuo de alteridade para inferiorização do outro, c) os brancos no Brasil dizem que eles mesmos não existem no país, pois todos somos misturados e que só há negros ou mestiços... e c) como vou me considerar superior se tudo, TUDO, neste país me coloca pra baixo, inferiorizando meu cabelo, minha cor, o lugar onde moro, minha renda, as roupas que uso, as musicas que ouço?...
De primeira o racismo negro nem tem como se mostrar poderoso, pois superioridade dentro de uma sociedade racista nós não temos. Pois então, os brancos se sentem ofendidos quando ouvem expressões como “Parmalat”, “branquela azeda”, “o samba azedou, tem branco na roda!”, “loira burra” e outros que não me lembro agora. Os brancos se contorcem com este tipo de apelidos. Dizem que não podem entrar no Ilê, que em Salvador a cultura negra é muito forte por tanto eles não podem falar o que antes diziam de boa pra todo mundo ouvir e que também estão sofrendo discriminação por parte dos negros e sofrem muito por conta disso!
Ohhhh! Que peninha deles! Dá vontade de pegar o menino chorão e colocar no colo pra fazer carinho e o choro passar... Por que o menino chorão com certeza tem medo que um dia os negros possam tramar uma vingança, uma revolta dos Malês atual e que pode dar certo. Então pra que não haja perigo é bom cortar o mal pela raiz. O racismo negro é um medo evidente de toda a classe/grupo branco neste país. O que eles vão fazer com a gente? é a pergunta mais feita. Mas o que realmente eles querem dizer é: A gente não agüenta passar por isso!
Acho que este processo de falar do outro com adjetivos que ofendem trata-se de uma resposta. Uma resposta já que não vou ficar calado esperando você a cada dia falar do meu cabelo, da minha cor etc. O sujeito negro não é mais passivo de seu processo Le é ativo e se o branco disser algo dele vai ter resposta. Mesmo que o outro se cague de medo por conta disso
Queria mesmo que esse tal racismo negro tivesse força para que visse o cabelo do branco ser posto como “cabelo ruim”, “cabelo da desgraça”, que “deveria ser cortado” ou passar por algum tipo de tratamento para que ficasse bom. Queria mesmo ver os brancos serem julgados na fila de emprego por “boa aparência” ou “perfil adequado”. Que eles fossem tidos em lojas de departamentos e supermercados como pretensos suspeitos. Que houvessem cotas (não de 100%) para brancos nas universidades no país. Que no Carnaval tivesse um bloco com cordeiros brancos, imagine? Por que eu não vejo um negro perguntando pra um branco como ele lava o cabelo? Por que não existe sabonete, desodorante, cremes para pele branca, evidenciados dessa forma? Isso existe? Que poder negro racista é esse, que os brancos não sofrem nadinha e quando há um episodio de discriminação pífio todo mundo coloca isso em xeque parecendo a pior coisa do mundo?...
É medo! Só isso! Medo de completamente se cagar nas calças! Eles sabem que a invenção deles foi muito bem planejada e na rachadura mínima presente na parede é bom fazer com que tudo seja exposto para que nada saia da normalidade e do total controle. O racismo negro não existe. A discriminação mínima que vemos às vezes por aí é fraca, não tem poder, não tem sustentabilidade. Trata-se de uma reposta. E também de uma fuga: para os brancos não serem problematizados e continuarem quietos, no poder, em cima do trio, enquanto a massa negra de acotovela no asfalto...
sábado, 9 de outubro de 2010
APERTE O PLAY?????... Negro Lindo, Parangolé.
O clip já tem um tempinho, não é? Neste mundo virtual que o que estréia ontem, hoje velho é... Bem, o que eu vou dizer sobre o clip... Hummmmmm... Olha só, eu adoro o Parangolé. Tudo bem não aguento mais o Rebolation que virou uma síndrome, mas o DVD desse grupo de pagode daqui da Bahia é muito bom. Me lembro até hoje a primeira vez que vi o dvd, em uma festa na laje da casa de um amigo de um amigo meu. Pense na quebradeira!!! O povo ligou a tv no som e aí foi pagode até altas horas. nesta época o Rebolation nem existia, mas o grupo já fazia e acontecia aqui no estado.
Depois do Rebolation veio este Negro Lindo. Eu não gostei do clip. É americanizado demais (comentário clichê, eu sei), é emergente demais... sabe, pobre que vira rico e tem necessidade de mostrar a riqueza? Pois então. Pra que aquele helicoptero não sei onde e as modelos, lindas por sinal, atrás? E a outra modelo, morena, que fica sorrindo pra não sei quem, fazendo não sei o que? Ah, a capoeira no heliporto tem que finalidade? O clip quer mostrar que também somos ricos? Que existem negros lindos e milionários? Leo Santana não inova, junto com o diretor Jorge Felippi, que fez melhor trabalho com Rebolation. Somos lindos e podemos ser milionários também... Faria mais sucesso na década de 70/80. Mas hoje? Tudo bem, estamos a margem da margem neste país, mas a negritude atual pensa em outros poréns e não somente no dinheiro vazio e na beleza plástica...
Um conselho... Pegue o DVD do Parangolé, um dos melhores grupos de pagode da Bahia, com seu vocalista malhadão, quebre muito e deixe de lado essa "Negro Lindo" que de bonito não tem nada.
DIA 24. SHOW DE MAGA NA CONCHA ACÚSTICA DO TEATRO CASTRO ALVES.
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM... BRODER?
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Aperte o Play??????... Neyma - Ola Neyma
Meses atrás, estava assitindo uma aula de uma professora moçambicana que falava sobre música no continente africano. Ela explanava sobre o quanto a música de origem africana é diferente do Brasil, não só na obviedade do ritmo, mas também da relacão das pessoas com a música e da música com o mercado interno e externo. Ela falou em um certo momento sobre o zouk, que adoro, de alguns cantores e das estratégias que os cantores tem para ter seus singles mais divulgados em todo continente - por exemplo, de uma música ser cantanda em várias linguas, a primeira estrofe cantada em uma, o refrão em outra, assim uma só música chega a vários locais em menos tempo. No meio da aula, inventei de citar uma cantora moçambicana chamada Neyma. Lembro como se fosse hoje, a professora olhou pra mim como se dissesse "Você gosta daquilo?". eu ri tanto com o olhar dela e ela nem deu atenção a minha citação. Bem, mesmo tentando perdoar seus exageros Neyma é brega! MUITO BREGA! E nem vem com essa história que meu olhar é ocidentalizado, que estou acostumado com clips americanos e só... Nada disso. Neyma é bom... pra fazer rir... Brenda Fassie, por exemplo, é ótimo e muito diferente de qualquer coisa que vi exportada dos EUA, por sinal quando citei esta última parece que recuperei minha moral frente a professora, pois ela exibiu um sorriso farto.
Já falei de Neyma aqui no primeiro post do Apert o Play??? e agora volto com seu mais novo trabalho... Ela largou o escovão, fez umas plásticas, uma bela lipo, emagreceu bastante tanto que agora exibe a barriguinha sarada, apostou mais uma vez na coreografia bizarra, no visu exército da salvação, esticou uma parte do rosto que não devia... E continua brega! Massa é que ela agora canta em portugues. Destaque para a parte que ela canta: Tu não estás mais no MSN/ nem nos emails/ não aguento com tanta carga/ meu coração bate/ bate/ alarga... Preferia ouvi-la cantando em outra lingua. Pelo menos não entendia nada e me concentrava na swingueira...